Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A qualidade de vida é um conceito ligado ao desenvolvimento humano.
Não significa apenas que o indivíduo ou o grupo social tenham saúde física e mental, mas que esteja(m) bem com eles mesmos, com a vida, com as pessoas que os cercam, enfim, ter qualidade de vida é estar em equilíbrio. E esse equilíbrio diz respeito ao controle sobre aquilo que acontece a sua volta, como, por exemplo, sobre os relacionamentos sociais. Mas se o indivíduo não tem ou não consegue ter esse controle, poderá controlar a maneira com que reage a esses acontecimentos, essas ações.
Também para garantir uma boa qualidade de vida, deve-se ter hábitos saudáveis, cuidar bem do corpo, ter tempo para lazer e vários outros hábitos que façam o indivíduo se sentir bem, que tragam boas conseqüências, como usar o humor pra lidar com situações de stress, definir objetivos de vida e, o principal, sentir que tem controle sobre a própria vida.
Os conceitos bem-estar e de saúde incluem a maximização da qualidade de vida de qualquer indivíduo através do desenvolvimento do total potencial humano.
Entende-se por qualidade de vida, QV, a percepção do indivíduo tanto de sua posição na vida, no contexto da cultura e nos sistemas de valores nos quais se insere, como em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações. É um amplo conceito de classificação, afetado de modo complexo pela saúde física do indivíduo, pelo seu estado psicológico, por suas relações sociais, por seu nível de independência e pelas suas relações com as características mais relevantes do seu meio ambiente.
É, portanto, um termo amplo que concentra as condições que são fornecidas ao indivíduo para viver como ele pretende.
QV envolve fatores relacionados com a saúde, tais como, o bem-estar físico, psicológico, emocional e mental, mas também elementos não relacionados, como a família, amigos, emprego ou outras circunstâncias da vida.
No Brasil, existe a Associação Brasileira de Qualidade de Vida - Abqv que tem como missão promover a integração e desenvolvimento de profissionais multidisciplinares voltados para atuação em Qualidade de Vida, divulgando tendências, provocando discussões / reflexões e formando opiniões balizadoras de estilo de vida, padrões e ambiente saudáveis.
VOCÊ TEM QUALIDADE DE VIDA?
Qualidade de Vida é mais do que ter uma boa saúde física ou mental.
É estar de bem com você mesmo, com a vida, com as pessoas queridas, enfim, estar em equilíbrio.
Isso pressupõe muitas coisas; hábitos saudáveis, cuidados com o corpo, atenção para a qualidade dos seus relacionamentos, balanço entre vida pessoal e profissional, tempo para lazer, saúde espiritual etc.
Ser competente na gestão da própria saúde e estilo de vida deveria fazer parte das prioridades de todos.
sábado, 20 de fevereiro de 2010
O PROFISSIONAL DO FUTURO
O PROFISSIONAL DO FUTURO - Num mundo globalizado
A magnitude e a velocidade das mudanças em todo o mundo têm trazido um impacto dramático sobre as pessoas e seus locais de trabalho nos últimos tempos. O ritmo das mudanças é muito rápido.
E o futuro nos acena com uma aceleração ainda maior em termos de inovação, tecnologia e globalização.
Quando há uma era de profundas modificações, o conhecimento se expande e aumenta em valor e em poder.
Uma das maiores mudanças é a transformação de uma economia baseada em indústrias para uma economia baseada em informações. Atualmente a quantidade de conhecimento disponível é imensa, sendo necessário saber selecionar o que devemos aprender e onde investir nosso tempo para nosso crescimento intelectual e profissional.
Precisamos nos esforçar para melhorar nossa flexibilidade, velocidade e qualidade do trabalho realizado e ainda dar importância para o que permanece como uma das medidas mais importantes: a produtividade.
Isto porque as organizações sabem que os clientes não apenas exigem produtos e serviços rápidos e com qualidade impecável: eles também querem que os produtos e serviços não sejam caros.
Tudo mudou, está mudando e deverá mudar no futuro com uma rapidez cada vez maior.
Por isso, nas organizações e até mesmo em nossa casa, existem mudanças na maneira como nos relacionamos, na forma como buscamos uma vida mais longa, mais saudável e mais feliz.
Todos os trabalhadores, independentemente de trabalharem nas linhas de produção ou nos escritórios, precisam se ver como um empresário, um vendedor especializado de serviços com uma marca especial, que seja conhecida por todos – VOCÊ. Então, se você não conseguir se vender, não conseguirá atingir o sucesso.
A cada dia mais os profissionais precisam se preocupar em se conhecer para saber quais características possuem, para poder fortalecer as qualidades e trabalhar os seus defeitos na área profissional.
Isso porque as organizações procuram profissionais que tenham integridade, entusiasmo, saúde, iniciativa, criatividade, responsabilidade, bom humor, competência, capacidade de planejar, que sejam organizados e ainda que consigam ter um bom relacionamento interpessoal dentro do ambiente de trabalho.
Uma boa maneira de conseguir se diferenciar nesse novo contexto do mercado de trabalho é usar ao máximo a sua criatividade. Veja que isso é simplesmente buscar fazer de forma diferente aquilo que todos fazem de uma forma igual.
Pensar uma nova maneira, mais prática, melhor, mais barata ou mais rápida de fazer as suas atividades, para conseguir atingir os resultados esperados. Assim, o profissional que quiser crescer nas organizações precisa ser criativo, a fim de achar novas soluções para os problemas do dia-a-dia.
Tendo todo um novo mundo de informações disponíveis e conhecendo bem essas regras do jogo, você poderá se destacar e inovar. Concentre-se em observar essas pequenas diferenças entre os profissionais, lembrando-se sempre que o jogo pode mudar a qualquer hora.E apenas um bom profissional, que entenda e conheça tudo que acontece ao seu redor, será capaz de se adaptar a essas mudanças que sempre acontecem.
E procure se lembrar sempre que os líderes não gostam de dois tipos de colaboradores: os que não fazem o que eles pedem e os que só fazem o que eles pedem. Busque fazer sempre mais. E melhor. A melhoria contínua deve ser o maior desafio do ser humano.
Por Sonia Jordão
A magnitude e a velocidade das mudanças em todo o mundo têm trazido um impacto dramático sobre as pessoas e seus locais de trabalho nos últimos tempos. O ritmo das mudanças é muito rápido.
E o futuro nos acena com uma aceleração ainda maior em termos de inovação, tecnologia e globalização.
Quando há uma era de profundas modificações, o conhecimento se expande e aumenta em valor e em poder.
Uma das maiores mudanças é a transformação de uma economia baseada em indústrias para uma economia baseada em informações. Atualmente a quantidade de conhecimento disponível é imensa, sendo necessário saber selecionar o que devemos aprender e onde investir nosso tempo para nosso crescimento intelectual e profissional.
Precisamos nos esforçar para melhorar nossa flexibilidade, velocidade e qualidade do trabalho realizado e ainda dar importância para o que permanece como uma das medidas mais importantes: a produtividade.
Isto porque as organizações sabem que os clientes não apenas exigem produtos e serviços rápidos e com qualidade impecável: eles também querem que os produtos e serviços não sejam caros.
Tudo mudou, está mudando e deverá mudar no futuro com uma rapidez cada vez maior.
Por isso, nas organizações e até mesmo em nossa casa, existem mudanças na maneira como nos relacionamos, na forma como buscamos uma vida mais longa, mais saudável e mais feliz.
Todos os trabalhadores, independentemente de trabalharem nas linhas de produção ou nos escritórios, precisam se ver como um empresário, um vendedor especializado de serviços com uma marca especial, que seja conhecida por todos – VOCÊ. Então, se você não conseguir se vender, não conseguirá atingir o sucesso.
A cada dia mais os profissionais precisam se preocupar em se conhecer para saber quais características possuem, para poder fortalecer as qualidades e trabalhar os seus defeitos na área profissional.
Isso porque as organizações procuram profissionais que tenham integridade, entusiasmo, saúde, iniciativa, criatividade, responsabilidade, bom humor, competência, capacidade de planejar, que sejam organizados e ainda que consigam ter um bom relacionamento interpessoal dentro do ambiente de trabalho.
Uma boa maneira de conseguir se diferenciar nesse novo contexto do mercado de trabalho é usar ao máximo a sua criatividade. Veja que isso é simplesmente buscar fazer de forma diferente aquilo que todos fazem de uma forma igual.
Pensar uma nova maneira, mais prática, melhor, mais barata ou mais rápida de fazer as suas atividades, para conseguir atingir os resultados esperados. Assim, o profissional que quiser crescer nas organizações precisa ser criativo, a fim de achar novas soluções para os problemas do dia-a-dia.
Tendo todo um novo mundo de informações disponíveis e conhecendo bem essas regras do jogo, você poderá se destacar e inovar. Concentre-se em observar essas pequenas diferenças entre os profissionais, lembrando-se sempre que o jogo pode mudar a qualquer hora.E apenas um bom profissional, que entenda e conheça tudo que acontece ao seu redor, será capaz de se adaptar a essas mudanças que sempre acontecem.
E procure se lembrar sempre que os líderes não gostam de dois tipos de colaboradores: os que não fazem o que eles pedem e os que só fazem o que eles pedem. Busque fazer sempre mais. E melhor. A melhoria contínua deve ser o maior desafio do ser humano.
Por Sonia Jordão
TEORIA DA PERSONALIDADE
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O estudo da personalidade nos últimos anos é de tão grande significado social, que está hoje em pleno desenvolvimento. No entanto, apesar de seu grande avanço, o que se conhece sobre personalidade ainda é insuficiente para atender às exigências práticas que são colocadas em proporções cada vez menores pelo mundo contemporâneo.
A palavra personalidade, evidentemente, não se constitui em um termo desconhecido, porquanto vem sendo usada indevidamente para determinar os traços que nos tornam agradáveis à outra pessoa. Gostamos ou admiramos. O indivíduo que “tem personalidade” , prontamente afirmamos que ele é dinâmico, amigo, simpático. Assim, alguém tem personalidade, quando “impressiona fortemente” a seus semelhantes.
Por outro lado, somos indiferentes ou não toleramos o indivíduo que não “tem personalidade” porque, pelo menos para nós ele é irritante ou desagradável. Chega-se mesmo a dizer que uma pessoa que passa desapercebida, apática na vida em comum, “não tem personalidade”. Isto é um erro, posto que do ponto de vista da psicologia, todos tem personalidade. Esta poderá ser mais ou menos atraente, mais ou menos marcante, mas sempre existe.
•
O que seria então Personalidade?
A personalidade é uma estrutura interna, formada por diversos fatores em interação. Não se reduz a um traço apenas, como a autodeterminação ou um valor moral. Pode ser muito ou pouco valorizada. Não importa. Uma pessoa mesmo sem valores, mal formada, com falhas morais ou limitações psicológicas, não deixa de ter personalidade porque tem uma estrutura interna, embora defeituo a.
Também, a personalidade não é a simples soma ou justaposição de elementos, mas um todo organizado e individual, produto de fatores biopsicossociais.
• Nos fatores biológicos estão: o sistema glandular e o sistema nervoso.
• Entre os fatores psicológicos estão: o grau e as características de inteligência, as emoções, os sentimentos, as experiências, os complexos, os condicionamentos, a cultura, a instrução, os valores e vivências humanas.
• Nos grupos sociais, como a família,a escola, a igreja, o clube, vizinhança, processa-se a interação dos fatores sociais.
Componentes da Personalidade (Temperamento e Caráter)
Sendo a personalidade, o que distingue uma pessoa da outra, a mesma encontra-se apoiada em herança biológica e na afão ambi ntal.
Os fatores biológicos, principalmente o sistema glandular e o sistema nervoso determinam no indivíduo o temperamento, que é constituído de impulsos naturais. Ser agressivo ou não ser agressivo, ser irrequieto ou indolente, ser emotivo ou não emotivo, ter reações primárias ou secundárias, podem ter traços temperamentais.
Assim, o indivíduo nasce com determinado temperamento, mas fatores ambientais podem modificá-lo até certo ponto. Assim, a educação pode manter domínio e controle sobre o temperamento; a alimentação; as doenças; o clima; os acontecimentos e outros fatores causam algumas transformações nos traços temperamentais.
A vida ensina o homem a controlar ou a estimular seu temperamento. Todo tipo temperamental tem seus aspectos positivos e aspectos negativos. Conhecendo-se bem, o homem pode dominar os aspectos negativos e stimular e desenvolver os aspectos positivos. O temperamento é parte da personalidade, e, esta não se reduz àquele. A personalidade é o todo; o temperamento é um aspecto desse todo. Portanto, o temperamento é um aspecto inato, biológico da personalidade. As qualidades que estão relacionadas com o temperamento incluem entre outras, excitabilidade, irrascibilidade, impulsividade, receptividade (sensibilidade), reserva, passividade, otimismo, pessimismo,vivacidade e letargia.
O princípio e valores do homem constituem seu Caráter. Caráter é um termo que etimologicamente significa “gravar”. Mas esse conceito sofreu total evolução. Hoje, caráter significa padrão de valores da personalidade. É constituído de valores morais e sociais. Adquiri-se o caráter na família, na escola e na sociedade em geral. Como diz ALLPORT (1979), caráter é a personalidade valorizada. Nesse sentido o caráter é um aspecto da personalidade. Quando se diz que uma pessoa tem uma personalidade sem caráter, está se referindo à sua aceitabilidade moral e social. Portanto, o caráter se origina a partir de fatores como: integridade, fidedignidade e honestidade. Está associado àquelas nossas ações que satisfazem ou deixam satisfazer os padrões aceitos da sociedade e que são, conseqüentemente, julgados como “certos” ou “errados”.
Estrutura e Dinâmica da Personalidade - (Id, Ego, Superego)
Id – O id é a fonte da energia psíquica (libido). É de origem orgânica e hereditária. Apresenta a forma de instintos que impulsionam o organismo. Está relacionado a todos os impulsos não civilizados, de tipo animal, que o indivíduo experimenta. . Não tolera tensão. Seu o nível de tensão é elevado, age no sentido de descarregá-la. É regido pelo princípio do prazer. Sua função e procurar o prazer e evitar o sofrimento. Localiza-se na zona inconsciente da mente. O Id não conhece a realidade objetiva, por isso surge o Ego.
Ego – Significa “eu” em latim. E responsável pelo contato do psiquismo com o mundo objetivo da realidade. O Ego atua de acordo com o princípio da realidade. Estabelece o equilíbrio entre as reinvindicações do Id e as exigências do superego com as do mundo externo. É o componente psicológico da personalidade. As funções básicas do Ego são: a percepção, a memória, os sentimentos e os pensamentos. Localiza-se na zona consciente da mente.
Superego – Atua como censor do Ego. É o representante interno das normas e valores sociais que foram transmitidos pelos pais através do sistema de castigos e recompensas impostos à criança. São nossos conceitos do que é certo e do que é errado. O Superego nos controla e nos pune (através do remorso, do sentimento de culpa) quando fazemos algo errado, e também nos recompensa (sentimos satisfação, orgulho) quando fazemos algo meritório. O Superego procura inibir os impulsos do Id, uma vez que este não conhece a moralidade. É o componente social da personalidade.As principais funções do Superego são: inibir os impulsos do id (principalmente os de natureza agressiva e sexual) e lutar pela perfeição. Localiza-se consciente e pré-consciente.
Pelo Id o empregado deixaria de comparecer ao trabalho num belo dia ensolarado,
dedicando-se a uma aprazível atividade de lazer: uma pescaria, um cinema, etc..
O Ego aconselharia prudência e buscaria uma oportunidade adequada para essas atividades.
O Superego diria ser inaceitável faltar com um compromisso assumido, por exemplo, com o
supervisor ou colegas de trabalho.
Os três sistemas da personalidade não devem ser considerados como fatores independentes que governam a personalidade. Cada um deles têm suas funções próprias, seus princípios, seus dinamismos, mas atuam um sobre o outro de forma tão estreita que é impossível separar os seus efeitos.
Níveis de Consciência da Personalidade
Para Freud, os três níveis de consciência são: consciente, pré-consciente e inconsciente.
Consciente – inclui tudo aquilo de que estamos cientes num determinado momento. Recebe ao mesmo tempo informações do mundo exterior e do mundo interior.
Pré-consciente – (ou sub-consciente) – se constitui nas memórias que podem se tornar acessíveis a qualquer momento, como por exemplo, o que você fez ontem, o teorema de Pitágoras, o seu endereço anterior, etc. É uma espécie de “depósito” de lembranças a disposição, quando necessárias.
Inconsciente – estão os elementos instintivos e material reprimido, inacessíveis à consciência e que podem vir à tona num sonho, num ato falho ou pelo método da associação livre. Os processos mentais inconsciente desempenham papel importante no funcionamento psicológico, na saúde mental e na determinação do comportamento.
Os Mecanismos de Defesa da Personalidade
As frustrações e os conflitos, dependendo da sua quantidade e freqüência, podem causar prejuízos sérios à estrutura e à saúde da personalidade. Frustrações e conflitos podem acontecer a cada momento. A condução atrasa, o café está frio, o vendedor da loja não nos atende direito, o livro que queríamos comprar está esgotado, um encontro que está sendo esperado é cancelado etc. Assim, o homem não pode ficar olhando de frente, vivenciando em profundidade suas frustrações e fracassos. Desse modo poderia chegar à beira da autodestruição. Para evitar que isto aconteça, mobiliza seus mecanismos de defesa.
Para Freud a defesa é a operação pelo qual o Ego exclui da consciência conteúdos indesejáveis. São vários os mecanismos. Os principais são:
Racionalização – consiste em justificar de forma mais ou menos lógica e ética a própria conduta. Apresenta-se como um esforço defensivo para manter o auto-respeito. É provavelmente um dos mecanismos menos inconscientes. Por ele, arranjamos desculpas e explicações que nos inocentem de erros e fracassos. A criação de um “bode expiatório” é também racionalização. Dar uma desculpa para inocentar nosso “eu” ou jogar a culpa em outro tem a mesma finalidade: aliviar da “culpa”, ou de algo que nos inferiorize diante de nós e dos outros. Isto é tão antigos quanto Adão e Eva. Depois de cometido seu “pecado original”, para livrar seu “eu” da culpa. Adão optou por um “bode expiatório”, culpando sua mulher, Eva. Esta, por sua vez, optou pela desculpa: “fui tentada pelo diabo, em forma de serpente”. Costuma-se ouvir de pessoas demitidas “afinal, aquela empresa estava realmente em decadência”; depois das mudanças de Administração, ficou mesmo impossível trabalhar lá; somente o pessoal menos qualificado permaneceu.” Reconhecer nossa irracionalidade, ainda quando nos é incômoda, ajuda a superá-la. Nem a conduta e nem os impulsos das pessoas são sempre racionais.
Projeção – consiste em atribuir a outros as idéias e tendências que o sujeito não pode admitir como suas. Sem que percebamos, muitas vezes, vemos nos outros defeitos que nos são próprios Podem servir como exemplos: o aluno que se sente frustrado pela reprovação nos exames, põe-se a dizer que o professor é incapaz. O marido infiel que desconfia da esposa.
Repressão – é o processo pelo qual se afastam da consciência conflitos e frustrações demasiadamente dolorosos para serem experimentados ou lembrados, reprimindo-os e recalcando-os para o inconsciente. Vivências que provocam sentimentos de culpa são esquecidas. Muitos casos de amnésia (excluídas as causas orgânicas) podem ser explicados através deste mecanismo. Esquecemos o que é desagradável.
Deslocamento – Na tentativa de ajustar nosso comportamento e eliminar as tensões, muitas vezes, não podendo descarregar nossa agressão na fonte de frustração (um chefe, a organiz`ção, etc), passamos a agredir terceiros que não têm nada a ver com o caso. È bom lembrar que a toda ou a quase toda frustração corresponde agressão.
Regressão – significa voltar a comportamentos imaturos, característicos de fase de desenvolvimento que a pessoa já passou. A crian a de cinco anos que, após o nascimento de um irmão, volta a chu`ar o dedo, molhar a cama e falar como bebê, é um exemplo de regressão. Dessa maneira, reage melhor à frustração. È o caso do funcionário que, diante do chefe, assume comportamento menos adulto.
Somatização - o conflito se transforma numa perturbação fisiológica. Por exemplo, numa fiscalização, o funcionário foi apanhado em flagrante falta. A partir daí, por ocasião dos períodos de fiscalização, adoece, passa mal, sente vômitos etc.
Distúrbios da Personalidade
A melhor maneira de definir “distúrbio” é caracterizá-lo como deficiência psicológica com repercussão na área emocional e interpessoal. Este termo caracteriza uma faixa que vai desde formas neuróticas leves até a loucura, na plenitude do seu termo. Normal seria aquela personalidade com capacidade de viver eficientemente, manter relacionamento duradouro e emocionalmente satisfatório com outras pessoas, trabalhar produtivamente, repousas e divertir-se, ser capaz de julgar realisticamente suas falhas e qualidades, aceitando-as. A falha de uma ou outra dessas características pode indicar a presença de uma deficiência psicológica ou “distúrbio” da personalidade.
Classificamos distúrbios da personalidade em 3 grandes tipos básicos:
1º Tipo: Neuroses
É a existência de tensão excessiva e prolongada, de conflito persistente ou de uma necessidade longamente frustrada, é sinal de que na pessoa se instalou um estado neurótico. A neurose determina uma modificação, mas não uma desestruturação da personalidade e muito menos de perda de valores da realidade. Costuma-se catalogar os sintomas neuróticos em certas categorias, como:
a) Ansiedade - a pessoa é tomada por sentimentos generalizados e persistente de intensa angústia sem causa objetiva. Alguns sintomas são: palpitações do coração, tremeres, falta de ar, suor, náuseas. Há uma exagerada e ansiosa preocupação por si mesmo.
b) Fobias – uma área da personalidade passa a ser possuída por respostas de medo e ansiedade. Na angústia o medo é difuso e quando vem à tona é sinal de que já exis ia, há longo tempo. Se apresenta envolta em muita tensão, preocupação, excitação e desorganização do comportamento. Na reação fóbica, o medo se restringe a uma classe limitada de estímulos. Verifica-se a associação do medo a certos objetos, animais ou situações.
c) Obsessiva-Compulsiva: A Obsessão é um termo que se refere a idéias que se impõem repetidamente à consciência. São por isto dificilmente controláveis. A compulsão refere-se a impulsos que levam à ação. Está intimamente ligada a uma desordem psicológia chamada transtorno obsessivo-compulsivo.
2º Tipo: Psicoses
O psicótico pode encontrar-se ora em estado de depressão, ora em estado de extrema euforia e agitação. Em dado momento age de um modo e em outro se comporta de maneira totalmente diferente. Houve uma desestruturação da sua personalidade. O dado clínico para se aferir à psicose é a alteração dos juízos da realidade. O psicótico passa a perceber a realidade de maneira diferente. Por isso, faz afirmações e tem percepções não apoiadas nem justificadas pelos dados e situações reais. Nas psicoses, além da alteração do comportamento, são comuns alucinações (ouvir vozes, ter visões e delírios). Pode ser possuído por intensas fantasias de grandeza ou perseguição. Pode sentir-se vítima de uma conspiração assim como se julgar milionário, um ser divino, etc. As Psicoses se manifestam como:
a) Esquizofrenia - apatia emocional, carência de ambições, desorganização geral da personalidade, perda de interesse pela vida nas realizações pessoais e sociais. pensamento desorganizado, afeto superficial e inapropriado,riso insólito, bobice, infantilidade, hipocondria, delírios e alucinações transitórias.
b) Maníaca-depressiva – caracteriza-se por perturbações psíquicas duradouras e intensas, decorrentes de uma perda ou de situações externas traumáticas. O estado maníaco pode ser leve ou agudo. É assinalado por atividade e excitamento. Os maníacos são cheios de energia, inquietos, barulhentos, falam alto e têm idéias bizarras, uma após outra. O estado depressivo, ao contrário, caracteriza-se por inatividade e desalento. Seus sintomas são: pesar, tristeza, desânimo, falta de ação, crises de choro, perda de interesse pelo trabalho, por amigos e família, bem como por suas distrações habituais. Torna-se lento na fala, não dorme bem à noite, perde o apetite, pode ficar um tanto irritado e muito preocupado.
c) Paranóia – caracteriza-se sobretudo por ilusões fixas. É um sistema delirante. As ilusões de perseguição e de grandeza são mais duradouras do que na esquizofrenia paranoide. Os resse timentos são profundos. É agressivo, egocêntrico e destruidor. Acredita que os fins justificam os meios e é incapaz de solicitar carinho. Não confia em ninguém
d) Psicose alcoólica – é habitualmente marcada por violenta intranqüilidade, acompanhada de alucinações de uma natureza aterradora.
e) Arteriosclerose Cerebral – evolui de um modo semelhante a demência senil. O endurecimento dos vasos cerebrais dá lugar a transtornos de irrigação sangüínea, as quais são causa de que partes isoladas do cérebro estejam mal abastecidas de sangue. Os sintomas são, formigamento nos braços e pernas, paralisias mais ou menos acentuadas, zumbidos no ouvido, transtorno de visão, perturbações da linguagem em forma de lentidão ou dificuldade da fala.
3º Tipo: Psicopatias
Os psicopatas não estruturam determinadas dimensões da personalidade, verificando-se uma espécie de falha na própria construção. Os principais sintomas das psicopatias são: Diminuição ou ausência da consciência moral. O certo e o errado; o permitido e o proibido não fazem sentido para eles. Desta maneira, simular, dissimular, enganar, roubar, assaltar, matar, não causam sentimentos de repulsa e remorso, em suas consciências. O único valor para eles é seus interesses egoístas: Inexistência de alucinações; ausência de manifestações neuróticas; falta de confiança; Busca de estimulações fortes; Incapacidade de adiar satisfações; Não toleram um esforço rotineiro e não sabem lutar por um objetivo distante; Não aprendem com os próprios erros, pelo fato de não reconhecerem estes erros; Em geral, têm bom nível de inteligência e baixa capacidade afetiva; Parecem incapazes de se envolver emocionalmente. Não entendem o que seja socialmente produtivo.
O estudo da personalidade nos últimos anos é de tão grande significado social, que está hoje em pleno desenvolvimento. No entanto, apesar de seu grande avanço, o que se conhece sobre personalidade ainda é insuficiente para atender às exigências práticas que são colocadas em proporções cada vez menores pelo mundo contemporâneo.
A palavra personalidade, evidentemente, não se constitui em um termo desconhecido, porquanto vem sendo usada indevidamente para determinar os traços que nos tornam agradáveis à outra pessoa. Gostamos ou admiramos. O indivíduo que “tem personalidade” , prontamente afirmamos que ele é dinâmico, amigo, simpático. Assim, alguém tem personalidade, quando “impressiona fortemente” a seus semelhantes.
Por outro lado, somos indiferentes ou não toleramos o indivíduo que não “tem personalidade” porque, pelo menos para nós ele é irritante ou desagradável. Chega-se mesmo a dizer que uma pessoa que passa desapercebida, apática na vida em comum, “não tem personalidade”. Isto é um erro, posto que do ponto de vista da psicologia, todos tem personalidade. Esta poderá ser mais ou menos atraente, mais ou menos marcante, mas sempre existe.
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O que seria então Personalidade?
A personalidade é uma estrutura interna, formada por diversos fatores em interação. Não se reduz a um traço apenas, como a autodeterminação ou um valor moral. Pode ser muito ou pouco valorizada. Não importa. Uma pessoa mesmo sem valores, mal formada, com falhas morais ou limitações psicológicas, não deixa de ter personalidade porque tem uma estrutura interna, embora defeituo a.
Também, a personalidade não é a simples soma ou justaposição de elementos, mas um todo organizado e individual, produto de fatores biopsicossociais.
• Nos fatores biológicos estão: o sistema glandular e o sistema nervoso.
• Entre os fatores psicológicos estão: o grau e as características de inteligência, as emoções, os sentimentos, as experiências, os complexos, os condicionamentos, a cultura, a instrução, os valores e vivências humanas.
• Nos grupos sociais, como a família,a escola, a igreja, o clube, vizinhança, processa-se a interação dos fatores sociais.
Componentes da Personalidade (Temperamento e Caráter)
Sendo a personalidade, o que distingue uma pessoa da outra, a mesma encontra-se apoiada em herança biológica e na afão ambi ntal.
Os fatores biológicos, principalmente o sistema glandular e o sistema nervoso determinam no indivíduo o temperamento, que é constituído de impulsos naturais. Ser agressivo ou não ser agressivo, ser irrequieto ou indolente, ser emotivo ou não emotivo, ter reações primárias ou secundárias, podem ter traços temperamentais.
Assim, o indivíduo nasce com determinado temperamento, mas fatores ambientais podem modificá-lo até certo ponto. Assim, a educação pode manter domínio e controle sobre o temperamento; a alimentação; as doenças; o clima; os acontecimentos e outros fatores causam algumas transformações nos traços temperamentais.
A vida ensina o homem a controlar ou a estimular seu temperamento. Todo tipo temperamental tem seus aspectos positivos e aspectos negativos. Conhecendo-se bem, o homem pode dominar os aspectos negativos e stimular e desenvolver os aspectos positivos. O temperamento é parte da personalidade, e, esta não se reduz àquele. A personalidade é o todo; o temperamento é um aspecto desse todo. Portanto, o temperamento é um aspecto inato, biológico da personalidade. As qualidades que estão relacionadas com o temperamento incluem entre outras, excitabilidade, irrascibilidade, impulsividade, receptividade (sensibilidade), reserva, passividade, otimismo, pessimismo,vivacidade e letargia.
O princípio e valores do homem constituem seu Caráter. Caráter é um termo que etimologicamente significa “gravar”. Mas esse conceito sofreu total evolução. Hoje, caráter significa padrão de valores da personalidade. É constituído de valores morais e sociais. Adquiri-se o caráter na família, na escola e na sociedade em geral. Como diz ALLPORT (1979), caráter é a personalidade valorizada. Nesse sentido o caráter é um aspecto da personalidade. Quando se diz que uma pessoa tem uma personalidade sem caráter, está se referindo à sua aceitabilidade moral e social. Portanto, o caráter se origina a partir de fatores como: integridade, fidedignidade e honestidade. Está associado àquelas nossas ações que satisfazem ou deixam satisfazer os padrões aceitos da sociedade e que são, conseqüentemente, julgados como “certos” ou “errados”.
Estrutura e Dinâmica da Personalidade - (Id, Ego, Superego)
Id – O id é a fonte da energia psíquica (libido). É de origem orgânica e hereditária. Apresenta a forma de instintos que impulsionam o organismo. Está relacionado a todos os impulsos não civilizados, de tipo animal, que o indivíduo experimenta. . Não tolera tensão. Seu o nível de tensão é elevado, age no sentido de descarregá-la. É regido pelo princípio do prazer. Sua função e procurar o prazer e evitar o sofrimento. Localiza-se na zona inconsciente da mente. O Id não conhece a realidade objetiva, por isso surge o Ego.
Ego – Significa “eu” em latim. E responsável pelo contato do psiquismo com o mundo objetivo da realidade. O Ego atua de acordo com o princípio da realidade. Estabelece o equilíbrio entre as reinvindicações do Id e as exigências do superego com as do mundo externo. É o componente psicológico da personalidade. As funções básicas do Ego são: a percepção, a memória, os sentimentos e os pensamentos. Localiza-se na zona consciente da mente.
Superego – Atua como censor do Ego. É o representante interno das normas e valores sociais que foram transmitidos pelos pais através do sistema de castigos e recompensas impostos à criança. São nossos conceitos do que é certo e do que é errado. O Superego nos controla e nos pune (através do remorso, do sentimento de culpa) quando fazemos algo errado, e também nos recompensa (sentimos satisfação, orgulho) quando fazemos algo meritório. O Superego procura inibir os impulsos do Id, uma vez que este não conhece a moralidade. É o componente social da personalidade.As principais funções do Superego são: inibir os impulsos do id (principalmente os de natureza agressiva e sexual) e lutar pela perfeição. Localiza-se consciente e pré-consciente.
Pelo Id o empregado deixaria de comparecer ao trabalho num belo dia ensolarado,
dedicando-se a uma aprazível atividade de lazer: uma pescaria, um cinema, etc..
O Ego aconselharia prudência e buscaria uma oportunidade adequada para essas atividades.
O Superego diria ser inaceitável faltar com um compromisso assumido, por exemplo, com o
supervisor ou colegas de trabalho.
Os três sistemas da personalidade não devem ser considerados como fatores independentes que governam a personalidade. Cada um deles têm suas funções próprias, seus princípios, seus dinamismos, mas atuam um sobre o outro de forma tão estreita que é impossível separar os seus efeitos.
Níveis de Consciência da Personalidade
Para Freud, os três níveis de consciência são: consciente, pré-consciente e inconsciente.
Consciente – inclui tudo aquilo de que estamos cientes num determinado momento. Recebe ao mesmo tempo informações do mundo exterior e do mundo interior.
Pré-consciente – (ou sub-consciente) – se constitui nas memórias que podem se tornar acessíveis a qualquer momento, como por exemplo, o que você fez ontem, o teorema de Pitágoras, o seu endereço anterior, etc. É uma espécie de “depósito” de lembranças a disposição, quando necessárias.
Inconsciente – estão os elementos instintivos e material reprimido, inacessíveis à consciência e que podem vir à tona num sonho, num ato falho ou pelo método da associação livre. Os processos mentais inconsciente desempenham papel importante no funcionamento psicológico, na saúde mental e na determinação do comportamento.
Os Mecanismos de Defesa da Personalidade
As frustrações e os conflitos, dependendo da sua quantidade e freqüência, podem causar prejuízos sérios à estrutura e à saúde da personalidade. Frustrações e conflitos podem acontecer a cada momento. A condução atrasa, o café está frio, o vendedor da loja não nos atende direito, o livro que queríamos comprar está esgotado, um encontro que está sendo esperado é cancelado etc. Assim, o homem não pode ficar olhando de frente, vivenciando em profundidade suas frustrações e fracassos. Desse modo poderia chegar à beira da autodestruição. Para evitar que isto aconteça, mobiliza seus mecanismos de defesa.
Para Freud a defesa é a operação pelo qual o Ego exclui da consciência conteúdos indesejáveis. São vários os mecanismos. Os principais são:
Racionalização – consiste em justificar de forma mais ou menos lógica e ética a própria conduta. Apresenta-se como um esforço defensivo para manter o auto-respeito. É provavelmente um dos mecanismos menos inconscientes. Por ele, arranjamos desculpas e explicações que nos inocentem de erros e fracassos. A criação de um “bode expiatório” é também racionalização. Dar uma desculpa para inocentar nosso “eu” ou jogar a culpa em outro tem a mesma finalidade: aliviar da “culpa”, ou de algo que nos inferiorize diante de nós e dos outros. Isto é tão antigos quanto Adão e Eva. Depois de cometido seu “pecado original”, para livrar seu “eu” da culpa. Adão optou por um “bode expiatório”, culpando sua mulher, Eva. Esta, por sua vez, optou pela desculpa: “fui tentada pelo diabo, em forma de serpente”. Costuma-se ouvir de pessoas demitidas “afinal, aquela empresa estava realmente em decadência”; depois das mudanças de Administração, ficou mesmo impossível trabalhar lá; somente o pessoal menos qualificado permaneceu.” Reconhecer nossa irracionalidade, ainda quando nos é incômoda, ajuda a superá-la. Nem a conduta e nem os impulsos das pessoas são sempre racionais.
Projeção – consiste em atribuir a outros as idéias e tendências que o sujeito não pode admitir como suas. Sem que percebamos, muitas vezes, vemos nos outros defeitos que nos são próprios Podem servir como exemplos: o aluno que se sente frustrado pela reprovação nos exames, põe-se a dizer que o professor é incapaz. O marido infiel que desconfia da esposa.
Repressão – é o processo pelo qual se afastam da consciência conflitos e frustrações demasiadamente dolorosos para serem experimentados ou lembrados, reprimindo-os e recalcando-os para o inconsciente. Vivências que provocam sentimentos de culpa são esquecidas. Muitos casos de amnésia (excluídas as causas orgânicas) podem ser explicados através deste mecanismo. Esquecemos o que é desagradável.
Deslocamento – Na tentativa de ajustar nosso comportamento e eliminar as tensões, muitas vezes, não podendo descarregar nossa agressão na fonte de frustração (um chefe, a organiz`ção, etc), passamos a agredir terceiros que não têm nada a ver com o caso. È bom lembrar que a toda ou a quase toda frustração corresponde agressão.
Regressão – significa voltar a comportamentos imaturos, característicos de fase de desenvolvimento que a pessoa já passou. A crian a de cinco anos que, após o nascimento de um irmão, volta a chu`ar o dedo, molhar a cama e falar como bebê, é um exemplo de regressão. Dessa maneira, reage melhor à frustração. È o caso do funcionário que, diante do chefe, assume comportamento menos adulto.
Somatização - o conflito se transforma numa perturbação fisiológica. Por exemplo, numa fiscalização, o funcionário foi apanhado em flagrante falta. A partir daí, por ocasião dos períodos de fiscalização, adoece, passa mal, sente vômitos etc.
Distúrbios da Personalidade
A melhor maneira de definir “distúrbio” é caracterizá-lo como deficiência psicológica com repercussão na área emocional e interpessoal. Este termo caracteriza uma faixa que vai desde formas neuróticas leves até a loucura, na plenitude do seu termo. Normal seria aquela personalidade com capacidade de viver eficientemente, manter relacionamento duradouro e emocionalmente satisfatório com outras pessoas, trabalhar produtivamente, repousas e divertir-se, ser capaz de julgar realisticamente suas falhas e qualidades, aceitando-as. A falha de uma ou outra dessas características pode indicar a presença de uma deficiência psicológica ou “distúrbio” da personalidade.
Classificamos distúrbios da personalidade em 3 grandes tipos básicos:
1º Tipo: Neuroses
É a existência de tensão excessiva e prolongada, de conflito persistente ou de uma necessidade longamente frustrada, é sinal de que na pessoa se instalou um estado neurótico. A neurose determina uma modificação, mas não uma desestruturação da personalidade e muito menos de perda de valores da realidade. Costuma-se catalogar os sintomas neuróticos em certas categorias, como:
a) Ansiedade - a pessoa é tomada por sentimentos generalizados e persistente de intensa angústia sem causa objetiva. Alguns sintomas são: palpitações do coração, tremeres, falta de ar, suor, náuseas. Há uma exagerada e ansiosa preocupação por si mesmo.
b) Fobias – uma área da personalidade passa a ser possuída por respostas de medo e ansiedade. Na angústia o medo é difuso e quando vem à tona é sinal de que já exis ia, há longo tempo. Se apresenta envolta em muita tensão, preocupação, excitação e desorganização do comportamento. Na reação fóbica, o medo se restringe a uma classe limitada de estímulos. Verifica-se a associação do medo a certos objetos, animais ou situações.
c) Obsessiva-Compulsiva: A Obsessão é um termo que se refere a idéias que se impõem repetidamente à consciência. São por isto dificilmente controláveis. A compulsão refere-se a impulsos que levam à ação. Está intimamente ligada a uma desordem psicológia chamada transtorno obsessivo-compulsivo.
2º Tipo: Psicoses
O psicótico pode encontrar-se ora em estado de depressão, ora em estado de extrema euforia e agitação. Em dado momento age de um modo e em outro se comporta de maneira totalmente diferente. Houve uma desestruturação da sua personalidade. O dado clínico para se aferir à psicose é a alteração dos juízos da realidade. O psicótico passa a perceber a realidade de maneira diferente. Por isso, faz afirmações e tem percepções não apoiadas nem justificadas pelos dados e situações reais. Nas psicoses, além da alteração do comportamento, são comuns alucinações (ouvir vozes, ter visões e delírios). Pode ser possuído por intensas fantasias de grandeza ou perseguição. Pode sentir-se vítima de uma conspiração assim como se julgar milionário, um ser divino, etc. As Psicoses se manifestam como:
a) Esquizofrenia - apatia emocional, carência de ambições, desorganização geral da personalidade, perda de interesse pela vida nas realizações pessoais e sociais. pensamento desorganizado, afeto superficial e inapropriado,riso insólito, bobice, infantilidade, hipocondria, delírios e alucinações transitórias.
b) Maníaca-depressiva – caracteriza-se por perturbações psíquicas duradouras e intensas, decorrentes de uma perda ou de situações externas traumáticas. O estado maníaco pode ser leve ou agudo. É assinalado por atividade e excitamento. Os maníacos são cheios de energia, inquietos, barulhentos, falam alto e têm idéias bizarras, uma após outra. O estado depressivo, ao contrário, caracteriza-se por inatividade e desalento. Seus sintomas são: pesar, tristeza, desânimo, falta de ação, crises de choro, perda de interesse pelo trabalho, por amigos e família, bem como por suas distrações habituais. Torna-se lento na fala, não dorme bem à noite, perde o apetite, pode ficar um tanto irritado e muito preocupado.
c) Paranóia – caracteriza-se sobretudo por ilusões fixas. É um sistema delirante. As ilusões de perseguição e de grandeza são mais duradouras do que na esquizofrenia paranoide. Os resse timentos são profundos. É agressivo, egocêntrico e destruidor. Acredita que os fins justificam os meios e é incapaz de solicitar carinho. Não confia em ninguém
d) Psicose alcoólica – é habitualmente marcada por violenta intranqüilidade, acompanhada de alucinações de uma natureza aterradora.
e) Arteriosclerose Cerebral – evolui de um modo semelhante a demência senil. O endurecimento dos vasos cerebrais dá lugar a transtornos de irrigação sangüínea, as quais são causa de que partes isoladas do cérebro estejam mal abastecidas de sangue. Os sintomas são, formigamento nos braços e pernas, paralisias mais ou menos acentuadas, zumbidos no ouvido, transtorno de visão, perturbações da linguagem em forma de lentidão ou dificuldade da fala.
3º Tipo: Psicopatias
Os psicopatas não estruturam determinadas dimensões da personalidade, verificando-se uma espécie de falha na própria construção. Os principais sintomas das psicopatias são: Diminuição ou ausência da consciência moral. O certo e o errado; o permitido e o proibido não fazem sentido para eles. Desta maneira, simular, dissimular, enganar, roubar, assaltar, matar, não causam sentimentos de repulsa e remorso, em suas consciências. O único valor para eles é seus interesses egoístas: Inexistência de alucinações; ausência de manifestações neuróticas; falta de confiança; Busca de estimulações fortes; Incapacidade de adiar satisfações; Não toleram um esforço rotineiro e não sabem lutar por um objetivo distante; Não aprendem com os próprios erros, pelo fato de não reconhecerem estes erros; Em geral, têm bom nível de inteligência e baixa capacidade afetiva; Parecem incapazes de se envolver emocionalmente. Não entendem o que seja socialmente produtivo.
SUCESSO E VALORIZAÇÃO
SUCESSO E VALORIZAÇÃO ESTÃO ATRELADOS
Por Rosa de Catia Souza Silva
Nós precisamos ser notados pelos outros seja em casa ou no trabalho, para isso devemos es ar sempre atentos as nossas atitudes, principalmente no ambiente profissional.
Atualmente os profissionais devem atender as necessidades de seus clientes internos e/ou externos.
Geralmente os clientes internos são colegas de trabalho e superiores hierárquicos, enquanto os externos são as pessoas que compram os produtos e os serviços das empresas que representamos.
A valorização profissional é algo que acontece de dentro para fora, ou seja, deve pardir da própria pessoa que deseja ser reconhecida. Entenda que você deve ser o melhor naquilo que você faz, seja qual for a sua profissão, e de preferência que você goste daquilo o que você estiver fazendo.
Geralmente as pessoas esperam ser reconhecidas, mas não fazem as coisas de maneira eficaz, detendo-se apenas no que é eficiente.
Embora as palavras mencionadas pareçam ter sentido idêntico elas diferem e muito. Quando você faz algo de maneira eficiente, você faz a coisa certa, do mesmo modo quando você faz algo eficazmente, você o estará fazendo de forma certa com menor tempo e custo.
A valorização ocorre naturalmente quando as pessoas trabalham com amor e da melhor forma possível. Não se contente com o bom. Faça-o, mas aos poucos o melhore. Em tudo o que fizer aplique o princípio da melhoria contínua.
Seja você mesmo. Valorize o seu potencial e lembre-se de valorizar-se cuidando do seu visual. Pois não basta apenas bom conteúdo, a embalagem deve ser cuidada. Seu marketing deve ser trabalhado se quiser desenvolver-se e promover sua valorização profissional.
Esteja atento às mudanças que ocorrem ao seu ambiente e no mundo, pois elas não acontecem da noite para o dia, faça isto lendo revistas, jornais, livros e observe também as pessoas.
Algumas dicas que penso serem pertinentes:
1. Verifique sua motivação para o trabalho diariamente, só você pode saber o que precisa ser melhorado.
2. Não se detenha no lugar comum, numa situação confortável. Tenha sempre um desafio novo em sua vida e você terá uma grande ajuda do universo para conseguir o que deseja.
3.Seja um profissional exemplar trabalhando com amor e dedicação sem esquecer de procurar o crescimento pessoal através de cursos, livros, revistas, jornais etc.
4.Busque desenvolver seu marketing pessoal dando maior atenção ao seu modo de vestir, de falar e ouvir as pessoas, sua higiene pessoal e lembre-se sempre de ter um cartão de visitas à mão.
5.Seja “Você S.A.” - desenvolva seu potencial, trabalhe de forma que você seja indispensável a sua função.
6.Tenha bom humor, lembre-se de agradecer por ter acordado neste dia.
7.Seja feliz no que faz, não importa em que profissão, se não está feliz mude ou cairá no espaço comum.
Como disse Lair Ribeiro no título de um de seus livros “O sucesso não ocorre por acaso” e realmente é verdade, pois temos que suar muito para conseguir ser respeitado e conhecido.
Dizem que precisamos de 90% de transpiração e 10% de inspiração.
Alguns dizem que não, mas a verdade é que nós queremos ser notados como pessoas especiais, únicas como de fato somos, embora não demonstremos.
Isto acontece porque nos ensinaram quando crianças a termos comportamentos iguais para sermos aceitos, então esquecemos como ser nós mesmos, e temos que reaprender a sermos nós quando chegamos à idade adulta.
Rosa de Catia Souza Silva - Bacharel em Secretariado Executivo e Especialista em Assessoria Gerencial.
Por Rosa de Catia Souza Silva
Nós precisamos ser notados pelos outros seja em casa ou no trabalho, para isso devemos es ar sempre atentos as nossas atitudes, principalmente no ambiente profissional.
Atualmente os profissionais devem atender as necessidades de seus clientes internos e/ou externos.
Geralmente os clientes internos são colegas de trabalho e superiores hierárquicos, enquanto os externos são as pessoas que compram os produtos e os serviços das empresas que representamos.
A valorização profissional é algo que acontece de dentro para fora, ou seja, deve pardir da própria pessoa que deseja ser reconhecida. Entenda que você deve ser o melhor naquilo que você faz, seja qual for a sua profissão, e de preferência que você goste daquilo o que você estiver fazendo.
Geralmente as pessoas esperam ser reconhecidas, mas não fazem as coisas de maneira eficaz, detendo-se apenas no que é eficiente.
Embora as palavras mencionadas pareçam ter sentido idêntico elas diferem e muito. Quando você faz algo de maneira eficiente, você faz a coisa certa, do mesmo modo quando você faz algo eficazmente, você o estará fazendo de forma certa com menor tempo e custo.
A valorização ocorre naturalmente quando as pessoas trabalham com amor e da melhor forma possível. Não se contente com o bom. Faça-o, mas aos poucos o melhore. Em tudo o que fizer aplique o princípio da melhoria contínua.
Seja você mesmo. Valorize o seu potencial e lembre-se de valorizar-se cuidando do seu visual. Pois não basta apenas bom conteúdo, a embalagem deve ser cuidada. Seu marketing deve ser trabalhado se quiser desenvolver-se e promover sua valorização profissional.
Esteja atento às mudanças que ocorrem ao seu ambiente e no mundo, pois elas não acontecem da noite para o dia, faça isto lendo revistas, jornais, livros e observe também as pessoas.
Algumas dicas que penso serem pertinentes:
1. Verifique sua motivação para o trabalho diariamente, só você pode saber o que precisa ser melhorado.
2. Não se detenha no lugar comum, numa situação confortável. Tenha sempre um desafio novo em sua vida e você terá uma grande ajuda do universo para conseguir o que deseja.
3.Seja um profissional exemplar trabalhando com amor e dedicação sem esquecer de procurar o crescimento pessoal através de cursos, livros, revistas, jornais etc.
4.Busque desenvolver seu marketing pessoal dando maior atenção ao seu modo de vestir, de falar e ouvir as pessoas, sua higiene pessoal e lembre-se sempre de ter um cartão de visitas à mão.
5.Seja “Você S.A.” - desenvolva seu potencial, trabalhe de forma que você seja indispensável a sua função.
6.Tenha bom humor, lembre-se de agradecer por ter acordado neste dia.
7.Seja feliz no que faz, não importa em que profissão, se não está feliz mude ou cairá no espaço comum.
Como disse Lair Ribeiro no título de um de seus livros “O sucesso não ocorre por acaso” e realmente é verdade, pois temos que suar muito para conseguir ser respeitado e conhecido.
Dizem que precisamos de 90% de transpiração e 10% de inspiração.
Alguns dizem que não, mas a verdade é que nós queremos ser notados como pessoas especiais, únicas como de fato somos, embora não demonstremos.
Isto acontece porque nos ensinaram quando crianças a termos comportamentos iguais para sermos aceitos, então esquecemos como ser nós mesmos, e temos que reaprender a sermos nós quando chegamos à idade adulta.
Rosa de Catia Souza Silva - Bacharel em Secretariado Executivo e Especialista em Assessoria Gerencial.
SUA MARCA SEU SUCESSO
Quanto vale a sua marca?
Você já pensou nisso. Hoje as empresas focam sempre a fixação de uma marca, que fique na memória do consumidor.
Mas, como sua marca é lembrada.
A uma certa distorção entre a visão do consumidor e a visão da diretoria. As empresas fazem o marketing muito bem, porém na prática a visão é totalmente outra.
Os Bancos tem marcas bem lembradas, altamente valorizadas, que coloca a empresa como uma empresa ética, que respeita seu cliente, que resolve os problemas rapidamente, etc.
Ai vem fazer uma pesquisa na lista do Procon, onde está o maior número de reclamações?
Surpresa: no setor financeiro; então porque isto acontece.
Acontece por fatos simples, às empresas estão vendendo uma imagem que não condiz com as atitudes que ela faz no dia a dia, o publico interno (leia-se funcionários) não estão falando a mesma linguagem de quem criou a marca, e isto pode afetar e muito a sua empresa.
A criação de uma marca tem que ter um envolvimento global de todos na sua empresa.
Do setor de produção até na área comercial, todos devem vender a mesma imagem.
De nada vai adiantar gastar milhões construindo uma marca, se seus funcionários não vendem isto.
Avalie bem, quanto vale a sua marca?
A sua marca condiz com os serviços prestados? É real o que você prega? Responda a estas perguntas e você poderá ter um diagnostico melhor da visão que os consumidores tem da sua empresa.
Hoje a marca deve focar-se em vender serviços de qualidade, mostrar a missão da sua empresa, mostrar o respeito pelos seus consumidores, mostrar a ética junto a seus colaboradores, mostrar sua ajuda para a sociedade, construir uma marca com forte identidade visual e acima de tudo agregar valores para seus consumidores. E isto parece cada vez mais distante da sua empresa.
A marca é um dos recursos mais eficientes para desempatar a mesmice dos produtos e serviços, então não fique parado, invista.
Pense nisso. Invista não só na criação da marca, mas também na fidelização desta marca, no comprometimento com seu consumidor e a faça de uma forma respeitável.
Não deixe que seu consumidor perca a confiança na sua empresa, confiança uma vez perdida nunca mais é restabelecida.
Carlos Eduardo Melo dos Reis
Você já pensou nisso. Hoje as empresas focam sempre a fixação de uma marca, que fique na memória do consumidor.
Mas, como sua marca é lembrada.
A uma certa distorção entre a visão do consumidor e a visão da diretoria. As empresas fazem o marketing muito bem, porém na prática a visão é totalmente outra.
Os Bancos tem marcas bem lembradas, altamente valorizadas, que coloca a empresa como uma empresa ética, que respeita seu cliente, que resolve os problemas rapidamente, etc.
Ai vem fazer uma pesquisa na lista do Procon, onde está o maior número de reclamações?
Surpresa: no setor financeiro; então porque isto acontece.
Acontece por fatos simples, às empresas estão vendendo uma imagem que não condiz com as atitudes que ela faz no dia a dia, o publico interno (leia-se funcionários) não estão falando a mesma linguagem de quem criou a marca, e isto pode afetar e muito a sua empresa.
A criação de uma marca tem que ter um envolvimento global de todos na sua empresa.
Do setor de produção até na área comercial, todos devem vender a mesma imagem.
De nada vai adiantar gastar milhões construindo uma marca, se seus funcionários não vendem isto.
Avalie bem, quanto vale a sua marca?
A sua marca condiz com os serviços prestados? É real o que você prega? Responda a estas perguntas e você poderá ter um diagnostico melhor da visão que os consumidores tem da sua empresa.
Hoje a marca deve focar-se em vender serviços de qualidade, mostrar a missão da sua empresa, mostrar o respeito pelos seus consumidores, mostrar a ética junto a seus colaboradores, mostrar sua ajuda para a sociedade, construir uma marca com forte identidade visual e acima de tudo agregar valores para seus consumidores. E isto parece cada vez mais distante da sua empresa.
A marca é um dos recursos mais eficientes para desempatar a mesmice dos produtos e serviços, então não fique parado, invista.
Pense nisso. Invista não só na criação da marca, mas também na fidelização desta marca, no comprometimento com seu consumidor e a faça de uma forma respeitável.
Não deixe que seu consumidor perca a confiança na sua empresa, confiança uma vez perdida nunca mais é restabelecida.
Carlos Eduardo Melo dos Reis
STRESS
O estresse ou tensão nervosa (stress em inglês) pode ser definido como a soma de respostas físicas e mentais de uma incapacidade de distinguir entre o real e as experiências e expectativas pessoais. Pela definição, stress inclui a resposta de componentes físicos e mentais.
O termo estresse foi publicado pela primeira em 1936 pelo médico Hans Selye na revista científica Nature. Existem dois tipos de stress: crônico e orgânico.
O estresse pode ser causado pela ansiedade e pela depressão devido à mudança brusca no estilo de vida e a exposição a um determinado ambiente, que leva a pessoa a sentir um determinado tipo de angústia. Quando os sintomas de stress persistem por um longo intervalo de tempo, ocorrem os sentimentos de escapar de uma situação (causado pela ansiedade) e fuga (causado pela depressão). Os nossos mecanismos de defesa passam a não responder de uma forma eficaz, aumentando assim a possibilidade de vir a sofrer de doenças, especialmente da espécie cardiovascular.
Causas
As causas que podem levar as pessoas ao stress:
• Dor e mágoa
• Luz forte
• Níveis altos de som
• Eventos: nascimentos, morte, guerras, reuniões, casamentos, divórcios, mudanças, doenças crônicas, desemprego, amnésia minutos antes da prova.
• Responsabilidades: Dívidas não pagas e falta de dinheiro
• Trabalho/estudo: provas, tráfego lento e prazos pequenos para projetos.
• Relacionamento pessoal: conflito e decepção
• Estilo de vida: comidas não-saudáveis, fumo, alcoolismo e insônia
• Exposição de stress permanente na infância (abuso sexual infantil).
• Idade
O stress pode ativar o sistema simpático e o sistema nervoso autônomo e liberar em excesso os hormônios incluindo a adrenalina/epinefrina e o cortisol.
O tratamento pode ser feito através de remédios e atividade física regular controlada por profissionais da Educação Física, ou, eventualmente, por psicólogos.
Descrição
É provavelmente o quadro clínico mais freqüente que existe.
Trânsito, problemas financeiros, profissionais, familiares, situações de vida, doenças, alterações de metabolismo, uso de alguns medicamentos, de álcool, de drogas, acidentes, correria, insegurança (tanto financeira quanto, no caso de nossas cidades, física mesmo), dificuldades com chefes, colegas de trabalho, filhos, cônjuges, pais, carro quebrado, Marginal parada e etc., vão fazendo com que nosso corpo produza quantidades anormais de Adrenalina.
A Adrenalina é um hormônio produzido por nosso corpo e tem a função de fazer nosso organismo se defender. Ela faz com que o sangue irrigue mais o coração o cérebro, os pulmões e os músculos. Isso para que fiquemos alertas, fortes e com todos os sentidos aguçados, para enfrentar o perigo. A produção de Adrenalina durante um certo tempo é benéfica para nós pois faz com que nosso organismo esteja apto a se defender de agressões. O problema é que nossas condições de vida fazem com que esse tempo seja muito longo
Então começam os sinais de Stress:
• Diminuição do rendimento, erros, distrações e faltas na escola ou no trabalho.
• Insatisfação com tudo.
• Indecisão, julgamentos errados, atrasados, precipitados.
• Piora na organização, adiamento e atrasos de tarefas, perda de prazos.
• Insônia, sono agitado, pesadelos.
• Irritabilidade, explosividade.
• A concentração e a memória diminuem.
• Coisas que davam prazer se tornam uma sobrecarga.
• Reclamações mais freqüentes do que o habitual.
• Uso de férias, feriados e finais de semana para colocar o serviço em dia, ao invés de relaxar e se divertir.
• Ocupar cada vez mais tempo com trabalho e menos com lazer. Parece que o dia normal de trabalho não é mais suficiente para o que tem que ser feito.
• Diminuição de entusiasmo e prazer pelas coisas.
• Sensação de monotonia
Que levam aos sintomas do Stress
• Cansaço.
• Ganho ou perda de peso.
• Infecções, gripes e outras viroses, por exemplo Herpes.
• A Pressão Arterial e o Colesterol sobem, enrijecendo as artérias e favorecendo o aparecimento de Arteriosclerose, derrames, infartos, etc.
• Dores de cabeça, dores musculares, dores “de coluna”, Fibromialgia.
• Bruxismo (significa ranger dentes durante o sono).
• Restlesslegs (pernas intranqüilas, principalmente na cama, durante a noite.
• Má digestão, gastrites, úlceras.
• Prisão de ventre e diarréia, flatulência (gases).
• Acne, pele envelhecida, rugas, olheiras. Seborréia, queda de cabelos, enfraquecimento das unhas.
• Diabetes.
• Diminuição de Libido, Impotência Sexual.
• Tentativa de relaxar com álcool, nicotina, drogas e excesso de comida, causando outras complicações no organismo.
• Doenças psicossomáticas.
• Ataques de ansiedade.
• Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG).
• Ataques de Pânico que podem ou não evoluir para uma Síndrome do Pânico.
• Depressão.
Importante:
1) Não é necessário que aconteça um sobrecarga exagerada para começar um estado de Stress. Na maioria das vezes existe um acúmulo de pequenos fatores, que somados produzem uma grande sobrecarga em nosso organismo.
2) Sobrecargas "boas" também podem causar Stress:
Imagine reformar ou construir uma casa (não é bom ?) e ao mesmo uma promoção no trabalho, com todos os desafios inerentes a essa promoção. Ou a construção de uma casa e o nascimento de um filho. Ou um emprego novo, depois de um período parado (um stress “bom” depois de um “ruim”).
No decorrer de nossa vida vamos aprendendo a conviver, controlar e administrar os problemas que nos sobrecarregam e causam ansiedade.
Cada pessoa é capaz de administrar certo números de fatores de sobrecarga porém além de um certo limite seu organismo entra em Stress. Imagine que você esteja passando por problemas financeiros, profissionais e familiares ao mesmo tempo. Provavelmente você conseguiria administrar bem um ou dois desses problemas, mas talvez não os três ao mesmo tempo.
Isso quer dizer que você não precisa se livrar de todos os seus problemas para melhorar, basta chegar à quantidade que você consegue administrar sem se sobrecarregar muito.
O que fazer ?
• Na maioria dos casos a solução é óbvia, muito gostosa mas difícil de se fazer: mudar hábitos.
• Deitar mais cedo, dormir mais, fumar e beber menos (um pouco de álcool socialmente é bom), alimentação mais saudável, socializar mais com amigos, dançar. Fazer esportes, ir ao cinema.
• Viajar, tirar férias, curtir a família.
• Lembre-se: até Deus precisou descansar no sétimo dia !
• Massagem de relaxamento, Yoga e Meditação ajudam e muito.
• A Psicoterapia ajuda muito. Na maioria das vezes, só o fato de poder conversar com uma pessoa neutra e tecnicamente preparada já é suficiente para ajudar a organizar melhor os pensamentos e com isso administrar melhor os problemas.
• Um bom condicionamento físico é sempre importante, ainda mais para quem está sujeito a ter somatizações. Além disso, ginástica libera Endorfinas, que são nossos Antidepressivos naturais e aumentam nosso bem estar.
• Diminuir álcool e cafeína (café, chá preto, chá mate, refrigerantes) sempre ajuda.
Medicação. Pelo menos nos primeiro dias ela é importantíssima.
Ela bloqueia as descargas de Adrenalina, de modo que os sintomas físicos desaparecem. Com isso a pessoa tem mais liberdade para pensar em reorganizar a vida, pois não tem mais a preocupação com os sintomas (que por si só eram mais um fator de sobrecarga).
Os tranqüilizantes por certos períodos são úteis. As pessoas tem medo de "tomar calmante e ficarem dependentes".
A imensa maioria da pessoas nem abusa nem fica dependente.
Em situações especiais é bem melhor tomar um tranqüilizante do que ter um infarto do miocárdio ou um acidente vascular cerebral.
Quando se instala um Depressão ela irá piorar o Stress e criar um círculo vicioso, portanto deve ser tratada.
Não deixe de se tratar. Sua qualidade de vida só pode melhorar.
O termo estresse foi publicado pela primeira em 1936 pelo médico Hans Selye na revista científica Nature. Existem dois tipos de stress: crônico e orgânico.
O estresse pode ser causado pela ansiedade e pela depressão devido à mudança brusca no estilo de vida e a exposição a um determinado ambiente, que leva a pessoa a sentir um determinado tipo de angústia. Quando os sintomas de stress persistem por um longo intervalo de tempo, ocorrem os sentimentos de escapar de uma situação (causado pela ansiedade) e fuga (causado pela depressão). Os nossos mecanismos de defesa passam a não responder de uma forma eficaz, aumentando assim a possibilidade de vir a sofrer de doenças, especialmente da espécie cardiovascular.
Causas
As causas que podem levar as pessoas ao stress:
• Dor e mágoa
• Luz forte
• Níveis altos de som
• Eventos: nascimentos, morte, guerras, reuniões, casamentos, divórcios, mudanças, doenças crônicas, desemprego, amnésia minutos antes da prova.
• Responsabilidades: Dívidas não pagas e falta de dinheiro
• Trabalho/estudo: provas, tráfego lento e prazos pequenos para projetos.
• Relacionamento pessoal: conflito e decepção
• Estilo de vida: comidas não-saudáveis, fumo, alcoolismo e insônia
• Exposição de stress permanente na infância (abuso sexual infantil).
• Idade
O stress pode ativar o sistema simpático e o sistema nervoso autônomo e liberar em excesso os hormônios incluindo a adrenalina/epinefrina e o cortisol.
O tratamento pode ser feito através de remédios e atividade física regular controlada por profissionais da Educação Física, ou, eventualmente, por psicólogos.
Descrição
É provavelmente o quadro clínico mais freqüente que existe.
Trânsito, problemas financeiros, profissionais, familiares, situações de vida, doenças, alterações de metabolismo, uso de alguns medicamentos, de álcool, de drogas, acidentes, correria, insegurança (tanto financeira quanto, no caso de nossas cidades, física mesmo), dificuldades com chefes, colegas de trabalho, filhos, cônjuges, pais, carro quebrado, Marginal parada e etc., vão fazendo com que nosso corpo produza quantidades anormais de Adrenalina.
A Adrenalina é um hormônio produzido por nosso corpo e tem a função de fazer nosso organismo se defender. Ela faz com que o sangue irrigue mais o coração o cérebro, os pulmões e os músculos. Isso para que fiquemos alertas, fortes e com todos os sentidos aguçados, para enfrentar o perigo. A produção de Adrenalina durante um certo tempo é benéfica para nós pois faz com que nosso organismo esteja apto a se defender de agressões. O problema é que nossas condições de vida fazem com que esse tempo seja muito longo
Então começam os sinais de Stress:
• Diminuição do rendimento, erros, distrações e faltas na escola ou no trabalho.
• Insatisfação com tudo.
• Indecisão, julgamentos errados, atrasados, precipitados.
• Piora na organização, adiamento e atrasos de tarefas, perda de prazos.
• Insônia, sono agitado, pesadelos.
• Irritabilidade, explosividade.
• A concentração e a memória diminuem.
• Coisas que davam prazer se tornam uma sobrecarga.
• Reclamações mais freqüentes do que o habitual.
• Uso de férias, feriados e finais de semana para colocar o serviço em dia, ao invés de relaxar e se divertir.
• Ocupar cada vez mais tempo com trabalho e menos com lazer. Parece que o dia normal de trabalho não é mais suficiente para o que tem que ser feito.
• Diminuição de entusiasmo e prazer pelas coisas.
• Sensação de monotonia
Que levam aos sintomas do Stress
• Cansaço.
• Ganho ou perda de peso.
• Infecções, gripes e outras viroses, por exemplo Herpes.
• A Pressão Arterial e o Colesterol sobem, enrijecendo as artérias e favorecendo o aparecimento de Arteriosclerose, derrames, infartos, etc.
• Dores de cabeça, dores musculares, dores “de coluna”, Fibromialgia.
• Bruxismo (significa ranger dentes durante o sono).
• Restlesslegs (pernas intranqüilas, principalmente na cama, durante a noite.
• Má digestão, gastrites, úlceras.
• Prisão de ventre e diarréia, flatulência (gases).
• Acne, pele envelhecida, rugas, olheiras. Seborréia, queda de cabelos, enfraquecimento das unhas.
• Diabetes.
• Diminuição de Libido, Impotência Sexual.
• Tentativa de relaxar com álcool, nicotina, drogas e excesso de comida, causando outras complicações no organismo.
• Doenças psicossomáticas.
• Ataques de ansiedade.
• Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG).
• Ataques de Pânico que podem ou não evoluir para uma Síndrome do Pânico.
• Depressão.
Importante:
1) Não é necessário que aconteça um sobrecarga exagerada para começar um estado de Stress. Na maioria das vezes existe um acúmulo de pequenos fatores, que somados produzem uma grande sobrecarga em nosso organismo.
2) Sobrecargas "boas" também podem causar Stress:
Imagine reformar ou construir uma casa (não é bom ?) e ao mesmo uma promoção no trabalho, com todos os desafios inerentes a essa promoção. Ou a construção de uma casa e o nascimento de um filho. Ou um emprego novo, depois de um período parado (um stress “bom” depois de um “ruim”).
No decorrer de nossa vida vamos aprendendo a conviver, controlar e administrar os problemas que nos sobrecarregam e causam ansiedade.
Cada pessoa é capaz de administrar certo números de fatores de sobrecarga porém além de um certo limite seu organismo entra em Stress. Imagine que você esteja passando por problemas financeiros, profissionais e familiares ao mesmo tempo. Provavelmente você conseguiria administrar bem um ou dois desses problemas, mas talvez não os três ao mesmo tempo.
Isso quer dizer que você não precisa se livrar de todos os seus problemas para melhorar, basta chegar à quantidade que você consegue administrar sem se sobrecarregar muito.
O que fazer ?
• Na maioria dos casos a solução é óbvia, muito gostosa mas difícil de se fazer: mudar hábitos.
• Deitar mais cedo, dormir mais, fumar e beber menos (um pouco de álcool socialmente é bom), alimentação mais saudável, socializar mais com amigos, dançar. Fazer esportes, ir ao cinema.
• Viajar, tirar férias, curtir a família.
• Lembre-se: até Deus precisou descansar no sétimo dia !
• Massagem de relaxamento, Yoga e Meditação ajudam e muito.
• A Psicoterapia ajuda muito. Na maioria das vezes, só o fato de poder conversar com uma pessoa neutra e tecnicamente preparada já é suficiente para ajudar a organizar melhor os pensamentos e com isso administrar melhor os problemas.
• Um bom condicionamento físico é sempre importante, ainda mais para quem está sujeito a ter somatizações. Além disso, ginástica libera Endorfinas, que são nossos Antidepressivos naturais e aumentam nosso bem estar.
• Diminuir álcool e cafeína (café, chá preto, chá mate, refrigerantes) sempre ajuda.
Medicação. Pelo menos nos primeiro dias ela é importantíssima.
Ela bloqueia as descargas de Adrenalina, de modo que os sintomas físicos desaparecem. Com isso a pessoa tem mais liberdade para pensar em reorganizar a vida, pois não tem mais a preocupação com os sintomas (que por si só eram mais um fator de sobrecarga).
Os tranqüilizantes por certos períodos são úteis. As pessoas tem medo de "tomar calmante e ficarem dependentes".
A imensa maioria da pessoas nem abusa nem fica dependente.
Em situações especiais é bem melhor tomar um tranqüilizante do que ter um infarto do miocárdio ou um acidente vascular cerebral.
Quando se instala um Depressão ela irá piorar o Stress e criar um círculo vicioso, portanto deve ser tratada.
Não deixe de se tratar. Sua qualidade de vida só pode melhorar.
REGRAS DE CONVIVÊNCIA
• Seja alegre e comunicativo. Um “bom dia”, um “alô” custam pouco e rendem muito;
• Seja simples e modesto. Se você possui qualidades “notáveis”, cedo ou tarde os outros notarão isso, como também descobrirão suas imperfeições;
• Não economize sorriso: de todas as moedas circulantes no comércio da vida, o sorriso é a que compra maior porção de alegria pelo menor preço;
• Por falar nisso, não compre briga porque sai caro;
• Interesse-se pelos outros. Só assim os outros acharão você interessante;
• Seja um bom conversador deixando que os outros falem mais;
• Seja otimista. Quem vê tudo na existência pelo lado sombrio do derrotismo raramente cruza com amigos na rua porque a maioria deles dobra a esquina para escapar do encontro;
• Faça aos outros, em lugar de críticas, quantos elogios puder fazer honestamente. As pessoas de um modo geral adoram ouvi-los e quando os recusam talvez no fundo esperem ser elogiados por isso;
• Com os inimigos, declarados ou gratuitos, mantenha a sobriedade do cavalheirismo. Não fale mal por trás nem perca uma oportunidade de reconciliação, dando o primeiro passo, pois nada lhe garante que no dia seguinte um deles não seja a única pessoa capaz de “salvar a sua vida”;
• Compreenda que as pessoas que pensam diferente estão sinceramente convencidas de que o errado é você.
Extraído do livro de Sonia Jordão: A Arte de Liderar – Vivenciando Mudanças num Mundo Globalizado.
Sônia Jordão
• Seja simples e modesto. Se você possui qualidades “notáveis”, cedo ou tarde os outros notarão isso, como também descobrirão suas imperfeições;
• Não economize sorriso: de todas as moedas circulantes no comércio da vida, o sorriso é a que compra maior porção de alegria pelo menor preço;
• Por falar nisso, não compre briga porque sai caro;
• Interesse-se pelos outros. Só assim os outros acharão você interessante;
• Seja um bom conversador deixando que os outros falem mais;
• Seja otimista. Quem vê tudo na existência pelo lado sombrio do derrotismo raramente cruza com amigos na rua porque a maioria deles dobra a esquina para escapar do encontro;
• Faça aos outros, em lugar de críticas, quantos elogios puder fazer honestamente. As pessoas de um modo geral adoram ouvi-los e quando os recusam talvez no fundo esperem ser elogiados por isso;
• Com os inimigos, declarados ou gratuitos, mantenha a sobriedade do cavalheirismo. Não fale mal por trás nem perca uma oportunidade de reconciliação, dando o primeiro passo, pois nada lhe garante que no dia seguinte um deles não seja a única pessoa capaz de “salvar a sua vida”;
• Compreenda que as pessoas que pensam diferente estão sinceramente convencidas de que o errado é você.
Extraído do livro de Sonia Jordão: A Arte de Liderar – Vivenciando Mudanças num Mundo Globalizado.
Sônia Jordão
Psicologia do Trabalho
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Psicologia do trabalho é uma ramificação da Psicologia que abrange as áreas de Psicologia Organizacional, Psicologia do Trabalho e das Empresas e Gestão de Recursos Humanos.
Organização
Definição de Daft: Organizações são entidades sociais, dirigidas por metas, desenhadas como sistemas de atividades deliberadamente estruturadas e coordenados, ligados ao ambiente externo.
Metáforas Máquinas: As organizações são “máquinas feitas de partes que se interligam, cada uma desempenhando seu papel, claramente definido, de relações coordenadas com funcionamento semelhante às máquinas, rotinizada, eficiente, confiável e previsível. Organismos: São dependentes da satisfação de suas necessidades, são sistemas abertos, onde necessitam de cuidadosa administração para satisfazer e equilibrar necessidades internas. Cérebro: Processam informações, são capazes de aprender, processando informações, de comunicação e de decisões. Cultura; São lugares onde residem idéias, valores, normas, rituais, crenças que sustentam socialmente, produzindo significados comuns. Sistema político: moldadas pelo conjunto de interesse, conflitos e jogos do poder. Fluxo e transformação: característica permanente é a mudança (transformação), ganhando estabilidade, mas sempre se mudando. Instrumento de dominação: As pessoas são usadas e exploradas para atingir os fins organizacionais”.
Visões das organizações como processo e como entidade, Interação social Estrutura social (normas, regras, rotinas) Características definidas por indivíduos do poder que Mudam o comportamento Ações Organizacionais, podem ser ações individuais.
Cognitivista “sistema de comportamento, cooperativo planejado, alocando os membros com relativa certeza do que os outros irão fazer".
Contribuições
• Limites humanos em processar informações
• Decisões programadas e não programadas
Limitações
• Interesses pessoais frente aos interesses organizacionais
• As tomadas de decisões não chegam a ser compreendidas
Culturalista “Mini-sociedades com padrões distintos de cultura e subcultura, apoiadas em normas operacionais, exercem influencias decisivas na habilidade em lidar com desafios”.
Contribuições:
• Destaca influencia do lado humano da organização no desempenho da mesma
• Reestrutura conceitos clássicos como o de liderança
Limitações
• Leituras simplistas dos processos culturais
• Marginalização de questões de poder nas organizações
Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia_do_trabalho"
Categorias: !Artigos precisando de wikificação | !Esboços sobre psicologia | Psicologia
Psicologia organizacional
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A Psicologia Organizacional, inicialmente denominada como Psicologia Industrial, estuda os fenômenos psicológicos presentes nas organizações. Mais especificamente, atua sobre os problemas organizacionais ligados à gestão de recursos humanos (ou gestão de pessoas). A psicologia está muito ligada a empresas atualmente, seja ele no bem estar de cada um dos colaboradores, até mesmo nas emoções geradas num ambiente de trabalho.
Tradicionalmente, as principais áreas da psicologia organizacional são: recrutamento, seleção de pessoal, treinamento, diagnóstico organizacional.
Psicologia social do trabalho
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A psicologia social do trabalho configura o que poderíamos chamar de um "retorno" à psicologia social no que se refere aos estudos sobre o trabalho.
Afastando-se da tradição da Psicologia Industrial/Psicologia Organizacional, cujo principal interesse são os problemas ligados à gestão (interesse marcado por uma forte aproximação em relação à administração), a psicologia social do trabalho é, dito de uma forma simples, uma psicologia social que se dedica a estudar o trabalho.
Pode-se dizer que a psicologia social do trabalho oferece uma alternativa crítica às abordagens tradicionais da psicologia e resgata o que poderíamos chamar de "temas marginais" do trabalho: desemprego, ação política dos trabalhadores, estratégias de sobrevivência, a vida do trabalhador fora do trabalho.
Psicologia do trabalho é uma ramificação da Psicologia que abrange as áreas de Psicologia Organizacional, Psicologia do Trabalho e das Empresas e Gestão de Recursos Humanos.
Organização
Definição de Daft: Organizações são entidades sociais, dirigidas por metas, desenhadas como sistemas de atividades deliberadamente estruturadas e coordenados, ligados ao ambiente externo.
Metáforas Máquinas: As organizações são “máquinas feitas de partes que se interligam, cada uma desempenhando seu papel, claramente definido, de relações coordenadas com funcionamento semelhante às máquinas, rotinizada, eficiente, confiável e previsível. Organismos: São dependentes da satisfação de suas necessidades, são sistemas abertos, onde necessitam de cuidadosa administração para satisfazer e equilibrar necessidades internas. Cérebro: Processam informações, são capazes de aprender, processando informações, de comunicação e de decisões. Cultura; São lugares onde residem idéias, valores, normas, rituais, crenças que sustentam socialmente, produzindo significados comuns. Sistema político: moldadas pelo conjunto de interesse, conflitos e jogos do poder. Fluxo e transformação: característica permanente é a mudança (transformação), ganhando estabilidade, mas sempre se mudando. Instrumento de dominação: As pessoas são usadas e exploradas para atingir os fins organizacionais”.
Visões das organizações como processo e como entidade, Interação social Estrutura social (normas, regras, rotinas) Características definidas por indivíduos do poder que Mudam o comportamento Ações Organizacionais, podem ser ações individuais.
Cognitivista “sistema de comportamento, cooperativo planejado, alocando os membros com relativa certeza do que os outros irão fazer".
Contribuições
• Limites humanos em processar informações
• Decisões programadas e não programadas
Limitações
• Interesses pessoais frente aos interesses organizacionais
• As tomadas de decisões não chegam a ser compreendidas
Culturalista “Mini-sociedades com padrões distintos de cultura e subcultura, apoiadas em normas operacionais, exercem influencias decisivas na habilidade em lidar com desafios”.
Contribuições:
• Destaca influencia do lado humano da organização no desempenho da mesma
• Reestrutura conceitos clássicos como o de liderança
Limitações
• Leituras simplistas dos processos culturais
• Marginalização de questões de poder nas organizações
Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia_do_trabalho"
Categorias: !Artigos precisando de wikificação | !Esboços sobre psicologia | Psicologia
Psicologia organizacional
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A Psicologia Organizacional, inicialmente denominada como Psicologia Industrial, estuda os fenômenos psicológicos presentes nas organizações. Mais especificamente, atua sobre os problemas organizacionais ligados à gestão de recursos humanos (ou gestão de pessoas). A psicologia está muito ligada a empresas atualmente, seja ele no bem estar de cada um dos colaboradores, até mesmo nas emoções geradas num ambiente de trabalho.
Tradicionalmente, as principais áreas da psicologia organizacional são: recrutamento, seleção de pessoal, treinamento, diagnóstico organizacional.
Psicologia social do trabalho
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A psicologia social do trabalho configura o que poderíamos chamar de um "retorno" à psicologia social no que se refere aos estudos sobre o trabalho.
Afastando-se da tradição da Psicologia Industrial/Psicologia Organizacional, cujo principal interesse são os problemas ligados à gestão (interesse marcado por uma forte aproximação em relação à administração), a psicologia social do trabalho é, dito de uma forma simples, uma psicologia social que se dedica a estudar o trabalho.
Pode-se dizer que a psicologia social do trabalho oferece uma alternativa crítica às abordagens tradicionais da psicologia e resgata o que poderíamos chamar de "temas marginais" do trabalho: desemprego, ação política dos trabalhadores, estratégias de sobrevivência, a vida do trabalhador fora do trabalho.
Dicas para os que líderam pessoas
Dicas para os que lideram pessoas
1. Comunique-se com as pessoas que você chefia ou supervisiona, deixando-as à vontade para expressar suas opiniões sem temores, e pergunte regularmente a cada uma delas:
– Como posso ajudá-lo a fazer melhor o seu trabalho? – Que problemas você tem que posso ajudar a resolver?
2. Procure certificar-se de que a pessoa entendeu o que você falou, sempre que explicar algo pergunte: – Fui claro?
3. Lembre-se de que não basta que a pessoa entenda. É preciso que ela acredite, participe e “vista a camisa”.
4. Mantenha-se informado, seja criativo e utilize todos os recursos que possam contribuir para maior eficácia da sua equipe.
5. Examine com os membros do seu grupo, regularmente, a eficácia de toda a organização.
6. Não faça seus colaboradores perderem tempo com diretrizes e exigências que servem apenas para satisfazer seus caprichos ou manias burocráticas.
O líder precisa saber administrar pessoas, esse é o diferencial. Ele deve ir até as pessoas. Dessa forma, ele estará fazendo com que sua equipe sinta-se mais participante e motivada. Isso aumenta a relação de confiança.
Em casa, no trabalho e em quaisquer circunstâncias, vale a pena cultivar o hábito de ir até as pessoas e procurar ouvi-las. Conhecê-las melhor, compreendê-las, compartilhar, interagir.
Caso não fique bem claro para o colaborador a importância do seu trabalho, isso pode levá-lo à frustração e a desmotivação.
Para enfrentar os desafios desta década, as organizações devem dar extraordinária atenção aos empregados, tanto quanto aos clientes externos.Isso não é uma questão de ser bonzinho com os colaboradores.
Trata-se simplesmente do reconhecimento de que os seres humanos é que fazem ou destroem uma companhia.
Extraído do Capítulo V do livro de Sonia Jordão: A Arte de Liderar – Vivenciando Mudanças num Mundo Globalizado
Sônia Jordão
1. Comunique-se com as pessoas que você chefia ou supervisiona, deixando-as à vontade para expressar suas opiniões sem temores, e pergunte regularmente a cada uma delas:
– Como posso ajudá-lo a fazer melhor o seu trabalho? – Que problemas você tem que posso ajudar a resolver?
2. Procure certificar-se de que a pessoa entendeu o que você falou, sempre que explicar algo pergunte: – Fui claro?
3. Lembre-se de que não basta que a pessoa entenda. É preciso que ela acredite, participe e “vista a camisa”.
4. Mantenha-se informado, seja criativo e utilize todos os recursos que possam contribuir para maior eficácia da sua equipe.
5. Examine com os membros do seu grupo, regularmente, a eficácia de toda a organização.
6. Não faça seus colaboradores perderem tempo com diretrizes e exigências que servem apenas para satisfazer seus caprichos ou manias burocráticas.
O líder precisa saber administrar pessoas, esse é o diferencial. Ele deve ir até as pessoas. Dessa forma, ele estará fazendo com que sua equipe sinta-se mais participante e motivada. Isso aumenta a relação de confiança.
Em casa, no trabalho e em quaisquer circunstâncias, vale a pena cultivar o hábito de ir até as pessoas e procurar ouvi-las. Conhecê-las melhor, compreendê-las, compartilhar, interagir.
Caso não fique bem claro para o colaborador a importância do seu trabalho, isso pode levá-lo à frustração e a desmotivação.
Para enfrentar os desafios desta década, as organizações devem dar extraordinária atenção aos empregados, tanto quanto aos clientes externos.Isso não é uma questão de ser bonzinho com os colaboradores.
Trata-se simplesmente do reconhecimento de que os seres humanos é que fazem ou destroem uma companhia.
Extraído do Capítulo V do livro de Sonia Jordão: A Arte de Liderar – Vivenciando Mudanças num Mundo Globalizado
Sônia Jordão
MOTIVANDO-SE
Estar motivado nem sempre é fácil.
A motivação decorre do resultado da união de fatores internos e externos.
Existem dois tipos de motivação: a intrínseca - que vem de fatores internos e a extrínseca - que vem dos fatores externos. As duas trabalham em conjunto para deixar o indivíduo motivado. Uma não sobrevive sem a outra.
Ninguém consegue estar motivado só com um dos fatores. No entanto, identificar esses fatores depende de, primeiramente aumentar a auto - estima e o amor próprio.
Mesmo com tantos obstáculos, tantas dificuldades, o grande segredo para conseguir trilhar o caminho está em buscar uma força interior que aumentará a auto - estima.
Conseqüentemente, o amor próprio também se elevará, e com isso já poderemos identificar fatores internos para a motivação, formando assim a motivação intrínseca.
O mais importante objetivo da motivação intrínseca é identificar e captar o fator externo, que é a motivação extrínseca, um estímulo necessário para nos motivarmos.
Quando este estímulo é identificado e captado, o mais simples fator externo pode se transformar na mais potente motivação.
Com estas duas motivações temos a verdadeira motivação e então nossos caminhos serão rumo à felicidade, pois uma pessoa motivada é uma pessoa feliz.
Regiane Moura Mendonça - Administradora com especialização em marketing de serviços.
Por Regiane Moura Mendonça
A motivação decorre do resultado da união de fatores internos e externos.
Existem dois tipos de motivação: a intrínseca - que vem de fatores internos e a extrínseca - que vem dos fatores externos. As duas trabalham em conjunto para deixar o indivíduo motivado. Uma não sobrevive sem a outra.
Ninguém consegue estar motivado só com um dos fatores. No entanto, identificar esses fatores depende de, primeiramente aumentar a auto - estima e o amor próprio.
Mesmo com tantos obstáculos, tantas dificuldades, o grande segredo para conseguir trilhar o caminho está em buscar uma força interior que aumentará a auto - estima.
Conseqüentemente, o amor próprio também se elevará, e com isso já poderemos identificar fatores internos para a motivação, formando assim a motivação intrínseca.
O mais importante objetivo da motivação intrínseca é identificar e captar o fator externo, que é a motivação extrínseca, um estímulo necessário para nos motivarmos.
Quando este estímulo é identificado e captado, o mais simples fator externo pode se transformar na mais potente motivação.
Com estas duas motivações temos a verdadeira motivação e então nossos caminhos serão rumo à felicidade, pois uma pessoa motivada é uma pessoa feliz.
Regiane Moura Mendonça - Administradora com especialização em marketing de serviços.
Por Regiane Moura Mendonça
MOTIVAÇÃO
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Em psicologia, motivação é a força propulsora (desejo) por trás de todas as ações de um organismo.
Motivação é o processo responsável pela intensidade, direção, e persistência dos esforços de uma pessoa para o alcance de uma determinada meta.
A motivação é baseada em emoções, especificamente, pela busca por experiências emocionais positivas e por evitar as negativas, onde positivo e negativo são definidos pelo estado individual do cérebro, e não por normas sociais: uma pessoa pode ser direcionada até à auto-mutilação ou à violência caso o seu cérebro esteja condicionado a criar uma reação positiva a essas ações.
Necessidades orgânicas
O tipo de motivação mais fácil de se analisar, ao menos superficialmente, é aquele baseado em necessidades fisiológicas óbvias. Incluem a fome, sede e escapar da dor. A análise dos processos por trás de tais motivações pode fazer uso da pesquisa em animais, na etologia, psicologia comparativa e psicologia fisiológica, e os processos cerebrais e hormonais envolvidos neles parecem ter muito em comum, pelo menos em todos os mamíferos e provavelmente entre todos os [vertebrados]. Em humanos, no entanto, mesmo essas motivações básicas são modificadas e mediadas através de influências sociais e culturais de vários tipos: por exemplo, nenhuma análise da fome em humanos pode ignorar as desordens de alimentação como a bulimia e a obesidade, para as quais o paralelo com animais não está claro. Mesmo entre animais, não está claro se modelos homeostáticos de “depleção-reabastecimento” (sistemas de feedback) ainda são adequados, já que muitos animais se alimentam mais numa base de precaução do que r ativa, mais obviamente quando se preparam para a hibernação.
Outras motivações biológicas
No próximo nível, estão as motivações que têm uma base biológica óbvia, mas que não são requeridas para a sobrevivência imediata do organismo. Esse tipo inclui motivações para o sexo, cuidado com a prole e agressão: de novo, as bases fisiológicas dessas motivações são similares em humanos e em outros animais, mas as complexidades sociais são maiores em humanos (ou talvez nós apenas as entendamos melhor em nossa própria espécie). Nessas áreas, estudos da ecologia comportamental e sociobiologia ofereceram novas análises tanto do comportamento animal quanto humano, especialmente nas últimas décadas do século XX. No entanto, a extensão das análises sociobiológicas em humanos continua sendo um assunto altamente controverso. De maneira similar, mas talvez em um nível diferente, está a motivação para novos estímulos: freqüentemente chamada de exploração ou curiosidade.
No início do Século XX, acreditava-se que as motivações como desejo por sexo ou agressão tinham um componente homeostático – isto é, elas se acumulam com o tempo caso não sejam descarregadas. Essa idéia era crucial para Freud e Konrad Lorenz, e é uma característica da psicologia popular da motivação. No entanto, as análises biológicas mais bem-informadas das décadas recentes desmentem essa noção, dizendo que tais motivações são situacionais, aparecendo quando elas são (ou parecem ser) necessárias, e desaparecendo sem maiores conseqüências quando a ocasião para elas passa.
Objetivos secundários
Essas importantes necessidades biológicas tendem a gerar emoções mais poderosas, dando origem a motivações mais poderosas. Isso é descrito no modelo de “hierarquia de necessidades” de Abraham Maslow. Sendo alocadas no sistema de Produção.
Uma distinção pode ser feita entre a motivação direta e a indireta: na motivação direta, a ação satisfaz a necessidade, e na motivação indireta, a ação satisfaz um objetivo intermediário, que por sua vez pode direcionar na satisfação de uma necessidade. Em ambientes de trabalho, dinheiro é tipicamente visto como uma poderosa motivação indireta, enquanto satisfação com o trabalho e um ambiente social agradável são motivações mais diretas. No entanto, esse exemplo mostra claramente que um fator motivacional indireto (dinheiro) em direção a um importante objetivo (ter comida, roupas, etc) pode muito bem ser mais poderosa do que uma motivação direta provida por um ambiente agradável.
Coerção
A mais óbvia forma de motivação é a coerção, onde evitar a dor ou outras conseqüências negativas tem um efeito imediato.
Quando tal coerção é permanente, é considerada escravidão. Embora a coerção seja considerada moralmente repreensível em muitas filosofias, ela é largamente praticada em prisioneiros ou na forma de convocação militar. Críticos do capitalismo moderno acusam que sem redes de proteção social, a “escravidão salarial” é inevitável. Coerções de sucesso naturalmente são prioritárias sobre outros tipos de motivação.
Auto-controle
O auto-controle da motivação é crescentemente entendido como um subconjunto da inteligência emocional: uma pessoa pode ser altamente inteligente de acordo com uma d finição mais conservadora (ou seja, tem alto poder cognitivo, de maneira mensurável em testes de inteligência), no entanto, não tem motivação para dedicar sua inteligência para certas tarefas. Auto-controle é freqüentemente contrastado com processos automáticos de estímulo-resposta, como no paradigma behaviorista de [Skinner].
Pessoas são levadas à ação, pelos seguintes fatores:
1. Fatores externos: dois Um pai diz ao filho que ele precisa tirar boas notas na escola,
2. Pressão social: um funcionário procura progredir na empresa porque é isso que se espera dele.
Da autoria de Frederick Herzberg
Pontos importantes.
• Fatores humanos: condições de trabalho e conforto, políticas da organização, relações com o supervisor, competência técnica do supervisor, salários, segurança no cargo, relações com colegas. Afetam a "satisfação" da pessoa.
• Fatores motivacionais: delegação de responsabilidade, liberdade de decidir como executar o trabalho, promoção, uso pleno das habilidades pessoais, estabelecimento de objetivos. Afetam a "motivação" da pessoa.
• Fatores internos: encontramos pessoas que agem por conta própria. São pessoas automotivadas que agem em função do que julgam bom para a empresa e para si mesmas.
Motivação é um tema bastante polêmico, tanto no meio intelectual como empresarial. Por isso mesmo, várias teorias existem exclusivamente para explicá-la dentro de vários contextos.
Em psicologia, motivação é a força propulsora (desejo) por trás de todas as ações de um organismo. Em administração, motivação é o processo responsável pela intensidade, direção e persistência dos esforços de uma pessoa para o alcance de uma determinada meta. É o conjunto de motivos que levam o indivíduo a agir de uma determinada forma. Em outras palavras, a motivação é baseada em emoções.
As teorias que primeiro estudaram a motivação tinham objetivos comuns, encontrar um único modelo para todos os tipos de empregados e para qualquer tipo de organização. Apesar deste ponto em comum, cada modelo tinha o seu posicionamento em relação aos seres humanos.
No modelo tradicional, que se relaciona com Taylor e a administração determinação da maneira mais científica, predominava o seguinte raciocínio eficiente de realizar tarefas repetitivas. A partir daí, procurava motivar os empregados em troca de incentivos salariais, relacionados à produtividade de cada um. A visão que se tinha deste modelo, por parte dos gestores, era de que os empregados eram preguiçosos e somente o dinheiro poderia motivá-los.
Percebe-se que muitos gestores ainda pensam desta forma. Grande parte das organizações acredita que o dinheiro motiva as pessoas. De inicio, esse pensamento deu certo. Mas ele já não supre mais as necessidades psicológicas humanas.
Os modelos motivacionais sofreram várias evoluções de pensamentos, mas todos agregaram antigos preceitos. No modelo das relações humanas, o foco da motivação era a prioridade das necessidades sociais do empregado, tornando-o agente de transformação.
“Como motivar nossos funcionários? Uma das perguntas mais freqüentes nas organizações. Os funcionários precisam de uma liderança forte, motivadora (e motivada) e vibrante. O líder acima de tudo deve ser um “espelho” para sua equipe.
Entretanto, ninguém motiva pessoas. As pessoas são motivadas para agir e obter resultados. São motivadas pela vontade de satisfazer seus desejos e suas necessidades.
O segredo é identificar o que motiva o profissional, ou seja, saber quais são suas aspirações e desejos para então incentivá-lo a alcançar aquele objetivo.
Contudo, a motivação é diferente em pessoas diferentes. Por isso, é preciso identificar o nível de motivação de cada pessoa. Muitos já estão motivados. Outros estão em busca de bens e desafios, e, precisam de muita motivação.
Desempenho profissional, reconhecimento, elogios, etc devem ser aplicados pela líder perante a sua equipe, pois também são motivados. É importante observar e reconhecer o que está sendo feito certo e bem feito, pois isto motiva os colaboradores a continuar por este caminho.
O nosso comportamento é causado pelo modo como percebemos o mundo e é dirigido para atingir certas metas. Assim, o processo motivacional é basicamente induzido. As necessidades dos empregados (motivos) causam um desejo interior de sobrepujar alguma falta ou desequilíbrio. Aplica-se alguma forma de incentivo de administração que nos motiva a responder e a nos comportar de forma a chegar a um resultado. Assim, nossas necessidades estão satisfeitas e a organização obtém o resultado desejado.
A motivação é a melhor fonte potencial de maior produtividade. Desta forma, as capacidades dos empregados serão usadas com mais eficácia, o que por sua vez deve levar a uma melhor satisfação no trabalho, assim como a maior produtividade.
Fala-se de motivação todo o tempo e cada empresa parecem ter sempre alguém desmotivado, sem gás para trabalhar. Pode-se pensar em duas abordagens sobre motivação: a própria, e como motivar pessoas ou terceiros. A motiv`ção é uma das grandes forças impulsionadoras do comportamento humano. É ela quem determina os níveis de desempenho pessoal e profissional obtidos. Na organização, está diretamente relacionada com o sentimento de pertença, produtividade e valorosidade atribuídos interna (pelo próprio indivíduo) e externamente (pela empresa, chefia, colegas, sociedade, etc).
Falar da própria motivação é falar de uma pessoa que em um projeto de vida, sabe aonde chegar e como fazer para atingir seus objetivos. Uma pessoa com essa determinação e grau de confiança em si mesma demonstra uma auto-estima considerável e tem uma excelente motivação para o trabalho, pois sabe o que quer da vida. E é isso o que as organizações estão procurando.
É cada vez mais crescente a busca por profissionais talentosos, pois sem eles nada adianta estratégia, tecnologia ou idéias inovadoras. As organizações estão à procura de pessoas integras, criativa, motivadas, eficientes, visionarias e compreensivas.
Antes disso é preciso refletir que pessoas sem projeto pessoal ou profissional não podem ter motivação pela simples razão de que não têm vontade, ou melhor, não sabem como estimular sua vontade. A vontade implica em desejo, querer algo, realizar um sonho ou ter uma ambição saudável. Aquele que sabe o que quer, tem vontade e motivação de ir atrás, ativa sua determinação, persistência, energia infinita para o trabalho.
Esse perfil de personalidade que planta de forma incessante e que faz da crise a oportunidade é o oposto do pessimista para quem nada dá certo; e nem pode dar, pois ele mesmo não acredita.
Como motivar o outro é uma questão de liderança e isso se traduz em reconhecimento, elogio, incentivo, feedback de cada ação em que se avalia que o outro fez um mínimo de esforço para superar expectativas. Motivar pessoas é a capacidade de fazê-las agir por causas muito mais do que por projetos. A causa é maior, é uma missão em que todos se envolvem e pela qual todos se comprometem. É muito mais fácil a motivação pela crença, ideal e confiança do que pela meta ou imposição. Meta, qualquer pessoa com vontade e determinação dá conta!
É necessário que haja uma razão para haver motivação. Portanto, filosofia, metas e objetivos claros contribuem significativamente para o desenvolvimento do indivíduo e otimização dos resultados. Funcionário motivado e produtivo é aquele que está no lugar certo, ocupando uma função capaz de explorar e estimular suas potencialidades, bem como lhe fornecer reconhecimento – através de um salário compatível, plano de crescimento, benefícios e um reconhecimento genuíno por parte da organização que ressalve o seu valor.
Além disso, futuros gestores, devem estar atentos ao cultivo de um clima organizacional, propicio para o desenvolvimento de boas relações que promovam comunicação, qualidade e produtividade.
Motivar é dar crédito, além de elogiar; é fazer com que cada um à sua volta se sinta partícipe dos resultados da empresa. Para isso é preciso que todos, sem exceção, saibam do objetivo, como e quais são as ações para atingi-lo, sintam uma direção firme e sólida e a segurança do acompanhamento em cada ação. Uma embarcação qualquer precisa de um comandante que faça seus marinheiros acreditarem que podem dar a volta ao mundo. E podem.
Somente as pessoas podem agregar valor, através de seu trabalho, conhecimento, visão e experiência de vida. Sem as pessoas de nada adiantaria, pois é com elas que se trabalha e para elas (STONER, 2005).
Em psicologia, motivação é a força propulsora (desejo) por trás de todas as ações de um organismo.
Motivação é o processo responsável pela intensidade, direção, e persistência dos esforços de uma pessoa para o alcance de uma determinada meta.
A motivação é baseada em emoções, especificamente, pela busca por experiências emocionais positivas e por evitar as negativas, onde positivo e negativo são definidos pelo estado individual do cérebro, e não por normas sociais: uma pessoa pode ser direcionada até à auto-mutilação ou à violência caso o seu cérebro esteja condicionado a criar uma reação positiva a essas ações.
Necessidades orgânicas
O tipo de motivação mais fácil de se analisar, ao menos superficialmente, é aquele baseado em necessidades fisiológicas óbvias. Incluem a fome, sede e escapar da dor. A análise dos processos por trás de tais motivações pode fazer uso da pesquisa em animais, na etologia, psicologia comparativa e psicologia fisiológica, e os processos cerebrais e hormonais envolvidos neles parecem ter muito em comum, pelo menos em todos os mamíferos e provavelmente entre todos os [vertebrados]. Em humanos, no entanto, mesmo essas motivações básicas são modificadas e mediadas através de influências sociais e culturais de vários tipos: por exemplo, nenhuma análise da fome em humanos pode ignorar as desordens de alimentação como a bulimia e a obesidade, para as quais o paralelo com animais não está claro. Mesmo entre animais, não está claro se modelos homeostáticos de “depleção-reabastecimento” (sistemas de feedback) ainda são adequados, já que muitos animais se alimentam mais numa base de precaução do que r ativa, mais obviamente quando se preparam para a hibernação.
Outras motivações biológicas
No próximo nível, estão as motivações que têm uma base biológica óbvia, mas que não são requeridas para a sobrevivência imediata do organismo. Esse tipo inclui motivações para o sexo, cuidado com a prole e agressão: de novo, as bases fisiológicas dessas motivações são similares em humanos e em outros animais, mas as complexidades sociais são maiores em humanos (ou talvez nós apenas as entendamos melhor em nossa própria espécie). Nessas áreas, estudos da ecologia comportamental e sociobiologia ofereceram novas análises tanto do comportamento animal quanto humano, especialmente nas últimas décadas do século XX. No entanto, a extensão das análises sociobiológicas em humanos continua sendo um assunto altamente controverso. De maneira similar, mas talvez em um nível diferente, está a motivação para novos estímulos: freqüentemente chamada de exploração ou curiosidade.
No início do Século XX, acreditava-se que as motivações como desejo por sexo ou agressão tinham um componente homeostático – isto é, elas se acumulam com o tempo caso não sejam descarregadas. Essa idéia era crucial para Freud e Konrad Lorenz, e é uma característica da psicologia popular da motivação. No entanto, as análises biológicas mais bem-informadas das décadas recentes desmentem essa noção, dizendo que tais motivações são situacionais, aparecendo quando elas são (ou parecem ser) necessárias, e desaparecendo sem maiores conseqüências quando a ocasião para elas passa.
Objetivos secundários
Essas importantes necessidades biológicas tendem a gerar emoções mais poderosas, dando origem a motivações mais poderosas. Isso é descrito no modelo de “hierarquia de necessidades” de Abraham Maslow. Sendo alocadas no sistema de Produção.
Uma distinção pode ser feita entre a motivação direta e a indireta: na motivação direta, a ação satisfaz a necessidade, e na motivação indireta, a ação satisfaz um objetivo intermediário, que por sua vez pode direcionar na satisfação de uma necessidade. Em ambientes de trabalho, dinheiro é tipicamente visto como uma poderosa motivação indireta, enquanto satisfação com o trabalho e um ambiente social agradável são motivações mais diretas. No entanto, esse exemplo mostra claramente que um fator motivacional indireto (dinheiro) em direção a um importante objetivo (ter comida, roupas, etc) pode muito bem ser mais poderosa do que uma motivação direta provida por um ambiente agradável.
Coerção
A mais óbvia forma de motivação é a coerção, onde evitar a dor ou outras conseqüências negativas tem um efeito imediato.
Quando tal coerção é permanente, é considerada escravidão. Embora a coerção seja considerada moralmente repreensível em muitas filosofias, ela é largamente praticada em prisioneiros ou na forma de convocação militar. Críticos do capitalismo moderno acusam que sem redes de proteção social, a “escravidão salarial” é inevitável. Coerções de sucesso naturalmente são prioritárias sobre outros tipos de motivação.
Auto-controle
O auto-controle da motivação é crescentemente entendido como um subconjunto da inteligência emocional: uma pessoa pode ser altamente inteligente de acordo com uma d finição mais conservadora (ou seja, tem alto poder cognitivo, de maneira mensurável em testes de inteligência), no entanto, não tem motivação para dedicar sua inteligência para certas tarefas. Auto-controle é freqüentemente contrastado com processos automáticos de estímulo-resposta, como no paradigma behaviorista de [Skinner].
Pessoas são levadas à ação, pelos seguintes fatores:
1. Fatores externos: dois Um pai diz ao filho que ele precisa tirar boas notas na escola,
2. Pressão social: um funcionário procura progredir na empresa porque é isso que se espera dele.
Da autoria de Frederick Herzberg
Pontos importantes.
• Fatores humanos: condições de trabalho e conforto, políticas da organização, relações com o supervisor, competência técnica do supervisor, salários, segurança no cargo, relações com colegas. Afetam a "satisfação" da pessoa.
• Fatores motivacionais: delegação de responsabilidade, liberdade de decidir como executar o trabalho, promoção, uso pleno das habilidades pessoais, estabelecimento de objetivos. Afetam a "motivação" da pessoa.
• Fatores internos: encontramos pessoas que agem por conta própria. São pessoas automotivadas que agem em função do que julgam bom para a empresa e para si mesmas.
Motivação é um tema bastante polêmico, tanto no meio intelectual como empresarial. Por isso mesmo, várias teorias existem exclusivamente para explicá-la dentro de vários contextos.
Em psicologia, motivação é a força propulsora (desejo) por trás de todas as ações de um organismo. Em administração, motivação é o processo responsável pela intensidade, direção e persistência dos esforços de uma pessoa para o alcance de uma determinada meta. É o conjunto de motivos que levam o indivíduo a agir de uma determinada forma. Em outras palavras, a motivação é baseada em emoções.
As teorias que primeiro estudaram a motivação tinham objetivos comuns, encontrar um único modelo para todos os tipos de empregados e para qualquer tipo de organização. Apesar deste ponto em comum, cada modelo tinha o seu posicionamento em relação aos seres humanos.
No modelo tradicional, que se relaciona com Taylor e a administração determinação da maneira mais científica, predominava o seguinte raciocínio eficiente de realizar tarefas repetitivas. A partir daí, procurava motivar os empregados em troca de incentivos salariais, relacionados à produtividade de cada um. A visão que se tinha deste modelo, por parte dos gestores, era de que os empregados eram preguiçosos e somente o dinheiro poderia motivá-los.
Percebe-se que muitos gestores ainda pensam desta forma. Grande parte das organizações acredita que o dinheiro motiva as pessoas. De inicio, esse pensamento deu certo. Mas ele já não supre mais as necessidades psicológicas humanas.
Os modelos motivacionais sofreram várias evoluções de pensamentos, mas todos agregaram antigos preceitos. No modelo das relações humanas, o foco da motivação era a prioridade das necessidades sociais do empregado, tornando-o agente de transformação.
“Como motivar nossos funcionários? Uma das perguntas mais freqüentes nas organizações. Os funcionários precisam de uma liderança forte, motivadora (e motivada) e vibrante. O líder acima de tudo deve ser um “espelho” para sua equipe.
Entretanto, ninguém motiva pessoas. As pessoas são motivadas para agir e obter resultados. São motivadas pela vontade de satisfazer seus desejos e suas necessidades.
O segredo é identificar o que motiva o profissional, ou seja, saber quais são suas aspirações e desejos para então incentivá-lo a alcançar aquele objetivo.
Contudo, a motivação é diferente em pessoas diferentes. Por isso, é preciso identificar o nível de motivação de cada pessoa. Muitos já estão motivados. Outros estão em busca de bens e desafios, e, precisam de muita motivação.
Desempenho profissional, reconhecimento, elogios, etc devem ser aplicados pela líder perante a sua equipe, pois também são motivados. É importante observar e reconhecer o que está sendo feito certo e bem feito, pois isto motiva os colaboradores a continuar por este caminho.
O nosso comportamento é causado pelo modo como percebemos o mundo e é dirigido para atingir certas metas. Assim, o processo motivacional é basicamente induzido. As necessidades dos empregados (motivos) causam um desejo interior de sobrepujar alguma falta ou desequilíbrio. Aplica-se alguma forma de incentivo de administração que nos motiva a responder e a nos comportar de forma a chegar a um resultado. Assim, nossas necessidades estão satisfeitas e a organização obtém o resultado desejado.
A motivação é a melhor fonte potencial de maior produtividade. Desta forma, as capacidades dos empregados serão usadas com mais eficácia, o que por sua vez deve levar a uma melhor satisfação no trabalho, assim como a maior produtividade.
Fala-se de motivação todo o tempo e cada empresa parecem ter sempre alguém desmotivado, sem gás para trabalhar. Pode-se pensar em duas abordagens sobre motivação: a própria, e como motivar pessoas ou terceiros. A motiv`ção é uma das grandes forças impulsionadoras do comportamento humano. É ela quem determina os níveis de desempenho pessoal e profissional obtidos. Na organização, está diretamente relacionada com o sentimento de pertença, produtividade e valorosidade atribuídos interna (pelo próprio indivíduo) e externamente (pela empresa, chefia, colegas, sociedade, etc).
Falar da própria motivação é falar de uma pessoa que em um projeto de vida, sabe aonde chegar e como fazer para atingir seus objetivos. Uma pessoa com essa determinação e grau de confiança em si mesma demonstra uma auto-estima considerável e tem uma excelente motivação para o trabalho, pois sabe o que quer da vida. E é isso o que as organizações estão procurando.
É cada vez mais crescente a busca por profissionais talentosos, pois sem eles nada adianta estratégia, tecnologia ou idéias inovadoras. As organizações estão à procura de pessoas integras, criativa, motivadas, eficientes, visionarias e compreensivas.
Antes disso é preciso refletir que pessoas sem projeto pessoal ou profissional não podem ter motivação pela simples razão de que não têm vontade, ou melhor, não sabem como estimular sua vontade. A vontade implica em desejo, querer algo, realizar um sonho ou ter uma ambição saudável. Aquele que sabe o que quer, tem vontade e motivação de ir atrás, ativa sua determinação, persistência, energia infinita para o trabalho.
Esse perfil de personalidade que planta de forma incessante e que faz da crise a oportunidade é o oposto do pessimista para quem nada dá certo; e nem pode dar, pois ele mesmo não acredita.
Como motivar o outro é uma questão de liderança e isso se traduz em reconhecimento, elogio, incentivo, feedback de cada ação em que se avalia que o outro fez um mínimo de esforço para superar expectativas. Motivar pessoas é a capacidade de fazê-las agir por causas muito mais do que por projetos. A causa é maior, é uma missão em que todos se envolvem e pela qual todos se comprometem. É muito mais fácil a motivação pela crença, ideal e confiança do que pela meta ou imposição. Meta, qualquer pessoa com vontade e determinação dá conta!
É necessário que haja uma razão para haver motivação. Portanto, filosofia, metas e objetivos claros contribuem significativamente para o desenvolvimento do indivíduo e otimização dos resultados. Funcionário motivado e produtivo é aquele que está no lugar certo, ocupando uma função capaz de explorar e estimular suas potencialidades, bem como lhe fornecer reconhecimento – através de um salário compatível, plano de crescimento, benefícios e um reconhecimento genuíno por parte da organização que ressalve o seu valor.
Além disso, futuros gestores, devem estar atentos ao cultivo de um clima organizacional, propicio para o desenvolvimento de boas relações que promovam comunicação, qualidade e produtividade.
Motivar é dar crédito, além de elogiar; é fazer com que cada um à sua volta se sinta partícipe dos resultados da empresa. Para isso é preciso que todos, sem exceção, saibam do objetivo, como e quais são as ações para atingi-lo, sintam uma direção firme e sólida e a segurança do acompanhamento em cada ação. Uma embarcação qualquer precisa de um comandante que faça seus marinheiros acreditarem que podem dar a volta ao mundo. E podem.
Somente as pessoas podem agregar valor, através de seu trabalho, conhecimento, visão e experiência de vida. Sem as pessoas de nada adiantaria, pois é com elas que se trabalha e para elas (STONER, 2005).
DEPRESSÃO
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A depressão (também chamada de transtorno depressivo maior) é um problema médico caracterizado por continuada alteração no humor e falta de interesse em atividades prazerosas. O estado depressivo se diferencia do comportamento "triste" ou melancólico que afeta a maioria das pessoas por se tratar de uma condição duradoura de origem neurológica acompanhada de vários sintomas específicos.
Estima-se que cerca de 15 a 20% da população mundial, em algum momento da vida, sofreu de depressão. A depressão é mais comum em pessoas com idade entre 24 e 44 anos. A ocorrência em mulheres é o dobro da ocorrência em homens.
As causas da depressão são inúmeras e controversas. Acredita-se que a genética, alimentação, stress, drogas e outros fatores estão relacionados com o surgimento da doença.
•
História
Hipócrates criou a teoria dos 4 humores corporais (sangue, fleugma ou pituíta, bílis amarela e bílis negra) em que a equilíbrio ou desequilíbrio era responsável pela saúde (eucrasia) ou enfermidade e dor (discrasia) de um indivíduo. Hipócrates acreditava que influência de Saturno levava o baço a secretar mais bílis negra, alterando o humor do indivíduo escurecendo seu humor, levando ao estado de melancolia. A palavra melancolia vem de melancolis (melanos=negro e colis=bíle).
Galeno redescreveu a melancolia. Aureliano falou da agressividade associada à depressão e associou o suicídio à depressão.
Sintomas
Cerca de 16% da população mundial já teve depressão nervosa pelo menos uma vez na vida. Em alguns países como a Austrália, uma em cada quatro mulheres já sofreram de depressão e cerca de um em cada oito homens já sofreram do mal. O início dos estudos sobre a depressão começou na década de 20. Foi reportado que as mulheres têm duas vezes mais chances de sofrer de depressão do que os homens, mas em contrapartida essa diferença tem diminuído durante os últimos anos. Esta diferença desaparece completamente entre os 50 e 55 anos. A depressão nervosa é causa comum de aposentadoria por invalidez na América do Norte e em outros países da Europa.
Segundo a OMS, em 2020, a depressão nervosa passará a ser a segunda causa de mortes mundiais por doença, após doenças coronárias.
Os sintomas, geralmente associados ao quadro depressivo, incluem fadiga ou dores no corpo, insônia, mudanças no apetite, dificuldade de concentração, irritabilidade, medos irracionais e sentimentos de baixa auto-estima, culpa ou fracasso. Alguns sintomas de depressão:
• Cansaço e perda de energia
• Sentimento de tristeza persistente
• Diminuição do interesse e prazer em atividades que antes eram prazerosas
• Problemas de auto-confiança e auto-estima
• Dificuldade de concentração e de tomar decisões
• Sentimentos de culpa, desesperança, desamparo, solidão, ansiedade ou inutilidade
• Alterações no sono; Dificuldades em adormecer, acordar muito mais cedo do que o habitual, dormir em excesso ou pesadelos.
• Isolamento: evitar outras pessoas. Até mesmo, amigos íntimos ou familiares.
• Perda de apetite com diminuição do peso ou compulsão alimentar
• Perda do desejo sexual
• Pensamentos de suicídio e morte
• Inquietação e irritabilidade
• Auto-agressão
• Mudanças na percepção do tempo
• Acessos de choro
• Desatenção à própria higiene
• Possíveis mudanças comportamentais como agressão ou irritabilidade
• Medo ou sensação de ser ou estar sendo abandonado
Algumas pessoas apresentam apenas alguns dos sintomas, outros apresentam inúmeros sintomas, com intensidade variada.
Pessoas deprimidas têm freqüentemente pensamentos mórbidos e a taxa de suicídio entre depressivos é 30 vezes maior do que a média da população em geral. A depressão é considerada em várias partes do mundo como uma das doenças com mais alta taxa de mortalidade.
Tipos de depressão
A depressão é muitas vezes classificada como distimia quando os sintomas permanecem por períodos muito longos de tempo (pelo menos seis meses) de forma "leve", enquanto que nas ocorrências graves da depressão os sintomas atingem proporções incontroláveis, impossibilitando as atividades normais do indivíduo e obrigando a internação devido ao alto risco de suicídio.
Do ponto de vista didático, a depressão clínica pode ser dividida em 6 tipos principais.
Depressão maior
Os pacientes com este tipo de depressão apresentam pelo menos 5 dos sintomas listados a seguir, por um período não inferior a duas semanas:
• Desânimo na maioria dos dias e na maior parte do dia (em adolescentes e crianças há um predomínio da irritabilidade)
• Falta de prazer nas atividades diárias
• Perda do apetite e/ou diminuição do peso
• Distúrbios do sono — desde insônia até sono excessivo — durante quase todo o dia
• Sensação de agitação ou languidez intensa
• Fadiga constante
• Sentimento de culpa constante
• Dificuldade de concentração
• Idéias recorrentes de suicídio ou morte
Além dos critérios acima, devem ser observados outros pontos importantes: os sintomas citados anteriormente não devem estar associados a episódios maníacos (como na transtorno bipolar); devem comprometer atividades importantes (como o trabalho ou os relacionamentos pessoais); não devem ser causados por drogas, álcool ou qualquer outra substância; e devem ser diferenciados de sentimentos comuns de tristeza. Geralmente, os episódios de depressão duram cerca de vinte semanas.
Os sintomas da depressão nas crianças podem ser diferentes dos adultos, incluindo tristeza persistente, incapacidade de se divertir com suas atividades favoritas, irritabilidade acentuada, queixas freqüentes de problemas como dores de cabeça e cólicas abdominais, mau desempenho escolar, desânimo, concentração ruim ou alterações nos padrões de sono e de alimentação.
Depressão crônica (distimia)
A depressão crônica leve, ou distimia, caracteriza-se por vários sintomas também presentes na depressão maior, mas eles são menos intensos e duram muito mais tempo — pelo menos 2 anos. Os sintomas são descritos como uma "leve tristeza" que se estende na maioria das atividade. Em geral, não se observa distúrbios no apetite ou no desejo sexual, mania, agitação ou comportamento sedentário. Pensamentos suicidas não são comuns. Talvez devido à duração dos sintomas, os pacientes com depressão crônica não apresentam grandes alterações no humor ou nas atividades diárias, apesar de se sentirem mais desanimados e desesperançosos, e serem mais pessimistas. Os pacientes crônicos podem sofrer episódios de depressão maior (estes casos são conhecidos como depressão dupla).
Depressão atípica
As pessoas com esta variedade geralmente comem demais, dormem muito, sentem-se muito enfadadas e apresentam um sentimento forte de rejeição.
Depressão pós-parto
Em algumas situações pós-parto surge depressão que é chamada de "depressão pós-parto".
Este tipo de depressão pode dever-se a perturbações e alterações do foro emocional e/ou hormonal, uma vez que o corpo da mulher sofre demasiadas alterações com o nascimento de um bebê. Por vezes surgem desconfortos e sensações de dores de costas que podem agravar o estado emocional e hormonal da recente mãe. Estas queixas por vezes agravam o estado emocional e precisam ser verificadas.
Os partos naturais e as alterações que a bacia sofre para o nascimento do bebê podem criar alterações quer a nível da bacia quer a nível da coluna, que podem agravar o estado emocional da mulher. Estas alterações podem estar na origem de depressões de causas físicas.
• Fatores Psico-sociais
As pessoas que já experimentaram períodos de depressão relatam um acontecimento estressante como o fator precipitante da doença. A perda recente de uma pessoa amada é o fato mais citado, mas todas as grandes perdas (e mesmo as pequenas) causam um certo pesar. Acontecimentos traumáticos, como a perda súbita de um ente querido, ou mesmo eventos naturais como enchentes, podem causar uma depressão imediata, sendo necessário um longo período de recuperação. A maioria das pessoas supera este estado sem se tornar cronicamente deprimida. Alguns fatores genéticos ou biológicos podem explicar a maior vulnerabilidade de certas pessoas. A existência ou a ausência de uma forte malha social ou familiar também influenciam – positiva ou negativamente – na recuperação.
• Fatores Biológicos
Alterações nos níveis de neurotransmissores (principalmente serotonina, acetilcolina, dopamina, epinefrina e norepinefrina) relacionam-se à susceptibilidade para depressão. Alguns hormônios também podem ter um papel importante – ainda que isto não esteja muito claro. Ainda, atrofias em certas áreas do cérebro (particularmente no lobo pré-frontal) responsáveis pelo controle das emoções e produção de serotonina são responsáveis por distúrbios depressivos importantes.
• Causas Físicas
Em algumas depressões podem ser encontradas causas físicas para a sua existência. Há muito que se sabe que muitos dos nossos traumatismos e acidentes físicos ficam registrados no nosso corpo em conjunto com as emoções que sofremos na altura do acidente traumatismo.
Isto cria situações somato emocionais que muitas das vezes perpetuam as dores ou alteram a pessoa por completo em termos emocionais. São bem conhecidos os resultados de diversas terapias dirigidas ao físico que fazem libertação somato emocional e alteram por completo o estado emocional da pessoa.
• Em algumas situações problemas físicos podem criar um desgaste e uma tensão demasiado grande sobre o corpo e sobre o sistema nervoso que desencadeiam ou agravam o estado depressivo. Nestas situações deve-se corrigir os diversos problemas físicos. Infelizmente muitas das vezes não existem quaisquer sintomas da sua existência pelo que estes costumam passar completamente despercebidos.
• Outras possíveis causas de depressão
Medicamentos como betabloqueadores, corticosteróides, anti-histamínicos, analgésicos e anti-parkinsonianos podem causar depressão, bem como a retirada de qualquer medicação utilizada em longo prazo.
A cultura popular associa depressão como um estado de humor da pessoa e que ela pode se curar sozinha. Isso faz com que as pessoas não encarem a depressão como uma doença e não procurem ajuda médica.
A maioria das pessoas que possuem um quadro clínico depressivo não conhece ou não procura ajuda médica especializada apesar da grande possibilidade de tratamento efetivo. O tratamento geralmente envolve uma medicação antidepressora receitada por pelo menos alguns meses e algumas vezes acompanhada de psicoterapia. Sabe-se também que, praticar exercícios regularmente e participar de atividades Desportivas e sociais pode ajudar o paciente a superar os sintomas da depressão.
São exemplos de tratamentos comuns para a depressão:
• Medicação
• Terapia
• Suplementos alimentares
• Correção do sistema craneo sacral
Atividade Física a longo-prazo controlada por profissionais da Educação Física está associada à redução do nível de depressão ligeira ou moderada.
A depressão (também chamada de transtorno depressivo maior) é um problema médico caracterizado por continuada alteração no humor e falta de interesse em atividades prazerosas. O estado depressivo se diferencia do comportamento "triste" ou melancólico que afeta a maioria das pessoas por se tratar de uma condição duradoura de origem neurológica acompanhada de vários sintomas específicos.
Estima-se que cerca de 15 a 20% da população mundial, em algum momento da vida, sofreu de depressão. A depressão é mais comum em pessoas com idade entre 24 e 44 anos. A ocorrência em mulheres é o dobro da ocorrência em homens.
As causas da depressão são inúmeras e controversas. Acredita-se que a genética, alimentação, stress, drogas e outros fatores estão relacionados com o surgimento da doença.
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História
Hipócrates criou a teoria dos 4 humores corporais (sangue, fleugma ou pituíta, bílis amarela e bílis negra) em que a equilíbrio ou desequilíbrio era responsável pela saúde (eucrasia) ou enfermidade e dor (discrasia) de um indivíduo. Hipócrates acreditava que influência de Saturno levava o baço a secretar mais bílis negra, alterando o humor do indivíduo escurecendo seu humor, levando ao estado de melancolia. A palavra melancolia vem de melancolis (melanos=negro e colis=bíle).
Galeno redescreveu a melancolia. Aureliano falou da agressividade associada à depressão e associou o suicídio à depressão.
Sintomas
Cerca de 16% da população mundial já teve depressão nervosa pelo menos uma vez na vida. Em alguns países como a Austrália, uma em cada quatro mulheres já sofreram de depressão e cerca de um em cada oito homens já sofreram do mal. O início dos estudos sobre a depressão começou na década de 20. Foi reportado que as mulheres têm duas vezes mais chances de sofrer de depressão do que os homens, mas em contrapartida essa diferença tem diminuído durante os últimos anos. Esta diferença desaparece completamente entre os 50 e 55 anos. A depressão nervosa é causa comum de aposentadoria por invalidez na América do Norte e em outros países da Europa.
Segundo a OMS, em 2020, a depressão nervosa passará a ser a segunda causa de mortes mundiais por doença, após doenças coronárias.
Os sintomas, geralmente associados ao quadro depressivo, incluem fadiga ou dores no corpo, insônia, mudanças no apetite, dificuldade de concentração, irritabilidade, medos irracionais e sentimentos de baixa auto-estima, culpa ou fracasso. Alguns sintomas de depressão:
• Cansaço e perda de energia
• Sentimento de tristeza persistente
• Diminuição do interesse e prazer em atividades que antes eram prazerosas
• Problemas de auto-confiança e auto-estima
• Dificuldade de concentração e de tomar decisões
• Sentimentos de culpa, desesperança, desamparo, solidão, ansiedade ou inutilidade
• Alterações no sono; Dificuldades em adormecer, acordar muito mais cedo do que o habitual, dormir em excesso ou pesadelos.
• Isolamento: evitar outras pessoas. Até mesmo, amigos íntimos ou familiares.
• Perda de apetite com diminuição do peso ou compulsão alimentar
• Perda do desejo sexual
• Pensamentos de suicídio e morte
• Inquietação e irritabilidade
• Auto-agressão
• Mudanças na percepção do tempo
• Acessos de choro
• Desatenção à própria higiene
• Possíveis mudanças comportamentais como agressão ou irritabilidade
• Medo ou sensação de ser ou estar sendo abandonado
Algumas pessoas apresentam apenas alguns dos sintomas, outros apresentam inúmeros sintomas, com intensidade variada.
Pessoas deprimidas têm freqüentemente pensamentos mórbidos e a taxa de suicídio entre depressivos é 30 vezes maior do que a média da população em geral. A depressão é considerada em várias partes do mundo como uma das doenças com mais alta taxa de mortalidade.
Tipos de depressão
A depressão é muitas vezes classificada como distimia quando os sintomas permanecem por períodos muito longos de tempo (pelo menos seis meses) de forma "leve", enquanto que nas ocorrências graves da depressão os sintomas atingem proporções incontroláveis, impossibilitando as atividades normais do indivíduo e obrigando a internação devido ao alto risco de suicídio.
Do ponto de vista didático, a depressão clínica pode ser dividida em 6 tipos principais.
Depressão maior
Os pacientes com este tipo de depressão apresentam pelo menos 5 dos sintomas listados a seguir, por um período não inferior a duas semanas:
• Desânimo na maioria dos dias e na maior parte do dia (em adolescentes e crianças há um predomínio da irritabilidade)
• Falta de prazer nas atividades diárias
• Perda do apetite e/ou diminuição do peso
• Distúrbios do sono — desde insônia até sono excessivo — durante quase todo o dia
• Sensação de agitação ou languidez intensa
• Fadiga constante
• Sentimento de culpa constante
• Dificuldade de concentração
• Idéias recorrentes de suicídio ou morte
Além dos critérios acima, devem ser observados outros pontos importantes: os sintomas citados anteriormente não devem estar associados a episódios maníacos (como na transtorno bipolar); devem comprometer atividades importantes (como o trabalho ou os relacionamentos pessoais); não devem ser causados por drogas, álcool ou qualquer outra substância; e devem ser diferenciados de sentimentos comuns de tristeza. Geralmente, os episódios de depressão duram cerca de vinte semanas.
Os sintomas da depressão nas crianças podem ser diferentes dos adultos, incluindo tristeza persistente, incapacidade de se divertir com suas atividades favoritas, irritabilidade acentuada, queixas freqüentes de problemas como dores de cabeça e cólicas abdominais, mau desempenho escolar, desânimo, concentração ruim ou alterações nos padrões de sono e de alimentação.
Depressão crônica (distimia)
A depressão crônica leve, ou distimia, caracteriza-se por vários sintomas também presentes na depressão maior, mas eles são menos intensos e duram muito mais tempo — pelo menos 2 anos. Os sintomas são descritos como uma "leve tristeza" que se estende na maioria das atividade. Em geral, não se observa distúrbios no apetite ou no desejo sexual, mania, agitação ou comportamento sedentário. Pensamentos suicidas não são comuns. Talvez devido à duração dos sintomas, os pacientes com depressão crônica não apresentam grandes alterações no humor ou nas atividades diárias, apesar de se sentirem mais desanimados e desesperançosos, e serem mais pessimistas. Os pacientes crônicos podem sofrer episódios de depressão maior (estes casos são conhecidos como depressão dupla).
Depressão atípica
As pessoas com esta variedade geralmente comem demais, dormem muito, sentem-se muito enfadadas e apresentam um sentimento forte de rejeição.
Depressão pós-parto
Em algumas situações pós-parto surge depressão que é chamada de "depressão pós-parto".
Este tipo de depressão pode dever-se a perturbações e alterações do foro emocional e/ou hormonal, uma vez que o corpo da mulher sofre demasiadas alterações com o nascimento de um bebê. Por vezes surgem desconfortos e sensações de dores de costas que podem agravar o estado emocional e hormonal da recente mãe. Estas queixas por vezes agravam o estado emocional e precisam ser verificadas.
Os partos naturais e as alterações que a bacia sofre para o nascimento do bebê podem criar alterações quer a nível da bacia quer a nível da coluna, que podem agravar o estado emocional da mulher. Estas alterações podem estar na origem de depressões de causas físicas.
• Fatores Psico-sociais
As pessoas que já experimentaram períodos de depressão relatam um acontecimento estressante como o fator precipitante da doença. A perda recente de uma pessoa amada é o fato mais citado, mas todas as grandes perdas (e mesmo as pequenas) causam um certo pesar. Acontecimentos traumáticos, como a perda súbita de um ente querido, ou mesmo eventos naturais como enchentes, podem causar uma depressão imediata, sendo necessário um longo período de recuperação. A maioria das pessoas supera este estado sem se tornar cronicamente deprimida. Alguns fatores genéticos ou biológicos podem explicar a maior vulnerabilidade de certas pessoas. A existência ou a ausência de uma forte malha social ou familiar também influenciam – positiva ou negativamente – na recuperação.
• Fatores Biológicos
Alterações nos níveis de neurotransmissores (principalmente serotonina, acetilcolina, dopamina, epinefrina e norepinefrina) relacionam-se à susceptibilidade para depressão. Alguns hormônios também podem ter um papel importante – ainda que isto não esteja muito claro. Ainda, atrofias em certas áreas do cérebro (particularmente no lobo pré-frontal) responsáveis pelo controle das emoções e produção de serotonina são responsáveis por distúrbios depressivos importantes.
• Causas Físicas
Em algumas depressões podem ser encontradas causas físicas para a sua existência. Há muito que se sabe que muitos dos nossos traumatismos e acidentes físicos ficam registrados no nosso corpo em conjunto com as emoções que sofremos na altura do acidente traumatismo.
Isto cria situações somato emocionais que muitas das vezes perpetuam as dores ou alteram a pessoa por completo em termos emocionais. São bem conhecidos os resultados de diversas terapias dirigidas ao físico que fazem libertação somato emocional e alteram por completo o estado emocional da pessoa.
• Em algumas situações problemas físicos podem criar um desgaste e uma tensão demasiado grande sobre o corpo e sobre o sistema nervoso que desencadeiam ou agravam o estado depressivo. Nestas situações deve-se corrigir os diversos problemas físicos. Infelizmente muitas das vezes não existem quaisquer sintomas da sua existência pelo que estes costumam passar completamente despercebidos.
• Outras possíveis causas de depressão
Medicamentos como betabloqueadores, corticosteróides, anti-histamínicos, analgésicos e anti-parkinsonianos podem causar depressão, bem como a retirada de qualquer medicação utilizada em longo prazo.
A cultura popular associa depressão como um estado de humor da pessoa e que ela pode se curar sozinha. Isso faz com que as pessoas não encarem a depressão como uma doença e não procurem ajuda médica.
A maioria das pessoas que possuem um quadro clínico depressivo não conhece ou não procura ajuda médica especializada apesar da grande possibilidade de tratamento efetivo. O tratamento geralmente envolve uma medicação antidepressora receitada por pelo menos alguns meses e algumas vezes acompanhada de psicoterapia. Sabe-se também que, praticar exercícios regularmente e participar de atividades Desportivas e sociais pode ajudar o paciente a superar os sintomas da depressão.
São exemplos de tratamentos comuns para a depressão:
• Medicação
• Terapia
• Suplementos alimentares
• Correção do sistema craneo sacral
Atividade Física a longo-prazo controlada por profissionais da Educação Física está associada à redução do nível de depressão ligeira ou moderada.
COMPETÊNCIA
Tudo o que uma pessoa faz bem é resultado do desenvolvimento de sua competência. Se você quiser ser um bom pai, vai ter de expandir sua competência. Se quiser ser um empresário, também. Quando a pessoa pensa que a habilidade vem pronta, a frustração vai estar por perto.
A competência, por sua vez, é associada a três habilidades: estudo, treino e continuidade.
O estudo é fundamental para que você não gaste tempo inventando a roda ou repetindo os erros dos outros.
Muitos freqüentadores de minhas palestras me perguntam por que não conseguem estudar. Eu sempre digo:
"Você não consegue porque, no fundo, é orgulhoso. Não acha quem possa lhe ensinar o que não saiba". As pessoas felizes têm a humildade de aprender com os outros, evitando os erros que eles já cometeram.
Tudo na vida é resultado de treino. Só adquirimos a competência assim. Se você é um grande cirurgião, você treinou arduamente para isso.
Mas, cuidado, esse processo não se resume apenas às coisas positivas; as negativas também estão incluídas. Os hipocondríacos, por exemplo, dedicam a vida inteira à procura de sintomas desagradáveis em seu corpo até que se tornam experts.
Vivem lendo bulas de remédio e tudo o mais que aparecer a respeito de doenças. Eles também conversam e pensam sobre enfermidades o tempo todo.
Há algum tempo, ouvi uma entrevista do Zico que falou que as pessoas ficavam espantadas ao virem ele treinando mais tempo que os outros, pois pensavam: "Para quê, se ele já é um dos melhores do mundo?"
Tempos depois, eu descobri que ele era o melhor do mundo porque treinava mais que os outros.
A competência também requer continuidade. Não adianta ser bom apenas por um dia. Tem de ser sempre.
Não adianta começar milhares de cursos, é preciso completá-los. Não adianta atender maravilhosamente bem um cliente e ser desatento com os outros.
Não adianta um único diálogo sensacional com o filho e distanciamento o resto do ano.
Quem consegue ser bom todos os dias, depois de um tempo, fica ótimo. Muitos processos de educação não dão resultados por falta de continuidade. As pessoas competentes concluem a trajetória a que se propuseram cumprir”.
Adaptado de um texto do Roberto Shinyashiki
Silvia Osso
Silvia Osso tem formação universitária e pós-universitária na FMU, Fundação Getúlio Vargas (SP) e Sorbonne (Paris). Pedagoga, psicóloga educacional (com especialização em tecnologia da comunicação) e empresarial.
A competência, por sua vez, é associada a três habilidades: estudo, treino e continuidade.
O estudo é fundamental para que você não gaste tempo inventando a roda ou repetindo os erros dos outros.
Muitos freqüentadores de minhas palestras me perguntam por que não conseguem estudar. Eu sempre digo:
"Você não consegue porque, no fundo, é orgulhoso. Não acha quem possa lhe ensinar o que não saiba". As pessoas felizes têm a humildade de aprender com os outros, evitando os erros que eles já cometeram.
Tudo na vida é resultado de treino. Só adquirimos a competência assim. Se você é um grande cirurgião, você treinou arduamente para isso.
Mas, cuidado, esse processo não se resume apenas às coisas positivas; as negativas também estão incluídas. Os hipocondríacos, por exemplo, dedicam a vida inteira à procura de sintomas desagradáveis em seu corpo até que se tornam experts.
Vivem lendo bulas de remédio e tudo o mais que aparecer a respeito de doenças. Eles também conversam e pensam sobre enfermidades o tempo todo.
Há algum tempo, ouvi uma entrevista do Zico que falou que as pessoas ficavam espantadas ao virem ele treinando mais tempo que os outros, pois pensavam: "Para quê, se ele já é um dos melhores do mundo?"
Tempos depois, eu descobri que ele era o melhor do mundo porque treinava mais que os outros.
A competência também requer continuidade. Não adianta ser bom apenas por um dia. Tem de ser sempre.
Não adianta começar milhares de cursos, é preciso completá-los. Não adianta atender maravilhosamente bem um cliente e ser desatento com os outros.
Não adianta um único diálogo sensacional com o filho e distanciamento o resto do ano.
Quem consegue ser bom todos os dias, depois de um tempo, fica ótimo. Muitos processos de educação não dão resultados por falta de continuidade. As pessoas competentes concluem a trajetória a que se propuseram cumprir”.
Adaptado de um texto do Roberto Shinyashiki
Silvia Osso
Silvia Osso tem formação universitária e pós-universitária na FMU, Fundação Getúlio Vargas (SP) e Sorbonne (Paris). Pedagoga, psicóloga educacional (com especialização em tecnologia da comunicação) e empresarial.
O QUE É PSICOLOGIA?
A psicologia é uma ciência que se propõe ao estudo do comportamento humano e dos processos psíquicos. Para isso, ela estuda as vias de sua evolução, os mecanismos que lhe servem de base e descreve as mudanças que ocorrem nessa atividade nos estados patológicos.
Em linhas gerais a Psicologia é uma ciência que visa compreender as emoções, a forma de pensar e o comportamento do ser humano. Embora existam diversas áreas e linhas de atuação, a Psicologia busca o conhecimento e o desenvolvimento humano individualmente ou em grupo.
Algumas linhas da psicologia:
Abordagem Centrada na Pessoa
Gestalt
Psicodrama
Psicanálise
Comportamental
Existencialista
A letra grega Ψ ("psi"), símbolo da Psicologia.
A psicologia (do grego Ψυχολογία; ψυχή (psique), "alma", e λογία (logos), "palavra", "razão", "estudo") é a ciência que estuda os processos mentais (sentimentos, pensamentos, razão) e o comportamento humano e animal (para fins de pesquisa e correlação, na área da psicologia comparada). Neste ponto é necessária uma informação importantíssima: o corpo e a mente não são separados, quando se fala que o estudo se dá pelo viés da mente e/ou pelo viés do corpo, é necessário informar que essa é uma elaboração teórica, já que existem estudos, com grande comprovação ao longo das datas, que mostram a influência de um sobre o outro. Para estes fins, há vários métodos, como a observação, estudos de caso, estudos em neuropsicologia entre outros estudos multidisciplinares. Outro objeto de estudo da psicologia são as personalidades desviantes, com comportamentos inadaptáveis, chamados de Psicopatologia. Como dito, a partir do pressuposto básico que existe um monismo - e não um dualismo como Descartes apregoou - este ramo do conhecido tem seus estudos voltados a esse axioma principal. Entre outras atuações que esta ciência permite ao profissional da área, uma explicação dos mecanismos envolvidos em determinados comportamentos, assim como prevení-los e modificá -los.
A psicologia é uma ciência considerada tanto das áreas sociais, ou humanas, como da área biomédica (por exemplo, a neuropsicologia faz parte deste espectro), assim ela é estudada tanto em métodos quantitativos como em métodos qualitativos. Estes métodos aplicam-se ao estudo dos processos psíquicos, geradores de comportamentos e vice-versa. Os estudos lássicos em psicologia baseavam-se justamente nos comportamentos, que eram diretamente observados, que faziam com que o psicólogo inferisse um processo psíquico; porém, com os avanços das neurociências, na atualidade, também é possível, mesmo que rudimentarmente, estudar os processos psíquicos na sua origem. A introspecção é outro método para chegar aos processos conscientes. Existem vários outros métodos desenvolvidos, cada um para estudo de um ou mais processos mentais.
Cabe à psicologia estudar questões ligadas à personalidade, à aprendizagem, à motivação, à memória, à inteligência, ao funcionamento do sistema nervoso, e também à Comunicação Interpessoal, ao desenvolvimento, ao comportamento sexual, à agressividade, ao comportamento em grupo, aos processos psicoterapêuticos, ao sono e ao sonho, ao prazer e à dor, além de todos os outros processos psíquicos e comportamentais não citados.
Em linhas gerais a Psicologia é uma ciência que visa compreender as emoções, a forma de pensar e o comportamento do ser humano. Embora existam diversas áreas e linhas de atuação, a Psicologia busca o conhecimento e o desenvolvimento humano individualmente ou em grupo.
Algumas linhas da psicologia:
Abordagem Centrada na Pessoa
Gestalt
Psicodrama
Psicanálise
Comportamental
Existencialista
A letra grega Ψ ("psi"), símbolo da Psicologia.
A psicologia (do grego Ψυχολογία; ψυχή (psique), "alma", e λογία (logos), "palavra", "razão", "estudo") é a ciência que estuda os processos mentais (sentimentos, pensamentos, razão) e o comportamento humano e animal (para fins de pesquisa e correlação, na área da psicologia comparada). Neste ponto é necessária uma informação importantíssima: o corpo e a mente não são separados, quando se fala que o estudo se dá pelo viés da mente e/ou pelo viés do corpo, é necessário informar que essa é uma elaboração teórica, já que existem estudos, com grande comprovação ao longo das datas, que mostram a influência de um sobre o outro. Para estes fins, há vários métodos, como a observação, estudos de caso, estudos em neuropsicologia entre outros estudos multidisciplinares. Outro objeto de estudo da psicologia são as personalidades desviantes, com comportamentos inadaptáveis, chamados de Psicopatologia. Como dito, a partir do pressuposto básico que existe um monismo - e não um dualismo como Descartes apregoou - este ramo do conhecido tem seus estudos voltados a esse axioma principal. Entre outras atuações que esta ciência permite ao profissional da área, uma explicação dos mecanismos envolvidos em determinados comportamentos, assim como prevení-los e modificá -los.
A psicologia é uma ciência considerada tanto das áreas sociais, ou humanas, como da área biomédica (por exemplo, a neuropsicologia faz parte deste espectro), assim ela é estudada tanto em métodos quantitativos como em métodos qualitativos. Estes métodos aplicam-se ao estudo dos processos psíquicos, geradores de comportamentos e vice-versa. Os estudos lássicos em psicologia baseavam-se justamente nos comportamentos, que eram diretamente observados, que faziam com que o psicólogo inferisse um processo psíquico; porém, com os avanços das neurociências, na atualidade, também é possível, mesmo que rudimentarmente, estudar os processos psíquicos na sua origem. A introspecção é outro método para chegar aos processos conscientes. Existem vários outros métodos desenvolvidos, cada um para estudo de um ou mais processos mentais.
Cabe à psicologia estudar questões ligadas à personalidade, à aprendizagem, à motivação, à memória, à inteligência, ao funcionamento do sistema nervoso, e também à Comunicação Interpessoal, ao desenvolvimento, ao comportamento sexual, à agressividade, ao comportamento em grupo, aos processos psicoterapêuticos, ao sono e ao sonho, ao prazer e à dor, além de todos os outros processos psíquicos e comportamentais não citados.
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
A EDUCAÇÃO ESTÁ MUDANDO
Extraído do site: www.eca.usp.br/prof/moran/mudando.htm em 26/04/06.
Vanessa Voigt de Andrade•
O texto trata da questão da educação no que se refere às mudanças reais que estão ocorrendo e que por muitos por hora, talvez, passem despercebidas.
A realidade dos fatos que precisa ser compreendida por muitos profissionais da educação é a de que a escola infelizmente ou felizmente não é mais referência de conhecimento, não é mais somente nele que se constrói conhecimento e, ela mais do que nunca precisa passar por adaptações, transformações e reconstruções, essa evolução é necessariamente fundamental.
Com a Internet, a televisão e todo o mundo de possibilidades atraente que os alunos tem acesso fora da escola desperta a curiosidade e não podemos negar que há um universo de informações por aí afora interessantes,então a escola mais do que nunca precisa rever seu papel.
No entanto não podemos também esperar ou responsabilizar a escola para que ela sozinha “resolva todos os problemas do mundo” nem somente a ela cabe o papel de educar em seu contexto global, isto deve ser um processo de toda a sociedade e não só da escola. Toda sociedade educa quando transmite idéias, valores, e isso deve ser considerado.
Mas como é freqüente o problema explodir na escola ela também não pode se isentar. Então o que fazer?
É necessário apostar mais na mudança, em novas possibilidades que se concretizem, do que no pessimismo e na descrença. É preciso resgatar o passado, fortalecer o presente e preparar o futuro.
A educação não acontece só no espaço oficial, por isso é importante envolver a escola com toda a sociedade, assim o trabalho passa a não ser mais um trabalho solitário e ao mesmo tempo todos se comprometem e se responsabilizam.
Também é importante destacar a necessidade constante de capacitação dos professores, o resgate da auto-estima de todos os envolvidos com a escola, da manutenção do espaço físico, dos recursos tecnológicos atualizados e funcionando, do comprometimento dos alunos e professores e da boa vontade de todos onde cada um faz seu papel para que a escola volte a ser um referencial para a construção de conhecimento.
É fundamentalmente necessário não se começar pelo que há de ruim, pelos problemas, pelas dificuldades, pela falta de material ou de comprometimento, mas sim procurar investir no que há de bom na escola, resgatar coisas que se havia perdido ou desistido de fazer por falta de coragem, descrença ou pessimismo e acima de tudo acreditar que o amanhã será sempre melhor porque o hoje já se está tentando ser e fazer diferente.
Vanessa Voigt de Andrade•
O texto trata da questão da educação no que se refere às mudanças reais que estão ocorrendo e que por muitos por hora, talvez, passem despercebidas.
A realidade dos fatos que precisa ser compreendida por muitos profissionais da educação é a de que a escola infelizmente ou felizmente não é mais referência de conhecimento, não é mais somente nele que se constrói conhecimento e, ela mais do que nunca precisa passar por adaptações, transformações e reconstruções, essa evolução é necessariamente fundamental.
Com a Internet, a televisão e todo o mundo de possibilidades atraente que os alunos tem acesso fora da escola desperta a curiosidade e não podemos negar que há um universo de informações por aí afora interessantes,então a escola mais do que nunca precisa rever seu papel.
No entanto não podemos também esperar ou responsabilizar a escola para que ela sozinha “resolva todos os problemas do mundo” nem somente a ela cabe o papel de educar em seu contexto global, isto deve ser um processo de toda a sociedade e não só da escola. Toda sociedade educa quando transmite idéias, valores, e isso deve ser considerado.
Mas como é freqüente o problema explodir na escola ela também não pode se isentar. Então o que fazer?
É necessário apostar mais na mudança, em novas possibilidades que se concretizem, do que no pessimismo e na descrença. É preciso resgatar o passado, fortalecer o presente e preparar o futuro.
A educação não acontece só no espaço oficial, por isso é importante envolver a escola com toda a sociedade, assim o trabalho passa a não ser mais um trabalho solitário e ao mesmo tempo todos se comprometem e se responsabilizam.
Também é importante destacar a necessidade constante de capacitação dos professores, o resgate da auto-estima de todos os envolvidos com a escola, da manutenção do espaço físico, dos recursos tecnológicos atualizados e funcionando, do comprometimento dos alunos e professores e da boa vontade de todos onde cada um faz seu papel para que a escola volte a ser um referencial para a construção de conhecimento.
É fundamentalmente necessário não se começar pelo que há de ruim, pelos problemas, pelas dificuldades, pela falta de material ou de comprometimento, mas sim procurar investir no que há de bom na escola, resgatar coisas que se havia perdido ou desistido de fazer por falta de coragem, descrença ou pessimismo e acima de tudo acreditar que o amanhã será sempre melhor porque o hoje já se está tentando ser e fazer diferente.
PSICODRAMA E PSICOTERAPIA
Ao procurar o que me interessava aprofundar no psicodrama acabei pensando que poderia ser algo em torno dos objetivos do psicodrama no processo psicoterapêutico. Como sei pouco sobre psicodrama ou quase nada, acabei lendo muitos textos, desde conceitos básicos até a questão histórica do psicodrama que tem como seu criador Jacob Levy Moreno, nascido em 1886, na Romênia, formado em medicina, especializado em psiquiatria.
Um dos objetivos do psicodrama é descobrir, melhorar e utilizar os meios que facilitem o predomínio de relações télicas (capacidade de se perceber de forma objetiva o que ocorre nas situações e o que passa entre as pessoas, é a percepção interna mútua entre dois indivíduos) sobre relações transferenciais. De acordo com a diminuição das distorções é que a comunicação flui, e aí são criadas condições para a recuperação da criatividade e da espontaneidade da pessoa.
Então o psicodrama seria uma forma de investigação do psicológico do ser humano mediante a ação. É um método de intervenção e pesquisa das relações interpessoais, na forma grupal e individual.
O significativo do psicodrama começa com o envolvimento das pessoas com o tema ou com a experiência a ser vivenciada, através de lembranças ou da história do cotidiano das mesmas. No entanto para agir em conjunto ou de forma combinada as pessoas precisam necessariamente de um tempo de preparação.
Comprende-se que no caso das terapias de grupo Moreno se tornou a base para elas. Trazendo leveza, alegria e criatividade de forma espontânea a psicoterapia. Talvez um objetivo claro e essencial do psicodrama seria a saúde nas relações e nas emoções.
O psicodrama seria um espaço que a pessoa se reserva para compreender as suas próprias “dores e delícias” da vida tendo claro que elas se dão nas relações que a própria pessoa se propõe. O psicodrama dá uma atenção especial para nossas emoções, onde o diretor (quem maneja as técnicas psicodramáticas,envolve todos no desenvolvimento da cena) é um facilitador da visão dos caminhos possíveis para se trabalhar essas emoções.
O psicodrama destaca que se nasce criativo e espontâneo. Conforme acontece o desenvolvimento, com as relações com a cultura e com as regras sociais, essas características de criatividade e espontaneidade vão se transformando. Toda a teoria do psicodrama é voltada para a liberação da capacidade criativa e espontânea das pessoas. Tão deixadas de lado pela alienação que a vida social acaba conduzindo o ser humano.
Enfim o ser humano é um ser necessariamente social e, é nas relações que se constitui e também se complica. E, é nas relações cotidianas do ser que o psicodrama atua muitas vezes descomplicando o que está ou parece estar complicado. E principalmente resgatando coisas tão essenciais ao ser como a espontaneidade e a criatividade.
Fontes: FEBRAP – Federação Brasileira de Psicodrama / www.homemmello.com.br
Um dos objetivos do psicodrama é descobrir, melhorar e utilizar os meios que facilitem o predomínio de relações télicas (capacidade de se perceber de forma objetiva o que ocorre nas situações e o que passa entre as pessoas, é a percepção interna mútua entre dois indivíduos) sobre relações transferenciais. De acordo com a diminuição das distorções é que a comunicação flui, e aí são criadas condições para a recuperação da criatividade e da espontaneidade da pessoa.
Então o psicodrama seria uma forma de investigação do psicológico do ser humano mediante a ação. É um método de intervenção e pesquisa das relações interpessoais, na forma grupal e individual.
O significativo do psicodrama começa com o envolvimento das pessoas com o tema ou com a experiência a ser vivenciada, através de lembranças ou da história do cotidiano das mesmas. No entanto para agir em conjunto ou de forma combinada as pessoas precisam necessariamente de um tempo de preparação.
Comprende-se que no caso das terapias de grupo Moreno se tornou a base para elas. Trazendo leveza, alegria e criatividade de forma espontânea a psicoterapia. Talvez um objetivo claro e essencial do psicodrama seria a saúde nas relações e nas emoções.
O psicodrama seria um espaço que a pessoa se reserva para compreender as suas próprias “dores e delícias” da vida tendo claro que elas se dão nas relações que a própria pessoa se propõe. O psicodrama dá uma atenção especial para nossas emoções, onde o diretor (quem maneja as técnicas psicodramáticas,envolve todos no desenvolvimento da cena) é um facilitador da visão dos caminhos possíveis para se trabalhar essas emoções.
O psicodrama destaca que se nasce criativo e espontâneo. Conforme acontece o desenvolvimento, com as relações com a cultura e com as regras sociais, essas características de criatividade e espontaneidade vão se transformando. Toda a teoria do psicodrama é voltada para a liberação da capacidade criativa e espontânea das pessoas. Tão deixadas de lado pela alienação que a vida social acaba conduzindo o ser humano.
Enfim o ser humano é um ser necessariamente social e, é nas relações que se constitui e também se complica. E, é nas relações cotidianas do ser que o psicodrama atua muitas vezes descomplicando o que está ou parece estar complicado. E principalmente resgatando coisas tão essenciais ao ser como a espontaneidade e a criatividade.
Fontes: FEBRAP – Federação Brasileira de Psicodrama / www.homemmello.com.br
PSICOMOTRICIDADE VIVENCIADA
Psicóloga: Vanessa Voigt de Andrade
O texto trata da questão da psicomotricidade vivenciada. Sabe-se que os estudos em torno do tema evoluíram bastante, bem como há uma gama de teóricos que discorrem sobre o assunto.
No entanto, no Brasil, ainda não existe uma linha de trabalho psicomotora clara que responda as necessidades culturais e educativas das crianças. Compreende-se aqui que cada criança seja singular e pertença a uma cultura autêntica e que precisa ser valorizada (ARRIAGADA, 2002).
Então, no espaço educacional, a psicomotricidade tradicional, aqui entendida por uma disciplina que forma seres humanos em sua globalidade, fez-se de maneira dualista onde seus conteúdos enfocavam o desenvolvimento de condutas motrizes que ao labor com a pessoa em sua totalidade e complexidade. Os objetivos buscavam alcançar uma conduta determinada que orientava a criança apenas no seu nível motor (Lapierre in ARRIAGADA, 2002).
Com base no que foi dito anteriormente surge uma nova proposta que se acredita ser mais significativa, a psicomotricidade vivenciada que se baseia nos aspectos globais do ser humano, nas relações que estabelece consigo mesmo, com seu corpo, com os outros, com o mundo, que refletem ao desenvolvimento formativo da criança em sua totalidade (Aucouturier in ARRIAGADA, 2002).
A partir dos trabalhos feitos pelos professores Aucouturier e Lapierre (ARRIAGADA, 2002), na década dos anos 1970, têm origem a psicomotricidade operativa ou vivenciada, definida como disciplina que estuda globalmente o processo formativo do ser humano em particular a maneira da criança de ser e estar no mundo a que Aucouturier (ARRIAGADA, 2002) define por expressividade psicomotora.
O que fundamenta a prática psicomotora vivenciada tem como base o respeito à globalidade do ser humano (que se acredita ser muito importante) onde reúne aspectos cognitivos, afetivos e motores, estando estes interligados.
É importante lembrar a todo o educador, que toda atividade que se usa o corpo com instrumento de ensino, desenvolve as áreas sensório-perceptivo-motoras indispensáveis a aprendizagem. No corpo ficam registradas as experiências, sensações e sentimentos. O corpo é o ponto de referência para qualquer aprendizado.
Estudos revelam que utilizando o corpo no processo ensino-aprendizagem facilita o aprendizado. Neste sentido o corpo pode auxiliar na aquisição da escrita, da leitura, dos cálculos matemáticos.
O mais importante é que a educação psicomotora favorece o aparecimento da expressividade psicomotora da criança, estando ligada na seqüência com o desenvolvimento da criança contemplando três objetivos, a comunicação (capacidade de acolher e responder o mais justamente possível a demanda da criança), a criação (è uma produção mais ampla, gestual, verbal e inclusive cognitiva, destinada ao outro) e a formação do pensamento operativo (supõe a capacidade de análise e síntese) que se assemelha ao período operatório concreto de Piaget que acontece mais ou menos dos 7 aos 11 anos e se caracteriza pela criança conseguir usar a lógica na maioria dos problemas concretos (Aucouturier in ARRIAGADA, 2002). Para que estes objetivos sejam alcançados é necessário comprometimento, coerência e conhecimento teórico e prático por parte do professor.
Faz-se importante destacar que o esquema corporal se transforma como resultado da transformação das estruturas mentais sendo que a pessoa toma consciência de si mesma e do espaço em que ela se desenvolve. Se não há um conhecimento suficientemente necessário por parte da pessoa de seu corpo não existe possibilidade dela se localizar em si mesma nem fora de si. Aí se destaca a importância da psicomotricidade vivenciada (ARRIAGADA, 2002).
O corpo precisa ser considerado como ponto de referência constante sendo fundamentalmente essencial que a educação do ser humano ocorra através de seu corpo. Percebe-se que na realidade isso nem sempre acontece e, em alguns casos está um pouco longe de acontecer talvez por falta de informação, formação ou infelizmente e simplesmente vontade de fazer.
Também é necessário lembrar da importância da interação mente e corpo, discutida desde a antiguidade onde os filósofos preocupados com esta questão inerente as dimensões humanas destacavam a mente compreendendo o corpo apenas como veículo que transportava o espírito. Hoje se sabe da real importância da interação mente e corpo, levando em conta o emocional que consegue favorece o desenvolvimento do corpo e da mente sendo que cada corpo reage de forma diferente as influências do meio bem como se constitui de forma única. Nesta questão o educador precisa ter um olhar sensível frente às crianças.
A prática psicomotora fundamenta-se em dois conceitos essenciais a globalidade e a expressividade psicomotora. A globalidade está manifesta pela ação que liga emocionalmente a criança com o mundo, e que deve ser entendida como o estreito vínculo existente entre suas estruturas somática, afetiva e cognitiva. A criança descobre através da atitude sobre o corpo, sobre os objetos e sobre os outros, de forma singular, pois sua expressividade psicomotora vê-se carregada deles. A criança apreende o mundo e, ao apreendê-lo elabora internamente as estruturas necessárias para sustentar futuras aprendizagens (ARRIAGADA, 2002).
A metodologia que sustenta a psicomotricidade vivenciada compreende cada criança como um ser único (cada um é um), respeitando suas diferenças e limitações e contempla três condições: um ajuste à expressividade da criança, um sistema de atitudes e de ação por parte do professor e a tecnicidade ou competências técnicas que deve conseguir o professor. Estas três condições formam juntas uma trilogia cujos componentes devem se desenvolver simultaneamente (ARRIAGADA, 2002).
A psicomotricidade vivenciada tem como fundamento prático e ponto de partida a brincadeira que é a maneira pela qual se a criança descobre o mundo. Piaget compreende a brincadeira como simples assimilação funcional e destaca três grandes estruturas da brincadeira infantil: a brincadeira de exercício, simbólica e de regras (ARRIAGADA, 2002). Pode-se dizer também que a brincadeira é favorece o desenvolvimento e é uma necessidade fundamental da criança.
Para a psicomotricidade vivenciada a brincadeira faz parte da estrutura educativa da criança e pode ser caracterizada da seguinte maneira: a brincadeira dá prazer, é conduta, pois mostra a personalidade da criança, é aprendizagem, é liberdade e comunicação. A brincadeira permite à criança sua socialização e sua formação da identidade social. A brincadeira permite a integração do esquema corporal (ARRIAGADA, 2002). Enfim, a brincadeira é a maneira que a criança possui de se relacionar com o mundo, com os objetos e com os outros. Talvez por isso a grande importância que a psicomotricidade vivenciada dá para a brincadeira.
É importante o movimento dentro das brincadeiras e ele é de tal forma tão significativo que a criança descobre o mundo e apreende dele por meio do prazer do movimento (ARRIAGADA, 2002).
Existem níveis de expressividade psicomotora na criança que contribuem para a compreensão do movimento da criança, são eles: o primeiro nível em que a criança canaliza o prazer através da via tônica e motora, o segundo nível onde a criança se põe em contato com o mundo exterior e o terceiro nível onde a criança recolhe imagens internas e as manifesta brincando (ARRIAGADA, 2002).
Pode-se concluir que a psicomotricidade vivenciada que contempla aspectos globais da criança em sua singularidade contribui significativamente de maneira permanente para o seu desenvolvimento, pois o prazer sensório-motor agindo como organizador do movimento humano deve ser reconhecido como ponto de partida e conseqüentemente um caminho de mudança no ser humano dando suporte para as primeiras aprendizagens. Enfim tudo que contribui para o crescimento das crianças os educadores precisam estar atentos.
Referências
ARRIAGADA, M. V. Psicomotrcidade Vivenciada. Blumenau: Edifurb, 2002
O texto trata da questão da psicomotricidade vivenciada. Sabe-se que os estudos em torno do tema evoluíram bastante, bem como há uma gama de teóricos que discorrem sobre o assunto.
No entanto, no Brasil, ainda não existe uma linha de trabalho psicomotora clara que responda as necessidades culturais e educativas das crianças. Compreende-se aqui que cada criança seja singular e pertença a uma cultura autêntica e que precisa ser valorizada (ARRIAGADA, 2002).
Então, no espaço educacional, a psicomotricidade tradicional, aqui entendida por uma disciplina que forma seres humanos em sua globalidade, fez-se de maneira dualista onde seus conteúdos enfocavam o desenvolvimento de condutas motrizes que ao labor com a pessoa em sua totalidade e complexidade. Os objetivos buscavam alcançar uma conduta determinada que orientava a criança apenas no seu nível motor (Lapierre in ARRIAGADA, 2002).
Com base no que foi dito anteriormente surge uma nova proposta que se acredita ser mais significativa, a psicomotricidade vivenciada que se baseia nos aspectos globais do ser humano, nas relações que estabelece consigo mesmo, com seu corpo, com os outros, com o mundo, que refletem ao desenvolvimento formativo da criança em sua totalidade (Aucouturier in ARRIAGADA, 2002).
A partir dos trabalhos feitos pelos professores Aucouturier e Lapierre (ARRIAGADA, 2002), na década dos anos 1970, têm origem a psicomotricidade operativa ou vivenciada, definida como disciplina que estuda globalmente o processo formativo do ser humano em particular a maneira da criança de ser e estar no mundo a que Aucouturier (ARRIAGADA, 2002) define por expressividade psicomotora.
O que fundamenta a prática psicomotora vivenciada tem como base o respeito à globalidade do ser humano (que se acredita ser muito importante) onde reúne aspectos cognitivos, afetivos e motores, estando estes interligados.
É importante lembrar a todo o educador, que toda atividade que se usa o corpo com instrumento de ensino, desenvolve as áreas sensório-perceptivo-motoras indispensáveis a aprendizagem. No corpo ficam registradas as experiências, sensações e sentimentos. O corpo é o ponto de referência para qualquer aprendizado.
Estudos revelam que utilizando o corpo no processo ensino-aprendizagem facilita o aprendizado. Neste sentido o corpo pode auxiliar na aquisição da escrita, da leitura, dos cálculos matemáticos.
O mais importante é que a educação psicomotora favorece o aparecimento da expressividade psicomotora da criança, estando ligada na seqüência com o desenvolvimento da criança contemplando três objetivos, a comunicação (capacidade de acolher e responder o mais justamente possível a demanda da criança), a criação (è uma produção mais ampla, gestual, verbal e inclusive cognitiva, destinada ao outro) e a formação do pensamento operativo (supõe a capacidade de análise e síntese) que se assemelha ao período operatório concreto de Piaget que acontece mais ou menos dos 7 aos 11 anos e se caracteriza pela criança conseguir usar a lógica na maioria dos problemas concretos (Aucouturier in ARRIAGADA, 2002). Para que estes objetivos sejam alcançados é necessário comprometimento, coerência e conhecimento teórico e prático por parte do professor.
Faz-se importante destacar que o esquema corporal se transforma como resultado da transformação das estruturas mentais sendo que a pessoa toma consciência de si mesma e do espaço em que ela se desenvolve. Se não há um conhecimento suficientemente necessário por parte da pessoa de seu corpo não existe possibilidade dela se localizar em si mesma nem fora de si. Aí se destaca a importância da psicomotricidade vivenciada (ARRIAGADA, 2002).
O corpo precisa ser considerado como ponto de referência constante sendo fundamentalmente essencial que a educação do ser humano ocorra através de seu corpo. Percebe-se que na realidade isso nem sempre acontece e, em alguns casos está um pouco longe de acontecer talvez por falta de informação, formação ou infelizmente e simplesmente vontade de fazer.
Também é necessário lembrar da importância da interação mente e corpo, discutida desde a antiguidade onde os filósofos preocupados com esta questão inerente as dimensões humanas destacavam a mente compreendendo o corpo apenas como veículo que transportava o espírito. Hoje se sabe da real importância da interação mente e corpo, levando em conta o emocional que consegue favorece o desenvolvimento do corpo e da mente sendo que cada corpo reage de forma diferente as influências do meio bem como se constitui de forma única. Nesta questão o educador precisa ter um olhar sensível frente às crianças.
A prática psicomotora fundamenta-se em dois conceitos essenciais a globalidade e a expressividade psicomotora. A globalidade está manifesta pela ação que liga emocionalmente a criança com o mundo, e que deve ser entendida como o estreito vínculo existente entre suas estruturas somática, afetiva e cognitiva. A criança descobre através da atitude sobre o corpo, sobre os objetos e sobre os outros, de forma singular, pois sua expressividade psicomotora vê-se carregada deles. A criança apreende o mundo e, ao apreendê-lo elabora internamente as estruturas necessárias para sustentar futuras aprendizagens (ARRIAGADA, 2002).
A metodologia que sustenta a psicomotricidade vivenciada compreende cada criança como um ser único (cada um é um), respeitando suas diferenças e limitações e contempla três condições: um ajuste à expressividade da criança, um sistema de atitudes e de ação por parte do professor e a tecnicidade ou competências técnicas que deve conseguir o professor. Estas três condições formam juntas uma trilogia cujos componentes devem se desenvolver simultaneamente (ARRIAGADA, 2002).
A psicomotricidade vivenciada tem como fundamento prático e ponto de partida a brincadeira que é a maneira pela qual se a criança descobre o mundo. Piaget compreende a brincadeira como simples assimilação funcional e destaca três grandes estruturas da brincadeira infantil: a brincadeira de exercício, simbólica e de regras (ARRIAGADA, 2002). Pode-se dizer também que a brincadeira é favorece o desenvolvimento e é uma necessidade fundamental da criança.
Para a psicomotricidade vivenciada a brincadeira faz parte da estrutura educativa da criança e pode ser caracterizada da seguinte maneira: a brincadeira dá prazer, é conduta, pois mostra a personalidade da criança, é aprendizagem, é liberdade e comunicação. A brincadeira permite à criança sua socialização e sua formação da identidade social. A brincadeira permite a integração do esquema corporal (ARRIAGADA, 2002). Enfim, a brincadeira é a maneira que a criança possui de se relacionar com o mundo, com os objetos e com os outros. Talvez por isso a grande importância que a psicomotricidade vivenciada dá para a brincadeira.
É importante o movimento dentro das brincadeiras e ele é de tal forma tão significativo que a criança descobre o mundo e apreende dele por meio do prazer do movimento (ARRIAGADA, 2002).
Existem níveis de expressividade psicomotora na criança que contribuem para a compreensão do movimento da criança, são eles: o primeiro nível em que a criança canaliza o prazer através da via tônica e motora, o segundo nível onde a criança se põe em contato com o mundo exterior e o terceiro nível onde a criança recolhe imagens internas e as manifesta brincando (ARRIAGADA, 2002).
Pode-se concluir que a psicomotricidade vivenciada que contempla aspectos globais da criança em sua singularidade contribui significativamente de maneira permanente para o seu desenvolvimento, pois o prazer sensório-motor agindo como organizador do movimento humano deve ser reconhecido como ponto de partida e conseqüentemente um caminho de mudança no ser humano dando suporte para as primeiras aprendizagens. Enfim tudo que contribui para o crescimento das crianças os educadores precisam estar atentos.
Referências
ARRIAGADA, M. V. Psicomotrcidade Vivenciada. Blumenau: Edifurb, 2002
AFETIVIDADE E APRENDIZAGEM
No que se refere a afetividade e sua relação com o processo-ensino-aprendizagem, faz-se necessário inicialmente destacar como eu compreendo afetividade. Afetividade seria uma atividade do psiquismo que constitui a vida emocional do ser humano.
Na educação é importante destacar que todo profissional deveria ter a informação que a afetividade é um dos aspectos da vida psíquica que mais precoce e constantemente se altera em estados psicopatológicos de qualquer natureza. Podem-se aqui citar algumas perturbações do afeto: Ambitimias que seria a coexistência de estados afetivos diversos e inconciliáveis. As paratimias que seriam os sentimentos inadequados e paradoxais. As neotimias que seria o surgimento de novos sentimentos, extravagantes vividos com apreensão e angústia. A labilidade emocional que seria a instabilidade e constante mutabilidade das reações afetivas. A incontinência afetiva que seria a perda da capacidade de controle das emoções, entre outras.
Levando em consideração o que foi citado anteriormente desconsiderar a questão da afetividade na educação pode se tornar algo muito sério. Nós educadores precisamos compreender coisas que vão além da nossa formação acadêmica para poder lidar com nossos alunos. Podemos pensar que o aluno é um todo, dinâmico, complexo, que hora racionaliza e hora se emociona e que se constitui nas relações que estabelece com o meio.
Então o processo-ensino-aprendizagem precisa considerar a afetividade como um aspecto do aluno. Desenvolver sentimentos de afeto favorece a aprendizagem. Estabelecer um vínculo afetivo com os alunos garante uma aprendizagem mais real, mais marcante. Nós professores precisamos saber que fazemos parte da vida do aluno e que nossas atitudes com relação a eles deixam marcas positivas ou negativas em suas vidas. No entanto não se pode confundir afeto com desrespeito ou bagunça. Os limites são tão necessários tanto quanto a afetividade.
Psicóloga: Vanessa Voigt de andrade
Na educação é importante destacar que todo profissional deveria ter a informação que a afetividade é um dos aspectos da vida psíquica que mais precoce e constantemente se altera em estados psicopatológicos de qualquer natureza. Podem-se aqui citar algumas perturbações do afeto: Ambitimias que seria a coexistência de estados afetivos diversos e inconciliáveis. As paratimias que seriam os sentimentos inadequados e paradoxais. As neotimias que seria o surgimento de novos sentimentos, extravagantes vividos com apreensão e angústia. A labilidade emocional que seria a instabilidade e constante mutabilidade das reações afetivas. A incontinência afetiva que seria a perda da capacidade de controle das emoções, entre outras.
Levando em consideração o que foi citado anteriormente desconsiderar a questão da afetividade na educação pode se tornar algo muito sério. Nós educadores precisamos compreender coisas que vão além da nossa formação acadêmica para poder lidar com nossos alunos. Podemos pensar que o aluno é um todo, dinâmico, complexo, que hora racionaliza e hora se emociona e que se constitui nas relações que estabelece com o meio.
Então o processo-ensino-aprendizagem precisa considerar a afetividade como um aspecto do aluno. Desenvolver sentimentos de afeto favorece a aprendizagem. Estabelecer um vínculo afetivo com os alunos garante uma aprendizagem mais real, mais marcante. Nós professores precisamos saber que fazemos parte da vida do aluno e que nossas atitudes com relação a eles deixam marcas positivas ou negativas em suas vidas. No entanto não se pode confundir afeto com desrespeito ou bagunça. Os limites são tão necessários tanto quanto a afetividade.
Psicóloga: Vanessa Voigt de andrade
Pensando as dificuldades de aprendizagem à luz das relações familiares
Elizabeth Polity
1. Introdução
Ao se pretender escrever um trabalho sobre alunos com Dificuldade de Aprendizagem e sua relação com a Família, além de comunicar as idéias e alguma experiência clínica, há um outro fator implicado: a possibilidade ou não, de se tolerar as dúvidas, os questionamentos, e a falta de respostas conclusivas que se é obrigado a encarar. É um movimento psíquico acompanhado de medo e ansiedade que podem estimular o desenvolvimento mental ou limitar sua realização.
Sendo a Psicopedagogia e a Terapia Familiar Sistêmica os dois campos em que atuo profissionalmente, achei interessante refletir sobre a relação da Dificuldade de Aprendizagem com o grupo familiar, na qual o sujeito com esta problemática, está inserido, à luz dessa base teórica. Minha atividade prática, trabalhando em um estabelecimento que atende alunos com Dificuldade de Aprendizagem, mostrou-me que é perfeitamente possível e pertinente entrelaçar os campos da Psicopedagogia e da Terapia Familiar, pois um amplia e complementa o outro.
A Psicopedagogia pesquisa, estuda e analisa as questões relacionadas ao processo de aprendizagem e ao tratamento de seus problemas. Preocupa-se com as relações ensinante-aprendente, com a forma como se ministra conteúdos escolares, com processos de desenvolvimento cognitivo/emocional da criança, aquisição da linguagem, entre outros. A Terapia Familiar Sistêmica, por sua vez, procura re-significar as questões do grupo familiar, dentro de uma concepção de sistemas, enfatizando os processos relacionais, e entre eles, como o grupo familiar lida com a aprendizagem. .
Sabe-se que nunca há uma causa única para o fracasso escolar, mas sim uma conjunção de fatores que interagem, uns com os outros, que imobilizam o desenvolvimento do sujeito e do sistema familiar, num determinado momento.
Algumas famílias manifestam sua decepção, sua desaprovação, sua própria cólera em vista dos maus resultados escolares de seus filhos. Outros pais podem apresentar total indiferença, completa ausência de interesse pelas dificuldades da criança. Entretanto, o que se apresenta em comum a essas duas atitudes opostas é que ambas afetam o sujeito em sua totalidade, impedindo que ele cresça de forma natural e satisfatória, bem como afeta às suas famílias.
No trabalho, parto da hipótese de que crianças e jovens com Dificuldade de Aprendizagem podem ser beneficiados com uma intervenção familiar, que lhes permita sair da posição de portador do sintoma (Paciente Identificado) do grupo, para a construção de uma nova relação com o saber.
Tenho ainda, como hipótese, que seja qual for a etiologia da Dificuldade de Aprendizagem (neurológica, emocional, cognitiva ou genética) o grupo familiar é um fator decisivo para a condução e/ou resolução desta situação.
1.1. - As definições oficiais
A origem da categoria das dificuldades de aprendizagem, como hoje é conhecida, desenvolveu-se a partir do conceito de “criança com lesão cerebral”, formulada por Alfred Strauss (neropsiquiatra) e Heinz Werner ( psicólogo especializado em psicologia comparada e do desenvolvimento), quando trabalharam juntos, por aproximadamente treze anos, numa instituição do Michigan, conhecida por Wayne County Training School.
Eles tentaram estabelecer diferenças entre crianças com retardo mental endógeno (genéticos, na maioria ), e exógenos ( com lesões cerebrais, na maior parte). Perceberam que, a maioria das crianças que apresentavam dificuldade na aprendizagem, apresentavam sintomas comportamentais característicos de crianças com lesão cerebral mínima (conhecido como síndrome de Strauss) e que incluíam os seguintes componentes: distúrbios perceptuais, perseveração, dispersividade, distúrbios conceituais e do pensamento, distúrbios motores – em especial hiperatividade e desajeitamento. Mais tarde, esses componentes foram ampliados, subdivididos e tornados mais específicos, mas até hoje, constituem o núcleo das principais características comportamentais de crianças com dificuldades de aprendizagem.
Desde 1940, educadores, psicólogos, psiquiatras e neurologistas reconhecem que existe um grupo de crianças, com inteligência normal ou acima da média, que não obtém sucesso nos estudos em decorrência de deficiências neurogênicas de aprendizagem. Muitas delas tem sido consideradas como portadoras de lesão cerebral mínima. Entretanto, em paralelo a essa visão organicista, tem sido reconhecido um conjunto de termos comportamentais, que têm sido usados para identificar a dificuldade dessas crianças.
A dislexia ( prejuízo na capacidade de leitura), a disgrafia ( dificuldade de expressar idéias por escrito) e a deficiência perceptual (dificuldades na diferenciação figura-fundo, inversão de letras e algarismos, reconhecimento precário de formas) são consideradas síndromes comportamentais associadas a à disfunção cerebral. Mas não existindo provas contundentes dessa correlação, aceita-se a idéia que estas crianças são portadoras de dificuldades de aprendizagem, ao invés de portadoras de lesão cerebral. Segundo Hobbs (1975), “há uma tendência crescente a divorciar a expressão dificuldade de aprendizagem da disfunção cerebral mínima, e defini-la inteiramente em termos comportamentais e educacionais.” (pag.76)
Na década de 1960, a expressão distúrbios de aprendizagem competia com dificuldade de aprendizagem. Esta última começou a aparecer com regularidade, em grande parte como substituta para designar crianças portadoras de lesão cerebral mínima. Dentre poucos anos, profissionais do campo da educação e da psicologia passaram a utiliza-la com freqüência, não estando associada necessariamente a um distúrbio neurológico.
Algumas associações foram criadas, com o objetivo de reunir profissionais para estudar e dar apoio às crianças, e suas famílias, com essas características. Nos Estados Unidos , no ano de 1965, surge a Associação Nacional para Crianças com Dificuldade de Aprendizagem. Em seguida, outras foram aparecendo e na década de 1970, multiplica-se a literatura sobre o assunto.
Veremos agora, outras formas de definir Dificuldade de Aprendizagem. A definição desenvolvida pelo Natinonal Joint Comittee on Learning Disabilities – (NJCLD) – EUA, 1997. (Comitê Nacional de Dificuldades de Aprendizagem ) é a seguinte:
“Dificuldade de Aprendizagem é um termo genérico que se refere a um grupo heterogêneo de desordens, manifestadas por dificuldade na aquisição e no uso da audição, fala, leitura, escrita, raciocínio ou habilidades matemáticas. Estas desordens são intrínsecas ao sujeito, presumidamente, devido a uma disfunção no sistema nervoso central, podendo ocorrer apenas por um período na vida .
Problemas de controle de comportamento, percepção social e interação social podem existir junto com as dificuldades de aprendizagem, mas elas não constituem por si só uma desordem de aprendizagem.
Embora dificuldades de aprendizagem possam ocorrer concomitantemente a outras condições desfavoráveis ( retardo mental, séria desordem emocional, problemas sensórios - motores ) ou influencias externas ( como diferenças culturais, instrução insuficiente ou inapropriada) elas não são o resultado dessas influencias ou condições”.
No Brasil, a *CID-10 (OMS, 1998) traz uma referência a “Transtornos específicos do desenvolvimento das habilidades escolares” ( F81.0/2/3/8 ) definindo-os como: ”perturbações que interferem significativamente nas realizações escolares ou nas atividades da vida diária [ ...] nos quais ambas as habilidades, aritméticas e de leitura ou do soletrar, estão significativamente comprometidas, mas na qual o transtorno não é explicável apenas em termos de retardo mental ou aprendizagem inadequada.”(pag.163)
Na categoria F81.9, do CID 10 encontramos: “transtornos inespecíficos nos quais há uma incapacidade significativa de aprendizagem que não pode ser explicada apenas por retardo mental, problemas de acuidade visual ou escolaridade inadequada”. (pag. 164) Existe ainda o critério F839(idem) – Transtornos mistos do desenvolvimento – que são classificados como uma “mistura de transtornos específicos do desenvolvimento da fala da linguagem, das habilidades escolares ou da função motora, mas no qual nenhum predomina suficientemente para constituir o diagnóstico principal”. (pag. 164)
Essas definições tornam patente a diversidade de manifestações e etiologias da Dificuldades de Aprendizagem, que exigem assim, diferentes olhares e procedimentos.
As Dificuldades de Aprendizagem, de origem orgânica, podem ser bastante definidas e claras, levando-nos a supor que a área emocional e o ambiente familiar tiveram pouca ou nenhuma participação no seu aparecimento e determinação. Seria o caso dos distúrbios de ordem neurológica ou metabólica, que implicam numa perda da capacidade de aprendizagem. Boa parte dos problemas, com os quais esbarramos nesta área - lentidão de raciocínio, falta de atenção, desinteresse, entre outros – encontram suas origens na biologia e sobretudo, na biologia exposta ao meio ambiente.
Mas, mesmo as teorias mais organicistas, baseadas na neuropsicologia, como afirma Ratey (1997), admitem que os distúrbios mentais, mesmo brandos, podem se tornar muito piores em respostas a um ambiente cheio de ruídos, a uma família ruidosa (aqui entendida como um sistema onde a comunicação é difícil ou mesmo impossível, devido a padrões disfuncionais do grupo).
O nível de funcionamento dos pais sempre altera o problema – com base biológica ou não – do filho. A criança hiperativa tornar-se-á mais hiperativa, a deprimida mais deprimida, a autista mais autista, quando a família funciona desta forma. São o que poderíamos denominar de famílias com funcionamento isomorfos.
Este autor considera, que não é difícil observar como pode atuar o sintoma na família, perturbando o sistema mais amplo. Ele entretanto afirma, que realmente existem crianças difíceis, diante das quais, pais com pouco preparo para lidar com elas submetem-se a situações muito estressantes agravando sobremaneira o problema.
Ao avaliar as Dificuldades de Aprendizagem, dentro do contexto familiar, não estaremos responsabilizando o grupo pela química cerebral, mas tentando entender como as situações serão encaradas e administradas. Parafraseando Ratey(opus cit.), se nascemos com algum alelo ( referindo-se ao gene que pode gerar um distúrbio cerebral) vamos acabar caindo em algum lugar do espectro deste problema ( do mais grave ao mais brando). Mas, a forma de desenvolvimento de nossos problemas – se seremos atentos, hiperativos, com dificuldades específicas de aprendizagem – talvez seja determinada pela vida.
Uma criança que tem dificuldade em prestar atenção nos estudos, pode ter “uma química cerebral ruim” . Mas, como adverte Begley (1998), essa química pode ser o resultado de um mau relacionamento com os pais, expectativas excessivas da família, ou um sintoma para encobrir distúrbios no funcionamento familiar. Segundo este autor, a nossa experiência molda o nosso cérebro, mesmo, no que se refere a traços básicos, como atenção, comportamento, disposição para aprender, entre outros.
Uma Dificuldade de Aprendizagem não significa necessariamente uma deficiência mental ou orgânica. Indica outrossim, uma condição específica, onde existem aspectos que precisam ser trabalhados para se obter melhor rendimento intelectual.
Audrey Souza (1995), refere-se à Inibição Intelectual, que estaria na base da Dificuldade de Aprendizagem , como sendo “fatores da vida psíquica da criança, que podem atrapalhar o bom desenvolvimento dos processos cognitivos, e sua relação com a aquisição de conhecimentos e com a família, na medida em que as atitudes parentais influenciam sobremaneira a relação da criança com o conhecimento”. (pag. 58)
Alícia Fernandez, (1990) em vários momentos do seu livro A Inteligência Aprisionada, nos traz uma visão mais global das Dificuldades de Aprendizagem, onde existe a articulação entre inteligência e desejo; entre família e sintoma. Ela diz:
“Se pensarmos no problema de aprendizagem como só derivado do organismo ou só da inteligência, para sua cura não haveria necessidade de recorrer à família. Se, ao contrário, as patologias no aprender surgissem na criança ou adolescente somente a partir de sua função equilibradora do sistema familiar, não necessitaríamos, para seu diagnóstico e cura, recorrer ao sujeito separadamente de sua família. Ao considerar o sintoma como resultante da articulação construtiva do organismo, corpo, inteligência e a estrutura do desejo, incluído no meio familiar (e determinado por ele) no qual seu sintoma tem sentido e funcionalidade ...é que podemos observar o possível “atrape” da inteligência.” (pag. 98)
Em muitos casos fica difícil para os profissionais envolvidos, distinguir a origem da desordem emocional, pois muitos sintomas se sobrepõem, dificultando um diagnóstico mais preciso.
É preciso também considerar os efeitos emocionais que essas dificuldades acarretam, agravando o problema. Se seu rendimento escolar for sofrível, a criança talvez seja vista como um fracasso pelos professores ou colegas, e até pela própria família. Infelizmente, muitas dessas crianças desenvolvem uma auto-estima negativa, que agrava em muito a situação, e, que poderia ser evitada, com o auxílio da família e de uma escola adequada. É essencial que as crianças recebam apoio dos pais , pois quando sabem que têm pais que dão suporte emocional, a criança desenvolve uma base sólida e um senso de competência que a leva a um auto-estima satisfatória.
No meu entender, concebo Dificuldade de Aprendizagem como uma condição bastante abrangente, que se manifesta sobretudo, pelo fracasso escolar ( é e muitas vezes condicionada por este). Esta condição tem um leque muito amplo de causas, mas sua forma evolutiva, creio eu, está intimamente relacionada com o sistema familiar, educacional e social no qual o sujeito está inserido.
Finalizando este tópico, queria apenas me referir a um outro aspecto, que por exceder o escopo desse trabalho, não pretendo desenvolver aqui, mas que não posso deixar de mencionar. Trata-se do que chamo de *Dificuldade de Ensinagem . São aqueles problemas advindos de uma abordagem inadequada do professor, da falta de disponibilidade ou da inflexibilidade de alguns mestres em perceber os caminhos mais livres para se chegar ao sujeito. Muitos professores são os grandes contribuidores quanto a rótulos e profecias auto-cumpridoras, fazendo um coro com as vozes familiares, deixando a criança ou jovem sem nenhuma possibilidade ou saída para reverter a situação. Cabe a eles, muitas vezes, o fracasso escolar, a desistência, a baixa estima e a perpetuação das dificuldades de aprendizagem, que com bom senso e conhecimento adequado da profissão, poderiam ser conduzidas de outra forma.
Parafraseando Marturano( Marturano et al., 1993) fica, portanto, evidente, que a Dificuldade de Aprendizagem é uma síndrome bio-psicossocial a ser compreendida em pelo menos três constituintes básicas: a criança, a família e a escola.
Gostaria ainda de enfatizar, que dentro da concepção sistêmica, eleita como vertente teórica para este trabalho, todos os sistemas envolvidos no processo educacional – aluno, família, escola, especialistas – são co-responsáveis e se influenciam mutuamente. Entretanto, sabedora da impossibilidade de abranger todos esses aspectos num único trabalho, optei por dar ênfase aos aspectos familiares. Podemos então passar a discorrer sobre as interações familiares, entendidas, como já mencionei, através do modelo sistêmico.
* Ensinagem = Termo utilizado pela autora, sem valor semântico, que se refere à forma como se processa o ensino, por parte dos mestres.
1.2. - A abordagem sistêmica e as relações familiares
Tão importante quanto ter um modelo é perceber que ele não passa de uma metáfora. Assim, quando pensamos em Modelo Sistêmico e Família como Sistema isto é apenas uma maneira de pensar, que nos ajuda a entender o funcionamento de um grupo.
Segundo Sluzki (1985), ter um modelo é poder se utilizar de um instrumento que auxilia a simplificação e a ordenação de uma realidade complexa, permitindo definições operacionais, lógicas e pragmáticas. É com esse caráter que utilizo o modelo sistêmico, aplicado às relações familiares, para desenvolver a pesquisa, sem esquecer que se trata de uma maneira de pensar, um ponto de vista. O modelo sistêmico postula que qualquer organismo é um sistema, uma ordem dinâmica de partes e processos em mútua interação. Essa interação é simultânea e mutuamente interdependente entre componentes múltiplos.
Segundo Paccola(1995),
“A concepção Sistêmica é vista como uma nova visão da realidade que se baseia no estado de inter-relação e interdependência de todos os fenômenos físicos, biológicos, psicológicos, sociais e culturais, transcendendo as atuais fronteiras das disciplinas e conceitos, configurando uma estrutura inter-relacionada de múltiplos níveis de realidade, gerando uma mudança de filosofia e transformação de cultura”.(pag. 15)
O modelo sistêmico, baseado na Teoria Geral dos Sistemas e por mim eleito para trabalhar no atendimento terapêutico Familiar, postula a crença que o sujeito está inserido no mundo das relações e, que ao mesmo tempo influencia e é influenciado por elas. Esse modelo propõe, que todas as redes sociais envolvidas numa situação (no caso, a criança com Dificuldade de Aprendizagem) são co-responsáveis tanto pelos recursos a serem utilizados, quanto pelos impasses que surgem ao longo do caminho. Trata-se de construir junto – paciente, família, escola, terapeutas – uma experiência compartilhada, através da busca de alternativas de intervenção para essa realidade.
Trabalhar com o foco sistêmico é segundo Groisman (1996) “rastear todo o relacionamento daquela família nuclear que vem com o paciente referido, indo às origens onde estariam o nó gerador do conflito”.(pag.59) A colocação do indivíduo no espaço familiar, dentro de uma perspectiva geracional (vertical) e dentro de um contexto atual ( horizontal), permite a formação de um quadro mais amplo para o entendimento das Dificuldades de Aprendizagem.
Ainda no modelo sistêmico, segundo Kerr (in Groisman, 1996), a atividade do sintoma - aqui entendido como Dificuldade de Aprendizagem - não pode ser explicada somente por um processo individual, mas por um processo que transcende a pessoa do paciente e que, portanto, deve incluir a rede social que o abriga : pais, família extensiva, escola, comunidade.
A Dificuldade de Aprendizagem, ao expressar-se em um dos membros do sistema, que se oferece como canal escoador, representa dialeticamente a tentativa de manutenção daquele equilíbrio organizacional. Segundo Hoffman, (in Groisman, 1996), “a patologia surge quando se instala uma situação de duplo vínculo numa etapa de necessária transformação familiar. Assim, o sintoma expressaria ao mesmo tempo a necessidade de mudar e a proibição em fazê-lo.”(pag. 128)
Quando pensamos em uma Família como um sistema, não podemos deixar de considerar que a Família é um sistema de vínculos afetivos (Montoro, 1998), pois, nossos processos de humanização, dão-se através das relações emocionais que são desenvolvidas entre os membros da família nuclear, e que vão permitir ou não, que essa aprendizagem ocorra satisfatoriamente.
Segundo Cerveny ( 1994), “pensando nas relações do grupo familiar, segundo a teoria dos sistemas, podemos dizer que neste, o comportamento de cada um dos membros é interdependente do comportamento dos outros. O grupo familiar pode então, ser visto como um conjunto que funciona como uma totalidade e no qual as particularidades dos membros não bastam para explicar o comportamento de todos. Assim a análise de uma família não é a soma das análises de seus membros”.(pag. 24)
Desde bem cedo, é colocado para a criança que se espera que ela seja bem sucedida. Desde a pré – escola os pais se inquietam com as performances intelectuais de seus filhos e suas possibilidades de sucesso. Quando o sujeito não corresponde a este panorama para ele imposto, aparece o chamado sintoma. O traço do sintoma tem significações múltiplas e para ser bem compreendido deve ser avaliado sistemicamente, isto é, considerando-se o contexto mais amplo no qual está inserido e sua forma relacional de se expressar.
Sintoma pode ser definido como uma mensagem que emerge em determinada circunstância e que tem uma função para aquele sistema. Em busca da homeostase, o sintoma na família adquire um significado de funcionalidade onde, segundo Alicia Fernandez (1990), a impossibilidade de simbolizar é que opera na sua base. O sintoma ocorre com freqüência nas tentativas que o sistema familiar faz ao tentar dar conta do seu ciclo evolutivo. O sintoma pode ainda, segundo Castilho ( 1994), ser interpretado como uma metáfora da instabilidade, da fragilidade do sistema.
Ao avaliarmos como a família lida com o sintoma, que se apresenta, podemos observar como é feita sua organização interna, como o grupo se estrutura num momento de stress e sobretudo, como se pode auxilia-los a destrancar o sistema e permitir o movimento. À medida em que funciona como um sistema, a família supõe um movimento constante; quando este cessa e começa a haver um padrão rígido, com papéis e expectativas pré-determinados, a situação torna-se patológica. Andolfi, Angelo e Nico-Corigliano (1989), observam que, neste caso, as relações tornam-se estéreis, não permitindo o desenvolvimento e a diferenciação de cada membro.
Procurar compreender o sintoma é, antes de tudo, tentar explicitar os significados que ele tem para a família e, mais ainda, buscar as relações vinculares, os mitos, segredos e lealdades que muitas vezes então engajados no processo, dando-lhe sustentação. O portador do sintoma, ou o Paciente Identificado(conforme já foi definido anteriormente), está na maioria das vezes situado numa família onde seu discurso não encontra um sentido. A ele, cabe a função de carregar o peso da história do grupo. Essa função pode ser demasiado difícil e ele não conseguir dar conta.
No trabalho com as famílias, deparamo-nos então, com algumas questões:
• o que a família aprende?;
• como ela se relaciona com o saber?;
• como a família lida com as dificuldades que surgem no aprender? E, sobretudo,
• porque não aprender é significativo para este grupo, em particular?
Na maioria das vezes, o sujeito é levado a cumprir mandatos, tarefas e responder a lealdades impostas pelo meio familiar. Pode também, tentar rebelar-se contra eles, mas sempre terá como referencial o modelo da família de origem. Comparações e identificações também fazem parte do processo de aprendizagem. É preciso corresponder a padrões impostos, onde as limitações, dificuldades ou mesmo preferências individuais, muito pouco, ou quase nada, são levadas em conta na hora das cobranças familiares. Por isso, quando se atende uma família, faz-se mister uma avaliação de alguns tópicos importantes para que possamos observar o processo de um plano mais amplo.
Começamos por identificar :
1.2.1.Estrutura Familiar
Qual a composição da família( número de elementos), organização fraterna ( a ordem, o sexo, as idades), quais as pessoas significativas para o grupo, que convivem ou não na mesma casa.
1.2.2. Possibilidade de Diferenciação e Formação de Identidade:
“Se escolhêssemos reduzir a problemática humana a uma só palavra, esta seria separação”, diz Groisman (opus cit.). “Pois o ser humano é gerado em uma união, gestado em união, mas para ser reconhecido em sua existência precisa separar-se”. (pag. 149) Eu ousaria dizer, que mais que separação, estamos falando de identidade, que só pode ser conseguida através do movimento de pertencimento e separação.
A necessidade de pertencer, de se sentir incluído num grupo, é uma necessidade básica do ser humano. Minuchin(1993) diz que a família é o contexto natural para crescer e receber auxílio, ela cumpre o seu papel de garantir a pertença e ao mesmo tempo, promove a individualização do sujeito. Aprender faz parte dessa individuação e requer que possamos nos separar, pelo menos em parte, dos nossos pais e construir um saber próprio. Este, ao mesmo tempo que nos dá pertencimento, pois o compartilhamos com outros membros do grupo, demanda de nós um certo grau de autonomia e individualidade, que por sua vez, nos permitem elaborar nossa própria identidade.
Segundo Groisman (1996), “a pouca diferenciação entre os membros da família leva a uma confusão de papéis que provoca perturbações na estrutura hierárquica da família, com inversões nas quais os filhos tornam-se pais e os pais tornam-se filhos, ou são todos irmãos, sem haver uma divisão nítida de papéis. A família nuclear não se separara o suficiente das respectivas famílias de origem e não estabelecem, o que Minuchin chama de fronteiras geracionais.” (pag. 127)
O estudo dos processos de diferenciação do self parte do pressuposto de que a família é “um sistema ativo em transformação constante, um organismo complexo que se modifica no transcurso do tempo a fim de garantir a continuidade e o crescimento psicossocial de seus membros”. (Miermont e cols, 1994, pag. 190)
Numerosos autores têm-se preocupado com o estudo da diferenciação do self, considerando-o como uma das mais importantes funções adquiridas no contexto familiar. (Winnicott, 1960, Bowen, 1978, Whitaker, 1953, entre outros). Para Bowen, (1978), a impregnação da família é tão determinante que o grau de autonomia individual pode ser avaliado no decorrer da infância e se baseia no grau de diferenciação dos pais e no clima emocional que prevalece na família de origem.
“O conceito de self caracteriza as pessoas segundo o grau de fusão ou de diferenciação de seu funcionamento emotivo, bem como seu funcionamento intelectual. Aqueles que tem o maior grau de fusão são os que apresentam as dificuldades mais severas” ( Bowen, in Miermont e cols., 1994, pag. 190). Para descrever aqueles vínculos afetivos extremamente limitantes, Bowen utilizou o termo massa indiferenciada do ego familiar.(idem)
1.2.3. Adaptação ao Ciclo Vital
A família é um sistema que se move através do tempo. Ela compreende todo um sistema emocional, de pelo menos três ( ou quatro, segundo alguns autores) gerações em seu percurso pelo Ciclo da Vida. Abrange os relacionamentos em vários estágios, os eventos relacionados à evolução natural do grupo, mostrando como a família reage a eles, como cada membro enfrenta essas mudanças, quais os eventos externos e internos, ao grupo, que têm alguma significação.
Na óptica sistêmica, observamos que o grupo familiar desloca-se através do seu Ciclo Vital segundo padrões relacionais, que influenciam diretamente na relação com a aprendizagem e nas expectativas que o grupo familiar deposita nos membros mais novos. As crises, os grandes momentos da vida do grupo ( casamentos, nascimentos, mortes, adolescência, etc..) marcam especialmente o caminhar do sujeito por estes estágios, paralisando-o ou oferecendo condições para que ele atravesse este processo, como algo natural e saudável.
O significado que a família atribui ao tempo e às transformações está intimamente ligado à possibilidade de se adquirir novos conhecimentos, diferenciar-se do grupo de origem, através do saber e adquirir assim uma idemtidade própria. Por isso, atribuímos grande importância à forma como a família permite que seus membros enfrentem as mudanças, ao longo do tempo.
Atualmente, existem muitas evidências que os estresses familiares, que costumam ocorrer nos pontos de transição do ciclo de vida, freqüentemente criam situações favoráveis ao aparecimento de algum sintoma.(Carter, 1989). Na visão de Carter (opus cit.), com a chegada da adolescência, um novo Ciclo Vital se inaugura na família, trazendo consigo uma possibilidade de crise evolutiva ou de um momento de paralisação, que se encarregará de permitir que o sistema não evolua no tempo.
Ainda segundo Carter, quando os filhos atingem a adolescência a tarefa é a de preparar a família para uma mudança qualitativa nos relacionamentos entre as gerações. Durante esse período é provável que se desenvolvam triângulos envolvendo os adolescentes, seus iguais, pais e mesmo avós. Nas famílias com crianças disfuncionais existe uma tendência a um superinvestimento da família nuclear nos relacionamentos com a criança, que impede o envolvimento em relacionamentos fora da família. O foco na criança é um processo que parece compartimentalizar a tensão familiar, canalizando-a para um só sujeito, que detém o papel de paciente no processo.
O fracasso do jovem em avançar de forma bem sucedida através dos marcos desenvolvimentais psicológicos e intelectuais, intensifica o processo patológico familiar e encoraja o rótulo de problema. Os pais geralmente investem intensamente nesse jovem e, na maioria das vezes, não demonstram nenhuma preocupação com a participação familiar na manutenção do sintoma. O jovem, preso nesse processo, tem alguns lucros, embora ele e todos os membros da família, fiquem impedidos de se desenvolverem, tanto dentro, quanto fora do núcleo familiar.
Como afirma Groisman(opus cit.): “Embora a família não possa mudar seu passado, mudanças no presente e no futuro, podem ocorrer em relação àquele passado. As famílias precisam estar em movimento, encarando o passado como referencia histórica e não como luta para recuperá-lo” (pag. 148).Como mencionou um paciente ( Kehl, 1996): “Nunca é tarde para se ter uma infância feliz. !” (pag. 198)
1.2.4. Lealdades, Alianças e Coalizões
A coalizão é uma propriedade fundamental das tríades. Consiste na aliança de duas pessoas, contra uma terceira. As alianças baseiam-se no estabelecimento de um acordo entre os membros da tríade, enquanto o terceiro encontra-se colocado em situação de desacordo. Uma díade manifestará sempre a tendência a buscar um terceiro que a triangule, para assim constituir uma tríade, a qual terá a tendência a dividir e formar uma aliança de dois de seus elementos contra o terceiro.
Ao ser concebida, a criança já é depositária de uma série de expectativas tanto do casal, quanto das famílias de origem dos pais. “Quando um indivíduo nasce, ele não vem ao mundo como uma tela em branco, mas sim, inserido numa história familiar que compreende várias gerações e recebe uma série de missões e projeções dos pais, avós e família extensiva”(Bowen, in Groisman, 1996).(pag. 29)
O conceito de missão está ligado aos conceitos de legado e lealdade desenvolvidos por Boszormenyi - Nagy (1983), que evidenciam o quão forte e poderosa pode ser a expectativa destinada à criança.
Crescer contrariando essas expectativas pode ser perigoso ou ameaçador para algumas famílias. Daí a necessidade de manter-se leal ao sistema. Isso significa compartilhar os princípios e definições simbólicas do grupo, onde espera-se que cada membro não ponha em risco o equilíbrio do sistema, por ter acesso ao proibido. Dentro dessa perspectiva, o crescimento e o amadurecimento de qualquer membro implica em certo grau de perdas pessoais e desequilíbrio relacional.
Segundo Boszormenyi - Nagy (1983), a real natureza da lealdade reside na trama invisível de expectativas grupais, mais que nas leis manifestas. A experiência em terapia familiar demonstra que o enfoque principal do tratamento relacional consiste na ampliação e na escalada da participação do terapeuta, que deve trabalhar com todos os membros da família, numa rede de relações.
Toda criança precisa ter o consentimento dos pais, ainda que inconsciente, para crescer. Segundo Bion (1994), o grupo familiar exerce um controle mútuo para impedir que qualquer membro faça contribuições diferentes daquelas ditadas pelas regras da família.
O objetivo desse controle é tentar fugir das situações de frustração, ansiedade e conflito que podem surgir quando um membro põe em desequilíbrio a relação familiar. Assim, as regras de lealdade servem ao grupo para poupá-los de situações estressantes e geradoras de conflito. Com isso, pode-se observar que quanto maior a rigidez com que a lealdade se impõe a um indivíduo, mais dano ela causará.
É importante ainda perceber, segundo Boszormeny- Nagy (1983), que a natureza dos balanços de obrigações é intrinsecamente dialética, porquanto o fato de dar mais pode ser o caminho para receber mais. Na família o compromisso de lealdade está ligado à necessidade de manter o grupo como tal, garantindo, assim, a homeostase do sistema.
Citando este autor,“uma criança pode desistir da escola porque aceita uma responsabilidade emocional, encarregando-se do cuidado de algum membro da família. Isso se produz, em resposta a depressão da mãe e da falta de disponibilidade emocional do pai, que de maneira inconsciente, ratifica a necessidade que tem a esposa, que seu filho a cuide.” (pag. 189)
1.2.5. Padrões de Repetição
Segundo Cerveny (1997), “seria possível afirmar categoricamente que toda família transmite o seu modelo, mesmo aquelas que cuidam para não o fazer”. (pag.33 ) Ela afirma que, não só os pais, mas todo o sistema familiar, estando aí incluídas as gerações passadas, servem como modelo para a transmissão de padrões comportamentais, que vão se repetir, podendo até pular alguma geração, mas sendo encontrados nas subsequentes.
Os padrões de repetição determinam a formação e/ou rompimento de vínculos afetivos, influenciando sobremaneira no funcionamento e na hierarquia familiar. Este procedimento pode também ser observado com relação à aprendizagem, pois o grupo familiar passa seu modelo e as gerações mais novas podem “aprender a aprender”.
Toda criança, em idade escolar, sabe que precisa ter sucesso nos estudos. Isso é exigido por seus pais, familiares, colegas, professores, pela sociedade como um todo. O sucesso opõe-se ao fracasso, e este implica num juízo de valor, num julgamento que deve corresponder a um ideal.
Esse ideal normalmente é ditado por valores familiares que são transmitidos de geração em geração. Há famílias de engenheiros, em que espera que o filho mais velho também o seja. Há famílias de advogados, de médicos ou de negociantes, onde o destino da criança já está selado, nem bem ela nasceu. Segundo Bowen (1978), as famílias repetem-se a si mesmas e o que sucedeu numa geração tenderá a aparecer nas gerações subsequentes, mesmo que de forma diferente.
Cerveny (1997) afirma que percebeu em seu trabalho prático “que as gerações anteriores oferecem modelos de padrões subsequentes, não só ao nível da fusão/diferenciação e triangulação, mas também por meio da comunicação, dos mitos, das regras, da hierarquia, das seqüências, da afetividade”. (pag. 50)
Com relação ao conhecimento, podemos observar estes fatores presentes quando se trata de repetir a relação com o saber, imposta pelos membros das gerações anteriores, determinando escolhas, impondo decisões sobre a carreira e mesmo levando o sujeito a seguir caminhos profissionais, que às vezes nada tem a ver com suas possibilidades ou desejos.
1.2.6. Padrão de Aprendizagem Familiar
Alícia Fernandez (1990), observou que cada família tem uma modalidade de aprendizagem , que seria a maneira pela qual cada grupo familiar se aproxima (ou se afasta ) do saber. Esta modalidade seria passada de pai para filho, determinando assim, como as gerações mais novas vão se relacionar com o conhecimento. A modalidade de aprendizagem faz parte da história pessoal de cada sujeito, mas é na família, que ela vai se constituir, obedecendo à dinâmica imposta pelo grupo. “A modalidade opera como uma matriz que está em permanente reconstrução e sobre a qual vão se incluindo as novas aprendizagens.” (pag.116)
A história, os mitos, as lealdades, os mandatos e os temas da família, interagindo no ciclo vital desse sistema determinam padrões de funcionamento que vão dar origem à Modalidade de Aprendizagem Familiar. Quanto mais rígidos forem esses padrões, quanto mais cobrarem lealdade, mais chances de se estabelecer uma modalidade sintomática de aprendizagem em algum membro do grupo.
Como Maud Mannoni(1981), muito adequadamente colocou, os pais inconscientemente deixam a seu filho a carga de refazer a sua história, mas refazê-la de tal maneira, que nada deva ser mudado. O paradoxo em que a criança está presa produz logo efeitos violentos, onde raramente há oportunidade de que ela se realize em seu próprio nome.
Penso que, no tocante ao modelo de aprendizagem, podemos considera-la como transmissível através das gerações. Assim como os valores ( éticos, morais, culturais), o legado referente ao relacionamento com o saber vem inscrito na história familiar e será sempre um fator determinante para a aprendizagem ( ou não ) dos seus membros. Podemos pensar em processos que nos remetem à formação de modelos e identidade, numa visão psicanalítica, onde as primeiras experiências emocionais vivenciadas nas relações com os pais ( inclusive as de aprendizagem) serão responsáveis pela formação da idemtidade do sujeito.
Podemos ainda, numa visão relacional sistêmica, considerar que, é a partir do surgimento da família como protagonista desta história de vida, que o ser humano vai construindo relações com o saber e com o conhecimento, em sincronia com o padrão familiar ao qual pertence.
Ao longo de seu Ciclo Vital, o ser humano traz dentro de si, muitas famílias : a da sua infância, a da sua adolescência, a da sua fase adulta, com filhos e netos, e em todas elas, os padrões de aprendizagem familiar é um de seus legados mais fortes. Ser bem sucedido, do ponto de vista intelectual (poder aprender e fazer uso do conhecimento, como uma apropriação legítima), está intimamente ligado à forma como o funcionamento dessas famílias internas e de suas ligações atuais permitem que o sujeito construa sua relação com a aprendizagem.
1.2.7. Funcionamento Familiar
No sistema familiar, a capacidade de proporcionar um continente seguro para o desenvolvimento intelectual está primariamente ligada à habilidade dos membros da família (em especial os pais) de separarem seus próprios conflitos relativos às realizações, das expectativas e conflitos dos filhos. Esta capacidade, evidemtemente, está intrinsecamente enraizada no grau de satisfação, ou pelo menos de resolução, nas questões intelectuais/profissionais que afetam os próprios pais.
A reatividade dos pais à realização dos filhos também pode relacionar-se à ordem de nascimento do filho (Toman, 1976), às realizações ou às dificuldades relativas encontradas pelos outros filhos, ou à clareza de seu próprio ajustamento em sua família de origem. Para os meninos, uma exigência maior na área intelectual, normalmente, advém de uma cobrança, quanto a ser bem sucedido, profissional e financeiramente. Para as meninas, especialmente para aquelas, cujas mães tradicionais não trabalham fora, existem uma ambivalência extrema e expectativas pessoais de serem capazes de conseguir “tudo”, nas áreas profissional, familiar e de relacionamento.
Ao pesquisar e construir junto com a família sua história em relação ao saber, podemos permitir que cada membro re-conte sua história, descrevendo os fatos à sua maneira, e sobretudo a significação destes para a vida do sujeito. Sua relação na estrutura familiar pode nos permitir resgatar um pouco da história do grupo, onde o sintoma passou a fazer sentido nesta família.
Os aspectos da família, que provêem um terreno fértil para o aparecimento da dificuldade de aprendizagem, relacionam-se com o tipo de circulação do conhecimento dentro do sistema familiar, com o significado que dão ao saber/não saber, com o tipo de manejo que utilizam para tratar das perdas e dos segredos e, sobretudo, com a dificuldade que seus membros apresentam em diferenciar-se e separar-se.
Nessas famílias é difícil aceitar que alguém pense de modo diverso; que é possível e até saudável, existirem pontos de vista divergentes sobre uma mesma experiência e ainda, que ser diferente não implica em ser desleal com o grupo.
1.2.8. Manejo dos Segredos
Às vezes, um segredo refere-se, não tanto, ao desconhecido, mas à impossibilidade de citar ou comentar um fato, a partir da impossibilidade de simbolizar esta situação. Segundo Fernandez(1990), “o sujeito, que deve guardar este segredo, pode construir um problema de aprendizagem”. (pag.101)
Em algumas circunstâncias, uma criança pode ter observado algo que era proibido, considerado como melhor não ver; logo a família pode lhe dizer que imaginou e não viu aquilo que viu. Isso se relaciona com o desmentido ( mecanismo estudado por Freud como específico das psicoses). Significa uma ruptura do eu: uma parte reconhece e aceita a realidade, enquanto que outra a desmente. É como se a criança dissesse: “Já que tenho que fazer que não sei o que os outros sabem, e fazem ver que não sabem, estendo esta atitude para todo o conhecimento e não posso aprender; transformo-me num oligotímico.”(idem, pag. 115)
Qualquer segredo pode ter vários significados, dentro de uma família. Os pais podem definir certo segredo como tendo um significado de proteção. Entretanto, para a criança, esse mesmo segredo pode carregar em si um significado de traição, pois distorce e mistifica os processos de comunicação. Assim, algumas crianças podem tornar-se “cega”, “surda”, “muda”, com relação às informações, e consequentemente mostrar-se inapta ao aprendizado sistematizado.
”A existência do segredo em si não é a causa da modalidade sintomática da aprendizagem. O sintoma em geral gera-se em uma situação que não permite reconhecer a existência do segredo”. Pois não há segredo de um só. O segredo age tanto na mente de quem comunica, quanto de quem recebe. “Em algumas famílias, ele funciona como elemento estrutural. Trata-se de informações vinculadas com a história do grupo ou aspectos particulares de um dos seus membros, que em geral são ocultados parcialmente.”(Fernandez, 1995) (pag.115)
Outro aspecto relevante diz respeito à dificuldade no estabelecimento da identidade, que fica comprometida quando o segredo impede, por exemplo, que uma criança adotada, venha a saber sua origem, de construir sua história de vida ou mesmo de ver um rosto semelhante ao seu, como resumiu um jovem: “ Algum dia, terei um bebê e então olharei para alguém com quem estou biologicamente relacionado”.
A criança ou jovem, percebe aquilo que lhe é omitido ou escondido pela família, e além da sua dificuldade real, acaba desenvolvendo ansiedades e medos que o torna mais incapacitado. O segredo, amparado pela capa de proteção, confere poder a quem o detém e coloca o paciente na delicada posição de não poder questionar algo que é feito “para seu próprio bem”.
1.2.9. Mitos Familiares
“O mito familiar pode ser definido como uma narrativa construída pela família, que contém leituras da realidade e que expressam convicções compartilhadas pelo grupo. Essa narrativa liga elementos dispersos como crenças, valores, tradições, transformando-se num conto organizado que serve como matriz de conhecimento. A partir desta matriz, cada membro pode construir sua identidade e ter uma leitura, classificação e interpretação de suas experiências. O mito familiar designa as posições de cada um dentro do grupo e fornece modelos de conduta, conferindo valor à existência. A narrativa – o Mito – sempre abrange a totalidade, nunca a especificidade e refere-se ao significado da existência, aos grandes temas da vida. O Mito é uma linha de vida”. (Casarin, Schabbel e Polity, in Cerveny, 1997)
Pode-se bem avaliar o peso que essa missão relacional desempenha em cada grupo, impondo escolhas profissionais, incumbências de ordem cognitiva e mesmo a forma como cada sujeito pode se aproximar ou se afastar do saber. É antes de tudo uma missão que não pode ser questionada. Os mitos familiares tentam a construção de uma realidade irreal, desejada para a continuação da história familiar. O mito paralisa o tempo e dá sentido ao vazio.
2 - O Desejo e a Demanda
Quando o bebê nasce, ele traz consigo tendências hereditárias, que incluem processos de maturação. Cada bebê possui uma organização em marcha, ligada ao seu impulso biológico para a vida, para o desenvolvimento e crescimento.
Entretanto, esse desenvolvimento depende para sua efetivação, de um ambiente satisfatório de “facilitação”, que deve se adaptar às necessidades constantes dos processos de maturação. A família, em especial a mãe, que reconhece a dependência da criança e adapta-se às suas necessidades, oferece o que Winnicott (1982) chama de “holding” para o bebê progredir no sentido de integração, do acúmulo de experiências, enfim do desenvolvimento.
O ambiente por si só não faz a criança crescer, porém ele é fator primordial, para ao ser “suficientemente bom” ( Winnicott, 1982), permitir o processo de maturação.
Cada grupo familiar introduz expectativas e valores sobre como o filho deve ser, como deve se comportar e passa, mesmo sem o saber, os sonhos sobre a vida profissional futura da criança. Desde seu nascimento, começam as profecias ( acho que ele será um grande economista, como o avô), os mandatos(somos uma família de advogados;), as comparações (ele deve se esforçar para tirar notas boas como o irmão), as lealdades ( meus pais são analfabetos, acho que também não preciso estudar muito) os segredos ( sempre achei melhor não lhe falar nada sobre a adoção). Todas estas situações marcam profundamente o desenvolvimento futuro da criança, impondo-lhe tarefas que estão em desarmonia com suas capacidades, aptidões ou mesmo desejos.
Compreender a imensa gama de interações que acontece dentro da família e que estas são frutos de modelos aprendidos, e passados pelas gerações mais velhas, possibilita-nos verificar quais os mecanismos que ligam esse grupo em particular com o modelo sintomático de aprendizagem, eleito pela família.
Para que uma criança aprenda é necessário que ela tenha o desejo de aprender. E que sobretudo o desejo dos pais a autorizem. Como diz Maud Mannoni, numa belíssima metáfora: “as crianças andam não só porque tem pernas, mas porque seus pais assim o permitem.” (Mannoni, 1981)
Bowby (1993) afirma que, a existência de uma criança com problema representa uma ruptura para os pais. As expectativas construídas em torno do filho normal tornam-se insustentáveis. Vistos como uma projeção dos pais, estes filhos representam a perda de sonhos e esperanças e a obrigatoriedade em lidar com as limitações e fazem com que muitos pais se sintam despreparados para a tarefa que devem assumir. Assim, pode surgir um padrão rígido de comportamento, onde o tempo não pode passar, dando lugar a mecanismos constantes e repetitivos, no intuito de manter o sistema homeostático e impedir que o grupo evolua de um estágio para outro.
Partindo-se do conceito, que a família age como uma unidade, de modo a estabelecer um equilíbrio e assim tentar mante-lo a qualquer custo, podemos observar padrões de comunicação que podem revelar o modo como se instala o sintoma e como, o membro “doente” tem sua função na manutenção desse equilíbrio.
Cabe destacar que, conforme Bion (in Souza, 1995) sustenta, existem fatores internos, como o ódio e a inveja próprios do bebê em relação à realidade e à continência materna, que também podem interferir na capacidade do sujeito de desenvolver um aparelho de pensar pensamentos adequados. Ressaltando assim a participação do indivíduo na constituição de sua capacidade de aprendizagem.
A relação da criança com a família é marcada por uma característica de dependência relacional, isto é definem-se reciprocamente. Esta posição é similar à de Sartre ( in Cerveny, 1994) que afirma que somos aquilo que fazemos com o que fizeram conosco.
Parafraseando Kusnetzoff(1982) podemos afirmar que o sujeito nasce com as possibilidades de “ser”, mas que só se concretizará quando entrar em contato e interagir com um semelhante. Fica pois claro, que a herança herdada (seja ela biológica ou psíquica), será condição necessária, mas não suficiente para o processo de aquisição do psiquismo, ou seja de um aparelho capaz de produzir pensamentos e pensar sobre eles. E portanto de aprender.
Nas palavras de Groisman (1996), “se olharmos o indivíduo e sua família no aqui e agora, de uma forma circular, tornar-se-á mais fácil o entendimento de que um paciente referido não é uma vítima de seus pais ou do sistema. Existem lucros e prejuízos de ambos os lados. Não há a menor dúvida que existe (...) um processo de projeção geracional dos pais, no sentido de que os filhos cumpram expectativas não realizadas por eles em relação aos seus respectivos pais. Este processo torna todas as partes ( pais, filhos, avós) reféns da mesma cadeia geracional; um vai tentar cumprir o que o outro não cumpriu ( e que esperavam que ele cumprisse) e que agora ele espera que o seu descendente cumpra”. ( pag. 31) [grifos meus]
Espero desta forma, ter explicitado que considero importante a parte que o indivíduo traz consigo como sua carga pessoal, mas, o que fará com que o ser humano se constitua como tal é a condição dele se relacionar com outro ser humano. Daí meu interesse estar voltado para as relações familiares e o produto que advém desta interação.
Minha proposta neste trabalho foi refletir sobre os diversos aspectos envolvidos na condição da Dificuldade de Aprendizagem e ressaltar que, embora a Dificuldade de Aprendizagem possa ser uma condição ligada a múltiplos fatores internos do sujeito, ela está sobremaneira sustentada pelo meio familiar – escolar – social – no qual o sujeito está inserido e, ainda, que a forma como esses diferentes sistemas, em especial a família, lidam com essa condição, terá um papel decisivo na condução e na evolução do caso.
3. Considerações finais
É importante perceber que existe um processo de luto subjacente, quando do nascimento e/ou desenvolvimento de uma criança disfuncional, seja ela física, emocional ou intelectual; ou ainda a combinação de todos esses aspectos. Processo esse que nem sempre é bem elaborado pela família, agravando o quadro já existente. A criança vem inscrita no desejo materno, afirma a psicanálise, e os pais que se vêem às voltas com a frustração de ter um filho diferente tendem a estabelecer vínculos patológicos com essa criança.
Algumas vezes, na tentativa de superproteje-la, encobrem sua raiva e frustração, outras, colocam-na num plano de menos valia, determinando para ela, através de mitos, mandatos, lealdades, uma incompetência que está muito longe de corresponder à realidade e com isso, a mantém eternamente infantilizada, sem autorização para desenvolver o potencial que apresenta. Existe ainda aqueles que colocam expectativas inatingíveis, tendo em vista as dificuldades da criança.
Paul Watziawick coloca muito bem esse mecanismo, quando descreve “as profecias que se auto-cumprem”, que segundo ele “são vaticínios que se convertem em realidade, somente por terem sido profetizados, e dessa forma confirmam sua própria exatidão.” (Watziawick, 1994) . Assim agem alguns pais, para garantir que seu filho jamais irá crescer e se desenvolver, reassegurando a inflexibilidade do sistema e a paralisação do Ciclo Vital familiar.
Na minha experiência, o que mais percebo são aqueles pais, que não consideram a relação vincular como decisiva para o processo de cura, tentando colocar sempre no “outro” a causa do problema e não se permitindo enxergar a possibilidade de progresso da Família, enquanto Sistema. Como diz Sara Pain, “o absolutismo parental transforma o transitório em definitivo, pois raramente a expectativa de cura está colocada na modificação do vínculo”.
O que se constata é que não é suficiente ter capacidade intelectual para bem aprender. É necessário também que se acompanhe uma estrutura de personalidade razoavelmente madura do ponto de vista emocional, construída sob a égide de uma relação familiar saudável.
Observou-se, em muitos casos, a estreita relação entre Dificuldade de Aprendizagem e o funcionamento do Sistema Familiar, que foi decisivo para o seu aparecimento e/ou manutenção. O estudo da família, e sua importância na estruturação do sintoma em seus membros, tem sido destacado pela intrincada série de relações intersubjetivas, que estruturam uma rede de fantasias e de significados, que só podem ser corretamente avaliados se forem incluídos em uma visão sistêmica familiar.
Pensando sobre Dificuldade de Aprendizagem e sua relação com o funcionamento familiar, observa-se que muitas vezes, a compreensão dessas relações não torna as crianças mais inteligentes, mas permite que elas utilizem melhor seu potencial !
Nota: Esse trabalho é um resumo de minha dissertação de mestrado que envolveu a pesquisa e o acompanhamento de cinco alunos/pacientes e suas respectivas famílias, durante o período de dois anos.
BIBLIOGRAFIA
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BOWBY, John, trilogia: Apego, Perda e Separação, São Paulo, Editora Martins Fontes, 1993
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WATZLAWICK, Paul, org., A Realidade Inventada, Psy Editorial, São Paulo, 1994
WHITAKER & BUMBERRY, Carl, Dançando com a Família, Ed. Artes Médicas, Porto Alegre, 1990
Elizabeth Polity - Psicopedagoga, terapeuta familiar, Mestre em educação, doutoranda em
psicologia. Diretora do Colégio Winnicott. Diretora da ABPp e da APTF
1. Introdução
Ao se pretender escrever um trabalho sobre alunos com Dificuldade de Aprendizagem e sua relação com a Família, além de comunicar as idéias e alguma experiência clínica, há um outro fator implicado: a possibilidade ou não, de se tolerar as dúvidas, os questionamentos, e a falta de respostas conclusivas que se é obrigado a encarar. É um movimento psíquico acompanhado de medo e ansiedade que podem estimular o desenvolvimento mental ou limitar sua realização.
Sendo a Psicopedagogia e a Terapia Familiar Sistêmica os dois campos em que atuo profissionalmente, achei interessante refletir sobre a relação da Dificuldade de Aprendizagem com o grupo familiar, na qual o sujeito com esta problemática, está inserido, à luz dessa base teórica. Minha atividade prática, trabalhando em um estabelecimento que atende alunos com Dificuldade de Aprendizagem, mostrou-me que é perfeitamente possível e pertinente entrelaçar os campos da Psicopedagogia e da Terapia Familiar, pois um amplia e complementa o outro.
A Psicopedagogia pesquisa, estuda e analisa as questões relacionadas ao processo de aprendizagem e ao tratamento de seus problemas. Preocupa-se com as relações ensinante-aprendente, com a forma como se ministra conteúdos escolares, com processos de desenvolvimento cognitivo/emocional da criança, aquisição da linguagem, entre outros. A Terapia Familiar Sistêmica, por sua vez, procura re-significar as questões do grupo familiar, dentro de uma concepção de sistemas, enfatizando os processos relacionais, e entre eles, como o grupo familiar lida com a aprendizagem. .
Sabe-se que nunca há uma causa única para o fracasso escolar, mas sim uma conjunção de fatores que interagem, uns com os outros, que imobilizam o desenvolvimento do sujeito e do sistema familiar, num determinado momento.
Algumas famílias manifestam sua decepção, sua desaprovação, sua própria cólera em vista dos maus resultados escolares de seus filhos. Outros pais podem apresentar total indiferença, completa ausência de interesse pelas dificuldades da criança. Entretanto, o que se apresenta em comum a essas duas atitudes opostas é que ambas afetam o sujeito em sua totalidade, impedindo que ele cresça de forma natural e satisfatória, bem como afeta às suas famílias.
No trabalho, parto da hipótese de que crianças e jovens com Dificuldade de Aprendizagem podem ser beneficiados com uma intervenção familiar, que lhes permita sair da posição de portador do sintoma (Paciente Identificado) do grupo, para a construção de uma nova relação com o saber.
Tenho ainda, como hipótese, que seja qual for a etiologia da Dificuldade de Aprendizagem (neurológica, emocional, cognitiva ou genética) o grupo familiar é um fator decisivo para a condução e/ou resolução desta situação.
1.1. - As definições oficiais
A origem da categoria das dificuldades de aprendizagem, como hoje é conhecida, desenvolveu-se a partir do conceito de “criança com lesão cerebral”, formulada por Alfred Strauss (neropsiquiatra) e Heinz Werner ( psicólogo especializado em psicologia comparada e do desenvolvimento), quando trabalharam juntos, por aproximadamente treze anos, numa instituição do Michigan, conhecida por Wayne County Training School.
Eles tentaram estabelecer diferenças entre crianças com retardo mental endógeno (genéticos, na maioria ), e exógenos ( com lesões cerebrais, na maior parte). Perceberam que, a maioria das crianças que apresentavam dificuldade na aprendizagem, apresentavam sintomas comportamentais característicos de crianças com lesão cerebral mínima (conhecido como síndrome de Strauss) e que incluíam os seguintes componentes: distúrbios perceptuais, perseveração, dispersividade, distúrbios conceituais e do pensamento, distúrbios motores – em especial hiperatividade e desajeitamento. Mais tarde, esses componentes foram ampliados, subdivididos e tornados mais específicos, mas até hoje, constituem o núcleo das principais características comportamentais de crianças com dificuldades de aprendizagem.
Desde 1940, educadores, psicólogos, psiquiatras e neurologistas reconhecem que existe um grupo de crianças, com inteligência normal ou acima da média, que não obtém sucesso nos estudos em decorrência de deficiências neurogênicas de aprendizagem. Muitas delas tem sido consideradas como portadoras de lesão cerebral mínima. Entretanto, em paralelo a essa visão organicista, tem sido reconhecido um conjunto de termos comportamentais, que têm sido usados para identificar a dificuldade dessas crianças.
A dislexia ( prejuízo na capacidade de leitura), a disgrafia ( dificuldade de expressar idéias por escrito) e a deficiência perceptual (dificuldades na diferenciação figura-fundo, inversão de letras e algarismos, reconhecimento precário de formas) são consideradas síndromes comportamentais associadas a à disfunção cerebral. Mas não existindo provas contundentes dessa correlação, aceita-se a idéia que estas crianças são portadoras de dificuldades de aprendizagem, ao invés de portadoras de lesão cerebral. Segundo Hobbs (1975), “há uma tendência crescente a divorciar a expressão dificuldade de aprendizagem da disfunção cerebral mínima, e defini-la inteiramente em termos comportamentais e educacionais.” (pag.76)
Na década de 1960, a expressão distúrbios de aprendizagem competia com dificuldade de aprendizagem. Esta última começou a aparecer com regularidade, em grande parte como substituta para designar crianças portadoras de lesão cerebral mínima. Dentre poucos anos, profissionais do campo da educação e da psicologia passaram a utiliza-la com freqüência, não estando associada necessariamente a um distúrbio neurológico.
Algumas associações foram criadas, com o objetivo de reunir profissionais para estudar e dar apoio às crianças, e suas famílias, com essas características. Nos Estados Unidos , no ano de 1965, surge a Associação Nacional para Crianças com Dificuldade de Aprendizagem. Em seguida, outras foram aparecendo e na década de 1970, multiplica-se a literatura sobre o assunto.
Veremos agora, outras formas de definir Dificuldade de Aprendizagem. A definição desenvolvida pelo Natinonal Joint Comittee on Learning Disabilities – (NJCLD) – EUA, 1997. (Comitê Nacional de Dificuldades de Aprendizagem ) é a seguinte:
“Dificuldade de Aprendizagem é um termo genérico que se refere a um grupo heterogêneo de desordens, manifestadas por dificuldade na aquisição e no uso da audição, fala, leitura, escrita, raciocínio ou habilidades matemáticas. Estas desordens são intrínsecas ao sujeito, presumidamente, devido a uma disfunção no sistema nervoso central, podendo ocorrer apenas por um período na vida .
Problemas de controle de comportamento, percepção social e interação social podem existir junto com as dificuldades de aprendizagem, mas elas não constituem por si só uma desordem de aprendizagem.
Embora dificuldades de aprendizagem possam ocorrer concomitantemente a outras condições desfavoráveis ( retardo mental, séria desordem emocional, problemas sensórios - motores ) ou influencias externas ( como diferenças culturais, instrução insuficiente ou inapropriada) elas não são o resultado dessas influencias ou condições”.
No Brasil, a *CID-10 (OMS, 1998) traz uma referência a “Transtornos específicos do desenvolvimento das habilidades escolares” ( F81.0/2/3/8 ) definindo-os como: ”perturbações que interferem significativamente nas realizações escolares ou nas atividades da vida diária [ ...] nos quais ambas as habilidades, aritméticas e de leitura ou do soletrar, estão significativamente comprometidas, mas na qual o transtorno não é explicável apenas em termos de retardo mental ou aprendizagem inadequada.”(pag.163)
Na categoria F81.9, do CID 10 encontramos: “transtornos inespecíficos nos quais há uma incapacidade significativa de aprendizagem que não pode ser explicada apenas por retardo mental, problemas de acuidade visual ou escolaridade inadequada”. (pag. 164) Existe ainda o critério F839(idem) – Transtornos mistos do desenvolvimento – que são classificados como uma “mistura de transtornos específicos do desenvolvimento da fala da linguagem, das habilidades escolares ou da função motora, mas no qual nenhum predomina suficientemente para constituir o diagnóstico principal”. (pag. 164)
Essas definições tornam patente a diversidade de manifestações e etiologias da Dificuldades de Aprendizagem, que exigem assim, diferentes olhares e procedimentos.
As Dificuldades de Aprendizagem, de origem orgânica, podem ser bastante definidas e claras, levando-nos a supor que a área emocional e o ambiente familiar tiveram pouca ou nenhuma participação no seu aparecimento e determinação. Seria o caso dos distúrbios de ordem neurológica ou metabólica, que implicam numa perda da capacidade de aprendizagem. Boa parte dos problemas, com os quais esbarramos nesta área - lentidão de raciocínio, falta de atenção, desinteresse, entre outros – encontram suas origens na biologia e sobretudo, na biologia exposta ao meio ambiente.
Mas, mesmo as teorias mais organicistas, baseadas na neuropsicologia, como afirma Ratey (1997), admitem que os distúrbios mentais, mesmo brandos, podem se tornar muito piores em respostas a um ambiente cheio de ruídos, a uma família ruidosa (aqui entendida como um sistema onde a comunicação é difícil ou mesmo impossível, devido a padrões disfuncionais do grupo).
O nível de funcionamento dos pais sempre altera o problema – com base biológica ou não – do filho. A criança hiperativa tornar-se-á mais hiperativa, a deprimida mais deprimida, a autista mais autista, quando a família funciona desta forma. São o que poderíamos denominar de famílias com funcionamento isomorfos.
Este autor considera, que não é difícil observar como pode atuar o sintoma na família, perturbando o sistema mais amplo. Ele entretanto afirma, que realmente existem crianças difíceis, diante das quais, pais com pouco preparo para lidar com elas submetem-se a situações muito estressantes agravando sobremaneira o problema.
Ao avaliar as Dificuldades de Aprendizagem, dentro do contexto familiar, não estaremos responsabilizando o grupo pela química cerebral, mas tentando entender como as situações serão encaradas e administradas. Parafraseando Ratey(opus cit.), se nascemos com algum alelo ( referindo-se ao gene que pode gerar um distúrbio cerebral) vamos acabar caindo em algum lugar do espectro deste problema ( do mais grave ao mais brando). Mas, a forma de desenvolvimento de nossos problemas – se seremos atentos, hiperativos, com dificuldades específicas de aprendizagem – talvez seja determinada pela vida.
Uma criança que tem dificuldade em prestar atenção nos estudos, pode ter “uma química cerebral ruim” . Mas, como adverte Begley (1998), essa química pode ser o resultado de um mau relacionamento com os pais, expectativas excessivas da família, ou um sintoma para encobrir distúrbios no funcionamento familiar. Segundo este autor, a nossa experiência molda o nosso cérebro, mesmo, no que se refere a traços básicos, como atenção, comportamento, disposição para aprender, entre outros.
Uma Dificuldade de Aprendizagem não significa necessariamente uma deficiência mental ou orgânica. Indica outrossim, uma condição específica, onde existem aspectos que precisam ser trabalhados para se obter melhor rendimento intelectual.
Audrey Souza (1995), refere-se à Inibição Intelectual, que estaria na base da Dificuldade de Aprendizagem , como sendo “fatores da vida psíquica da criança, que podem atrapalhar o bom desenvolvimento dos processos cognitivos, e sua relação com a aquisição de conhecimentos e com a família, na medida em que as atitudes parentais influenciam sobremaneira a relação da criança com o conhecimento”. (pag. 58)
Alícia Fernandez, (1990) em vários momentos do seu livro A Inteligência Aprisionada, nos traz uma visão mais global das Dificuldades de Aprendizagem, onde existe a articulação entre inteligência e desejo; entre família e sintoma. Ela diz:
“Se pensarmos no problema de aprendizagem como só derivado do organismo ou só da inteligência, para sua cura não haveria necessidade de recorrer à família. Se, ao contrário, as patologias no aprender surgissem na criança ou adolescente somente a partir de sua função equilibradora do sistema familiar, não necessitaríamos, para seu diagnóstico e cura, recorrer ao sujeito separadamente de sua família. Ao considerar o sintoma como resultante da articulação construtiva do organismo, corpo, inteligência e a estrutura do desejo, incluído no meio familiar (e determinado por ele) no qual seu sintoma tem sentido e funcionalidade ...é que podemos observar o possível “atrape” da inteligência.” (pag. 98)
Em muitos casos fica difícil para os profissionais envolvidos, distinguir a origem da desordem emocional, pois muitos sintomas se sobrepõem, dificultando um diagnóstico mais preciso.
É preciso também considerar os efeitos emocionais que essas dificuldades acarretam, agravando o problema. Se seu rendimento escolar for sofrível, a criança talvez seja vista como um fracasso pelos professores ou colegas, e até pela própria família. Infelizmente, muitas dessas crianças desenvolvem uma auto-estima negativa, que agrava em muito a situação, e, que poderia ser evitada, com o auxílio da família e de uma escola adequada. É essencial que as crianças recebam apoio dos pais , pois quando sabem que têm pais que dão suporte emocional, a criança desenvolve uma base sólida e um senso de competência que a leva a um auto-estima satisfatória.
No meu entender, concebo Dificuldade de Aprendizagem como uma condição bastante abrangente, que se manifesta sobretudo, pelo fracasso escolar ( é e muitas vezes condicionada por este). Esta condição tem um leque muito amplo de causas, mas sua forma evolutiva, creio eu, está intimamente relacionada com o sistema familiar, educacional e social no qual o sujeito está inserido.
Finalizando este tópico, queria apenas me referir a um outro aspecto, que por exceder o escopo desse trabalho, não pretendo desenvolver aqui, mas que não posso deixar de mencionar. Trata-se do que chamo de *Dificuldade de Ensinagem . São aqueles problemas advindos de uma abordagem inadequada do professor, da falta de disponibilidade ou da inflexibilidade de alguns mestres em perceber os caminhos mais livres para se chegar ao sujeito. Muitos professores são os grandes contribuidores quanto a rótulos e profecias auto-cumpridoras, fazendo um coro com as vozes familiares, deixando a criança ou jovem sem nenhuma possibilidade ou saída para reverter a situação. Cabe a eles, muitas vezes, o fracasso escolar, a desistência, a baixa estima e a perpetuação das dificuldades de aprendizagem, que com bom senso e conhecimento adequado da profissão, poderiam ser conduzidas de outra forma.
Parafraseando Marturano( Marturano et al., 1993) fica, portanto, evidente, que a Dificuldade de Aprendizagem é uma síndrome bio-psicossocial a ser compreendida em pelo menos três constituintes básicas: a criança, a família e a escola.
Gostaria ainda de enfatizar, que dentro da concepção sistêmica, eleita como vertente teórica para este trabalho, todos os sistemas envolvidos no processo educacional – aluno, família, escola, especialistas – são co-responsáveis e se influenciam mutuamente. Entretanto, sabedora da impossibilidade de abranger todos esses aspectos num único trabalho, optei por dar ênfase aos aspectos familiares. Podemos então passar a discorrer sobre as interações familiares, entendidas, como já mencionei, através do modelo sistêmico.
* Ensinagem = Termo utilizado pela autora, sem valor semântico, que se refere à forma como se processa o ensino, por parte dos mestres.
1.2. - A abordagem sistêmica e as relações familiares
Tão importante quanto ter um modelo é perceber que ele não passa de uma metáfora. Assim, quando pensamos em Modelo Sistêmico e Família como Sistema isto é apenas uma maneira de pensar, que nos ajuda a entender o funcionamento de um grupo.
Segundo Sluzki (1985), ter um modelo é poder se utilizar de um instrumento que auxilia a simplificação e a ordenação de uma realidade complexa, permitindo definições operacionais, lógicas e pragmáticas. É com esse caráter que utilizo o modelo sistêmico, aplicado às relações familiares, para desenvolver a pesquisa, sem esquecer que se trata de uma maneira de pensar, um ponto de vista. O modelo sistêmico postula que qualquer organismo é um sistema, uma ordem dinâmica de partes e processos em mútua interação. Essa interação é simultânea e mutuamente interdependente entre componentes múltiplos.
Segundo Paccola(1995),
“A concepção Sistêmica é vista como uma nova visão da realidade que se baseia no estado de inter-relação e interdependência de todos os fenômenos físicos, biológicos, psicológicos, sociais e culturais, transcendendo as atuais fronteiras das disciplinas e conceitos, configurando uma estrutura inter-relacionada de múltiplos níveis de realidade, gerando uma mudança de filosofia e transformação de cultura”.(pag. 15)
O modelo sistêmico, baseado na Teoria Geral dos Sistemas e por mim eleito para trabalhar no atendimento terapêutico Familiar, postula a crença que o sujeito está inserido no mundo das relações e, que ao mesmo tempo influencia e é influenciado por elas. Esse modelo propõe, que todas as redes sociais envolvidas numa situação (no caso, a criança com Dificuldade de Aprendizagem) são co-responsáveis tanto pelos recursos a serem utilizados, quanto pelos impasses que surgem ao longo do caminho. Trata-se de construir junto – paciente, família, escola, terapeutas – uma experiência compartilhada, através da busca de alternativas de intervenção para essa realidade.
Trabalhar com o foco sistêmico é segundo Groisman (1996) “rastear todo o relacionamento daquela família nuclear que vem com o paciente referido, indo às origens onde estariam o nó gerador do conflito”.(pag.59) A colocação do indivíduo no espaço familiar, dentro de uma perspectiva geracional (vertical) e dentro de um contexto atual ( horizontal), permite a formação de um quadro mais amplo para o entendimento das Dificuldades de Aprendizagem.
Ainda no modelo sistêmico, segundo Kerr (in Groisman, 1996), a atividade do sintoma - aqui entendido como Dificuldade de Aprendizagem - não pode ser explicada somente por um processo individual, mas por um processo que transcende a pessoa do paciente e que, portanto, deve incluir a rede social que o abriga : pais, família extensiva, escola, comunidade.
A Dificuldade de Aprendizagem, ao expressar-se em um dos membros do sistema, que se oferece como canal escoador, representa dialeticamente a tentativa de manutenção daquele equilíbrio organizacional. Segundo Hoffman, (in Groisman, 1996), “a patologia surge quando se instala uma situação de duplo vínculo numa etapa de necessária transformação familiar. Assim, o sintoma expressaria ao mesmo tempo a necessidade de mudar e a proibição em fazê-lo.”(pag. 128)
Quando pensamos em uma Família como um sistema, não podemos deixar de considerar que a Família é um sistema de vínculos afetivos (Montoro, 1998), pois, nossos processos de humanização, dão-se através das relações emocionais que são desenvolvidas entre os membros da família nuclear, e que vão permitir ou não, que essa aprendizagem ocorra satisfatoriamente.
Segundo Cerveny ( 1994), “pensando nas relações do grupo familiar, segundo a teoria dos sistemas, podemos dizer que neste, o comportamento de cada um dos membros é interdependente do comportamento dos outros. O grupo familiar pode então, ser visto como um conjunto que funciona como uma totalidade e no qual as particularidades dos membros não bastam para explicar o comportamento de todos. Assim a análise de uma família não é a soma das análises de seus membros”.(pag. 24)
Desde bem cedo, é colocado para a criança que se espera que ela seja bem sucedida. Desde a pré – escola os pais se inquietam com as performances intelectuais de seus filhos e suas possibilidades de sucesso. Quando o sujeito não corresponde a este panorama para ele imposto, aparece o chamado sintoma. O traço do sintoma tem significações múltiplas e para ser bem compreendido deve ser avaliado sistemicamente, isto é, considerando-se o contexto mais amplo no qual está inserido e sua forma relacional de se expressar.
Sintoma pode ser definido como uma mensagem que emerge em determinada circunstância e que tem uma função para aquele sistema. Em busca da homeostase, o sintoma na família adquire um significado de funcionalidade onde, segundo Alicia Fernandez (1990), a impossibilidade de simbolizar é que opera na sua base. O sintoma ocorre com freqüência nas tentativas que o sistema familiar faz ao tentar dar conta do seu ciclo evolutivo. O sintoma pode ainda, segundo Castilho ( 1994), ser interpretado como uma metáfora da instabilidade, da fragilidade do sistema.
Ao avaliarmos como a família lida com o sintoma, que se apresenta, podemos observar como é feita sua organização interna, como o grupo se estrutura num momento de stress e sobretudo, como se pode auxilia-los a destrancar o sistema e permitir o movimento. À medida em que funciona como um sistema, a família supõe um movimento constante; quando este cessa e começa a haver um padrão rígido, com papéis e expectativas pré-determinados, a situação torna-se patológica. Andolfi, Angelo e Nico-Corigliano (1989), observam que, neste caso, as relações tornam-se estéreis, não permitindo o desenvolvimento e a diferenciação de cada membro.
Procurar compreender o sintoma é, antes de tudo, tentar explicitar os significados que ele tem para a família e, mais ainda, buscar as relações vinculares, os mitos, segredos e lealdades que muitas vezes então engajados no processo, dando-lhe sustentação. O portador do sintoma, ou o Paciente Identificado(conforme já foi definido anteriormente), está na maioria das vezes situado numa família onde seu discurso não encontra um sentido. A ele, cabe a função de carregar o peso da história do grupo. Essa função pode ser demasiado difícil e ele não conseguir dar conta.
No trabalho com as famílias, deparamo-nos então, com algumas questões:
• o que a família aprende?;
• como ela se relaciona com o saber?;
• como a família lida com as dificuldades que surgem no aprender? E, sobretudo,
• porque não aprender é significativo para este grupo, em particular?
Na maioria das vezes, o sujeito é levado a cumprir mandatos, tarefas e responder a lealdades impostas pelo meio familiar. Pode também, tentar rebelar-se contra eles, mas sempre terá como referencial o modelo da família de origem. Comparações e identificações também fazem parte do processo de aprendizagem. É preciso corresponder a padrões impostos, onde as limitações, dificuldades ou mesmo preferências individuais, muito pouco, ou quase nada, são levadas em conta na hora das cobranças familiares. Por isso, quando se atende uma família, faz-se mister uma avaliação de alguns tópicos importantes para que possamos observar o processo de um plano mais amplo.
Começamos por identificar :
1.2.1.Estrutura Familiar
Qual a composição da família( número de elementos), organização fraterna ( a ordem, o sexo, as idades), quais as pessoas significativas para o grupo, que convivem ou não na mesma casa.
1.2.2. Possibilidade de Diferenciação e Formação de Identidade:
“Se escolhêssemos reduzir a problemática humana a uma só palavra, esta seria separação”, diz Groisman (opus cit.). “Pois o ser humano é gerado em uma união, gestado em união, mas para ser reconhecido em sua existência precisa separar-se”. (pag. 149) Eu ousaria dizer, que mais que separação, estamos falando de identidade, que só pode ser conseguida através do movimento de pertencimento e separação.
A necessidade de pertencer, de se sentir incluído num grupo, é uma necessidade básica do ser humano. Minuchin(1993) diz que a família é o contexto natural para crescer e receber auxílio, ela cumpre o seu papel de garantir a pertença e ao mesmo tempo, promove a individualização do sujeito. Aprender faz parte dessa individuação e requer que possamos nos separar, pelo menos em parte, dos nossos pais e construir um saber próprio. Este, ao mesmo tempo que nos dá pertencimento, pois o compartilhamos com outros membros do grupo, demanda de nós um certo grau de autonomia e individualidade, que por sua vez, nos permitem elaborar nossa própria identidade.
Segundo Groisman (1996), “a pouca diferenciação entre os membros da família leva a uma confusão de papéis que provoca perturbações na estrutura hierárquica da família, com inversões nas quais os filhos tornam-se pais e os pais tornam-se filhos, ou são todos irmãos, sem haver uma divisão nítida de papéis. A família nuclear não se separara o suficiente das respectivas famílias de origem e não estabelecem, o que Minuchin chama de fronteiras geracionais.” (pag. 127)
O estudo dos processos de diferenciação do self parte do pressuposto de que a família é “um sistema ativo em transformação constante, um organismo complexo que se modifica no transcurso do tempo a fim de garantir a continuidade e o crescimento psicossocial de seus membros”. (Miermont e cols, 1994, pag. 190)
Numerosos autores têm-se preocupado com o estudo da diferenciação do self, considerando-o como uma das mais importantes funções adquiridas no contexto familiar. (Winnicott, 1960, Bowen, 1978, Whitaker, 1953, entre outros). Para Bowen, (1978), a impregnação da família é tão determinante que o grau de autonomia individual pode ser avaliado no decorrer da infância e se baseia no grau de diferenciação dos pais e no clima emocional que prevalece na família de origem.
“O conceito de self caracteriza as pessoas segundo o grau de fusão ou de diferenciação de seu funcionamento emotivo, bem como seu funcionamento intelectual. Aqueles que tem o maior grau de fusão são os que apresentam as dificuldades mais severas” ( Bowen, in Miermont e cols., 1994, pag. 190). Para descrever aqueles vínculos afetivos extremamente limitantes, Bowen utilizou o termo massa indiferenciada do ego familiar.(idem)
1.2.3. Adaptação ao Ciclo Vital
A família é um sistema que se move através do tempo. Ela compreende todo um sistema emocional, de pelo menos três ( ou quatro, segundo alguns autores) gerações em seu percurso pelo Ciclo da Vida. Abrange os relacionamentos em vários estágios, os eventos relacionados à evolução natural do grupo, mostrando como a família reage a eles, como cada membro enfrenta essas mudanças, quais os eventos externos e internos, ao grupo, que têm alguma significação.
Na óptica sistêmica, observamos que o grupo familiar desloca-se através do seu Ciclo Vital segundo padrões relacionais, que influenciam diretamente na relação com a aprendizagem e nas expectativas que o grupo familiar deposita nos membros mais novos. As crises, os grandes momentos da vida do grupo ( casamentos, nascimentos, mortes, adolescência, etc..) marcam especialmente o caminhar do sujeito por estes estágios, paralisando-o ou oferecendo condições para que ele atravesse este processo, como algo natural e saudável.
O significado que a família atribui ao tempo e às transformações está intimamente ligado à possibilidade de se adquirir novos conhecimentos, diferenciar-se do grupo de origem, através do saber e adquirir assim uma idemtidade própria. Por isso, atribuímos grande importância à forma como a família permite que seus membros enfrentem as mudanças, ao longo do tempo.
Atualmente, existem muitas evidências que os estresses familiares, que costumam ocorrer nos pontos de transição do ciclo de vida, freqüentemente criam situações favoráveis ao aparecimento de algum sintoma.(Carter, 1989). Na visão de Carter (opus cit.), com a chegada da adolescência, um novo Ciclo Vital se inaugura na família, trazendo consigo uma possibilidade de crise evolutiva ou de um momento de paralisação, que se encarregará de permitir que o sistema não evolua no tempo.
Ainda segundo Carter, quando os filhos atingem a adolescência a tarefa é a de preparar a família para uma mudança qualitativa nos relacionamentos entre as gerações. Durante esse período é provável que se desenvolvam triângulos envolvendo os adolescentes, seus iguais, pais e mesmo avós. Nas famílias com crianças disfuncionais existe uma tendência a um superinvestimento da família nuclear nos relacionamentos com a criança, que impede o envolvimento em relacionamentos fora da família. O foco na criança é um processo que parece compartimentalizar a tensão familiar, canalizando-a para um só sujeito, que detém o papel de paciente no processo.
O fracasso do jovem em avançar de forma bem sucedida através dos marcos desenvolvimentais psicológicos e intelectuais, intensifica o processo patológico familiar e encoraja o rótulo de problema. Os pais geralmente investem intensamente nesse jovem e, na maioria das vezes, não demonstram nenhuma preocupação com a participação familiar na manutenção do sintoma. O jovem, preso nesse processo, tem alguns lucros, embora ele e todos os membros da família, fiquem impedidos de se desenvolverem, tanto dentro, quanto fora do núcleo familiar.
Como afirma Groisman(opus cit.): “Embora a família não possa mudar seu passado, mudanças no presente e no futuro, podem ocorrer em relação àquele passado. As famílias precisam estar em movimento, encarando o passado como referencia histórica e não como luta para recuperá-lo” (pag. 148).Como mencionou um paciente ( Kehl, 1996): “Nunca é tarde para se ter uma infância feliz. !” (pag. 198)
1.2.4. Lealdades, Alianças e Coalizões
A coalizão é uma propriedade fundamental das tríades. Consiste na aliança de duas pessoas, contra uma terceira. As alianças baseiam-se no estabelecimento de um acordo entre os membros da tríade, enquanto o terceiro encontra-se colocado em situação de desacordo. Uma díade manifestará sempre a tendência a buscar um terceiro que a triangule, para assim constituir uma tríade, a qual terá a tendência a dividir e formar uma aliança de dois de seus elementos contra o terceiro.
Ao ser concebida, a criança já é depositária de uma série de expectativas tanto do casal, quanto das famílias de origem dos pais. “Quando um indivíduo nasce, ele não vem ao mundo como uma tela em branco, mas sim, inserido numa história familiar que compreende várias gerações e recebe uma série de missões e projeções dos pais, avós e família extensiva”(Bowen, in Groisman, 1996).(pag. 29)
O conceito de missão está ligado aos conceitos de legado e lealdade desenvolvidos por Boszormenyi - Nagy (1983), que evidenciam o quão forte e poderosa pode ser a expectativa destinada à criança.
Crescer contrariando essas expectativas pode ser perigoso ou ameaçador para algumas famílias. Daí a necessidade de manter-se leal ao sistema. Isso significa compartilhar os princípios e definições simbólicas do grupo, onde espera-se que cada membro não ponha em risco o equilíbrio do sistema, por ter acesso ao proibido. Dentro dessa perspectiva, o crescimento e o amadurecimento de qualquer membro implica em certo grau de perdas pessoais e desequilíbrio relacional.
Segundo Boszormenyi - Nagy (1983), a real natureza da lealdade reside na trama invisível de expectativas grupais, mais que nas leis manifestas. A experiência em terapia familiar demonstra que o enfoque principal do tratamento relacional consiste na ampliação e na escalada da participação do terapeuta, que deve trabalhar com todos os membros da família, numa rede de relações.
Toda criança precisa ter o consentimento dos pais, ainda que inconsciente, para crescer. Segundo Bion (1994), o grupo familiar exerce um controle mútuo para impedir que qualquer membro faça contribuições diferentes daquelas ditadas pelas regras da família.
O objetivo desse controle é tentar fugir das situações de frustração, ansiedade e conflito que podem surgir quando um membro põe em desequilíbrio a relação familiar. Assim, as regras de lealdade servem ao grupo para poupá-los de situações estressantes e geradoras de conflito. Com isso, pode-se observar que quanto maior a rigidez com que a lealdade se impõe a um indivíduo, mais dano ela causará.
É importante ainda perceber, segundo Boszormeny- Nagy (1983), que a natureza dos balanços de obrigações é intrinsecamente dialética, porquanto o fato de dar mais pode ser o caminho para receber mais. Na família o compromisso de lealdade está ligado à necessidade de manter o grupo como tal, garantindo, assim, a homeostase do sistema.
Citando este autor,“uma criança pode desistir da escola porque aceita uma responsabilidade emocional, encarregando-se do cuidado de algum membro da família. Isso se produz, em resposta a depressão da mãe e da falta de disponibilidade emocional do pai, que de maneira inconsciente, ratifica a necessidade que tem a esposa, que seu filho a cuide.” (pag. 189)
1.2.5. Padrões de Repetição
Segundo Cerveny (1997), “seria possível afirmar categoricamente que toda família transmite o seu modelo, mesmo aquelas que cuidam para não o fazer”. (pag.33 ) Ela afirma que, não só os pais, mas todo o sistema familiar, estando aí incluídas as gerações passadas, servem como modelo para a transmissão de padrões comportamentais, que vão se repetir, podendo até pular alguma geração, mas sendo encontrados nas subsequentes.
Os padrões de repetição determinam a formação e/ou rompimento de vínculos afetivos, influenciando sobremaneira no funcionamento e na hierarquia familiar. Este procedimento pode também ser observado com relação à aprendizagem, pois o grupo familiar passa seu modelo e as gerações mais novas podem “aprender a aprender”.
Toda criança, em idade escolar, sabe que precisa ter sucesso nos estudos. Isso é exigido por seus pais, familiares, colegas, professores, pela sociedade como um todo. O sucesso opõe-se ao fracasso, e este implica num juízo de valor, num julgamento que deve corresponder a um ideal.
Esse ideal normalmente é ditado por valores familiares que são transmitidos de geração em geração. Há famílias de engenheiros, em que espera que o filho mais velho também o seja. Há famílias de advogados, de médicos ou de negociantes, onde o destino da criança já está selado, nem bem ela nasceu. Segundo Bowen (1978), as famílias repetem-se a si mesmas e o que sucedeu numa geração tenderá a aparecer nas gerações subsequentes, mesmo que de forma diferente.
Cerveny (1997) afirma que percebeu em seu trabalho prático “que as gerações anteriores oferecem modelos de padrões subsequentes, não só ao nível da fusão/diferenciação e triangulação, mas também por meio da comunicação, dos mitos, das regras, da hierarquia, das seqüências, da afetividade”. (pag. 50)
Com relação ao conhecimento, podemos observar estes fatores presentes quando se trata de repetir a relação com o saber, imposta pelos membros das gerações anteriores, determinando escolhas, impondo decisões sobre a carreira e mesmo levando o sujeito a seguir caminhos profissionais, que às vezes nada tem a ver com suas possibilidades ou desejos.
1.2.6. Padrão de Aprendizagem Familiar
Alícia Fernandez (1990), observou que cada família tem uma modalidade de aprendizagem , que seria a maneira pela qual cada grupo familiar se aproxima (ou se afasta ) do saber. Esta modalidade seria passada de pai para filho, determinando assim, como as gerações mais novas vão se relacionar com o conhecimento. A modalidade de aprendizagem faz parte da história pessoal de cada sujeito, mas é na família, que ela vai se constituir, obedecendo à dinâmica imposta pelo grupo. “A modalidade opera como uma matriz que está em permanente reconstrução e sobre a qual vão se incluindo as novas aprendizagens.” (pag.116)
A história, os mitos, as lealdades, os mandatos e os temas da família, interagindo no ciclo vital desse sistema determinam padrões de funcionamento que vão dar origem à Modalidade de Aprendizagem Familiar. Quanto mais rígidos forem esses padrões, quanto mais cobrarem lealdade, mais chances de se estabelecer uma modalidade sintomática de aprendizagem em algum membro do grupo.
Como Maud Mannoni(1981), muito adequadamente colocou, os pais inconscientemente deixam a seu filho a carga de refazer a sua história, mas refazê-la de tal maneira, que nada deva ser mudado. O paradoxo em que a criança está presa produz logo efeitos violentos, onde raramente há oportunidade de que ela se realize em seu próprio nome.
Penso que, no tocante ao modelo de aprendizagem, podemos considera-la como transmissível através das gerações. Assim como os valores ( éticos, morais, culturais), o legado referente ao relacionamento com o saber vem inscrito na história familiar e será sempre um fator determinante para a aprendizagem ( ou não ) dos seus membros. Podemos pensar em processos que nos remetem à formação de modelos e identidade, numa visão psicanalítica, onde as primeiras experiências emocionais vivenciadas nas relações com os pais ( inclusive as de aprendizagem) serão responsáveis pela formação da idemtidade do sujeito.
Podemos ainda, numa visão relacional sistêmica, considerar que, é a partir do surgimento da família como protagonista desta história de vida, que o ser humano vai construindo relações com o saber e com o conhecimento, em sincronia com o padrão familiar ao qual pertence.
Ao longo de seu Ciclo Vital, o ser humano traz dentro de si, muitas famílias : a da sua infância, a da sua adolescência, a da sua fase adulta, com filhos e netos, e em todas elas, os padrões de aprendizagem familiar é um de seus legados mais fortes. Ser bem sucedido, do ponto de vista intelectual (poder aprender e fazer uso do conhecimento, como uma apropriação legítima), está intimamente ligado à forma como o funcionamento dessas famílias internas e de suas ligações atuais permitem que o sujeito construa sua relação com a aprendizagem.
1.2.7. Funcionamento Familiar
No sistema familiar, a capacidade de proporcionar um continente seguro para o desenvolvimento intelectual está primariamente ligada à habilidade dos membros da família (em especial os pais) de separarem seus próprios conflitos relativos às realizações, das expectativas e conflitos dos filhos. Esta capacidade, evidemtemente, está intrinsecamente enraizada no grau de satisfação, ou pelo menos de resolução, nas questões intelectuais/profissionais que afetam os próprios pais.
A reatividade dos pais à realização dos filhos também pode relacionar-se à ordem de nascimento do filho (Toman, 1976), às realizações ou às dificuldades relativas encontradas pelos outros filhos, ou à clareza de seu próprio ajustamento em sua família de origem. Para os meninos, uma exigência maior na área intelectual, normalmente, advém de uma cobrança, quanto a ser bem sucedido, profissional e financeiramente. Para as meninas, especialmente para aquelas, cujas mães tradicionais não trabalham fora, existem uma ambivalência extrema e expectativas pessoais de serem capazes de conseguir “tudo”, nas áreas profissional, familiar e de relacionamento.
Ao pesquisar e construir junto com a família sua história em relação ao saber, podemos permitir que cada membro re-conte sua história, descrevendo os fatos à sua maneira, e sobretudo a significação destes para a vida do sujeito. Sua relação na estrutura familiar pode nos permitir resgatar um pouco da história do grupo, onde o sintoma passou a fazer sentido nesta família.
Os aspectos da família, que provêem um terreno fértil para o aparecimento da dificuldade de aprendizagem, relacionam-se com o tipo de circulação do conhecimento dentro do sistema familiar, com o significado que dão ao saber/não saber, com o tipo de manejo que utilizam para tratar das perdas e dos segredos e, sobretudo, com a dificuldade que seus membros apresentam em diferenciar-se e separar-se.
Nessas famílias é difícil aceitar que alguém pense de modo diverso; que é possível e até saudável, existirem pontos de vista divergentes sobre uma mesma experiência e ainda, que ser diferente não implica em ser desleal com o grupo.
1.2.8. Manejo dos Segredos
Às vezes, um segredo refere-se, não tanto, ao desconhecido, mas à impossibilidade de citar ou comentar um fato, a partir da impossibilidade de simbolizar esta situação. Segundo Fernandez(1990), “o sujeito, que deve guardar este segredo, pode construir um problema de aprendizagem”. (pag.101)
Em algumas circunstâncias, uma criança pode ter observado algo que era proibido, considerado como melhor não ver; logo a família pode lhe dizer que imaginou e não viu aquilo que viu. Isso se relaciona com o desmentido ( mecanismo estudado por Freud como específico das psicoses). Significa uma ruptura do eu: uma parte reconhece e aceita a realidade, enquanto que outra a desmente. É como se a criança dissesse: “Já que tenho que fazer que não sei o que os outros sabem, e fazem ver que não sabem, estendo esta atitude para todo o conhecimento e não posso aprender; transformo-me num oligotímico.”(idem, pag. 115)
Qualquer segredo pode ter vários significados, dentro de uma família. Os pais podem definir certo segredo como tendo um significado de proteção. Entretanto, para a criança, esse mesmo segredo pode carregar em si um significado de traição, pois distorce e mistifica os processos de comunicação. Assim, algumas crianças podem tornar-se “cega”, “surda”, “muda”, com relação às informações, e consequentemente mostrar-se inapta ao aprendizado sistematizado.
”A existência do segredo em si não é a causa da modalidade sintomática da aprendizagem. O sintoma em geral gera-se em uma situação que não permite reconhecer a existência do segredo”. Pois não há segredo de um só. O segredo age tanto na mente de quem comunica, quanto de quem recebe. “Em algumas famílias, ele funciona como elemento estrutural. Trata-se de informações vinculadas com a história do grupo ou aspectos particulares de um dos seus membros, que em geral são ocultados parcialmente.”(Fernandez, 1995) (pag.115)
Outro aspecto relevante diz respeito à dificuldade no estabelecimento da identidade, que fica comprometida quando o segredo impede, por exemplo, que uma criança adotada, venha a saber sua origem, de construir sua história de vida ou mesmo de ver um rosto semelhante ao seu, como resumiu um jovem: “ Algum dia, terei um bebê e então olharei para alguém com quem estou biologicamente relacionado”.
A criança ou jovem, percebe aquilo que lhe é omitido ou escondido pela família, e além da sua dificuldade real, acaba desenvolvendo ansiedades e medos que o torna mais incapacitado. O segredo, amparado pela capa de proteção, confere poder a quem o detém e coloca o paciente na delicada posição de não poder questionar algo que é feito “para seu próprio bem”.
1.2.9. Mitos Familiares
“O mito familiar pode ser definido como uma narrativa construída pela família, que contém leituras da realidade e que expressam convicções compartilhadas pelo grupo. Essa narrativa liga elementos dispersos como crenças, valores, tradições, transformando-se num conto organizado que serve como matriz de conhecimento. A partir desta matriz, cada membro pode construir sua identidade e ter uma leitura, classificação e interpretação de suas experiências. O mito familiar designa as posições de cada um dentro do grupo e fornece modelos de conduta, conferindo valor à existência. A narrativa – o Mito – sempre abrange a totalidade, nunca a especificidade e refere-se ao significado da existência, aos grandes temas da vida. O Mito é uma linha de vida”. (Casarin, Schabbel e Polity, in Cerveny, 1997)
Pode-se bem avaliar o peso que essa missão relacional desempenha em cada grupo, impondo escolhas profissionais, incumbências de ordem cognitiva e mesmo a forma como cada sujeito pode se aproximar ou se afastar do saber. É antes de tudo uma missão que não pode ser questionada. Os mitos familiares tentam a construção de uma realidade irreal, desejada para a continuação da história familiar. O mito paralisa o tempo e dá sentido ao vazio.
2 - O Desejo e a Demanda
Quando o bebê nasce, ele traz consigo tendências hereditárias, que incluem processos de maturação. Cada bebê possui uma organização em marcha, ligada ao seu impulso biológico para a vida, para o desenvolvimento e crescimento.
Entretanto, esse desenvolvimento depende para sua efetivação, de um ambiente satisfatório de “facilitação”, que deve se adaptar às necessidades constantes dos processos de maturação. A família, em especial a mãe, que reconhece a dependência da criança e adapta-se às suas necessidades, oferece o que Winnicott (1982) chama de “holding” para o bebê progredir no sentido de integração, do acúmulo de experiências, enfim do desenvolvimento.
O ambiente por si só não faz a criança crescer, porém ele é fator primordial, para ao ser “suficientemente bom” ( Winnicott, 1982), permitir o processo de maturação.
Cada grupo familiar introduz expectativas e valores sobre como o filho deve ser, como deve se comportar e passa, mesmo sem o saber, os sonhos sobre a vida profissional futura da criança. Desde seu nascimento, começam as profecias ( acho que ele será um grande economista, como o avô), os mandatos(somos uma família de advogados;), as comparações (ele deve se esforçar para tirar notas boas como o irmão), as lealdades ( meus pais são analfabetos, acho que também não preciso estudar muito) os segredos ( sempre achei melhor não lhe falar nada sobre a adoção). Todas estas situações marcam profundamente o desenvolvimento futuro da criança, impondo-lhe tarefas que estão em desarmonia com suas capacidades, aptidões ou mesmo desejos.
Compreender a imensa gama de interações que acontece dentro da família e que estas são frutos de modelos aprendidos, e passados pelas gerações mais velhas, possibilita-nos verificar quais os mecanismos que ligam esse grupo em particular com o modelo sintomático de aprendizagem, eleito pela família.
Para que uma criança aprenda é necessário que ela tenha o desejo de aprender. E que sobretudo o desejo dos pais a autorizem. Como diz Maud Mannoni, numa belíssima metáfora: “as crianças andam não só porque tem pernas, mas porque seus pais assim o permitem.” (Mannoni, 1981)
Bowby (1993) afirma que, a existência de uma criança com problema representa uma ruptura para os pais. As expectativas construídas em torno do filho normal tornam-se insustentáveis. Vistos como uma projeção dos pais, estes filhos representam a perda de sonhos e esperanças e a obrigatoriedade em lidar com as limitações e fazem com que muitos pais se sintam despreparados para a tarefa que devem assumir. Assim, pode surgir um padrão rígido de comportamento, onde o tempo não pode passar, dando lugar a mecanismos constantes e repetitivos, no intuito de manter o sistema homeostático e impedir que o grupo evolua de um estágio para outro.
Partindo-se do conceito, que a família age como uma unidade, de modo a estabelecer um equilíbrio e assim tentar mante-lo a qualquer custo, podemos observar padrões de comunicação que podem revelar o modo como se instala o sintoma e como, o membro “doente” tem sua função na manutenção desse equilíbrio.
Cabe destacar que, conforme Bion (in Souza, 1995) sustenta, existem fatores internos, como o ódio e a inveja próprios do bebê em relação à realidade e à continência materna, que também podem interferir na capacidade do sujeito de desenvolver um aparelho de pensar pensamentos adequados. Ressaltando assim a participação do indivíduo na constituição de sua capacidade de aprendizagem.
A relação da criança com a família é marcada por uma característica de dependência relacional, isto é definem-se reciprocamente. Esta posição é similar à de Sartre ( in Cerveny, 1994) que afirma que somos aquilo que fazemos com o que fizeram conosco.
Parafraseando Kusnetzoff(1982) podemos afirmar que o sujeito nasce com as possibilidades de “ser”, mas que só se concretizará quando entrar em contato e interagir com um semelhante. Fica pois claro, que a herança herdada (seja ela biológica ou psíquica), será condição necessária, mas não suficiente para o processo de aquisição do psiquismo, ou seja de um aparelho capaz de produzir pensamentos e pensar sobre eles. E portanto de aprender.
Nas palavras de Groisman (1996), “se olharmos o indivíduo e sua família no aqui e agora, de uma forma circular, tornar-se-á mais fácil o entendimento de que um paciente referido não é uma vítima de seus pais ou do sistema. Existem lucros e prejuízos de ambos os lados. Não há a menor dúvida que existe (...) um processo de projeção geracional dos pais, no sentido de que os filhos cumpram expectativas não realizadas por eles em relação aos seus respectivos pais. Este processo torna todas as partes ( pais, filhos, avós) reféns da mesma cadeia geracional; um vai tentar cumprir o que o outro não cumpriu ( e que esperavam que ele cumprisse) e que agora ele espera que o seu descendente cumpra”. ( pag. 31) [grifos meus]
Espero desta forma, ter explicitado que considero importante a parte que o indivíduo traz consigo como sua carga pessoal, mas, o que fará com que o ser humano se constitua como tal é a condição dele se relacionar com outro ser humano. Daí meu interesse estar voltado para as relações familiares e o produto que advém desta interação.
Minha proposta neste trabalho foi refletir sobre os diversos aspectos envolvidos na condição da Dificuldade de Aprendizagem e ressaltar que, embora a Dificuldade de Aprendizagem possa ser uma condição ligada a múltiplos fatores internos do sujeito, ela está sobremaneira sustentada pelo meio familiar – escolar – social – no qual o sujeito está inserido e, ainda, que a forma como esses diferentes sistemas, em especial a família, lidam com essa condição, terá um papel decisivo na condução e na evolução do caso.
3. Considerações finais
É importante perceber que existe um processo de luto subjacente, quando do nascimento e/ou desenvolvimento de uma criança disfuncional, seja ela física, emocional ou intelectual; ou ainda a combinação de todos esses aspectos. Processo esse que nem sempre é bem elaborado pela família, agravando o quadro já existente. A criança vem inscrita no desejo materno, afirma a psicanálise, e os pais que se vêem às voltas com a frustração de ter um filho diferente tendem a estabelecer vínculos patológicos com essa criança.
Algumas vezes, na tentativa de superproteje-la, encobrem sua raiva e frustração, outras, colocam-na num plano de menos valia, determinando para ela, através de mitos, mandatos, lealdades, uma incompetência que está muito longe de corresponder à realidade e com isso, a mantém eternamente infantilizada, sem autorização para desenvolver o potencial que apresenta. Existe ainda aqueles que colocam expectativas inatingíveis, tendo em vista as dificuldades da criança.
Paul Watziawick coloca muito bem esse mecanismo, quando descreve “as profecias que se auto-cumprem”, que segundo ele “são vaticínios que se convertem em realidade, somente por terem sido profetizados, e dessa forma confirmam sua própria exatidão.” (Watziawick, 1994) . Assim agem alguns pais, para garantir que seu filho jamais irá crescer e se desenvolver, reassegurando a inflexibilidade do sistema e a paralisação do Ciclo Vital familiar.
Na minha experiência, o que mais percebo são aqueles pais, que não consideram a relação vincular como decisiva para o processo de cura, tentando colocar sempre no “outro” a causa do problema e não se permitindo enxergar a possibilidade de progresso da Família, enquanto Sistema. Como diz Sara Pain, “o absolutismo parental transforma o transitório em definitivo, pois raramente a expectativa de cura está colocada na modificação do vínculo”.
O que se constata é que não é suficiente ter capacidade intelectual para bem aprender. É necessário também que se acompanhe uma estrutura de personalidade razoavelmente madura do ponto de vista emocional, construída sob a égide de uma relação familiar saudável.
Observou-se, em muitos casos, a estreita relação entre Dificuldade de Aprendizagem e o funcionamento do Sistema Familiar, que foi decisivo para o seu aparecimento e/ou manutenção. O estudo da família, e sua importância na estruturação do sintoma em seus membros, tem sido destacado pela intrincada série de relações intersubjetivas, que estruturam uma rede de fantasias e de significados, que só podem ser corretamente avaliados se forem incluídos em uma visão sistêmica familiar.
Pensando sobre Dificuldade de Aprendizagem e sua relação com o funcionamento familiar, observa-se que muitas vezes, a compreensão dessas relações não torna as crianças mais inteligentes, mas permite que elas utilizem melhor seu potencial !
Nota: Esse trabalho é um resumo de minha dissertação de mestrado que envolveu a pesquisa e o acompanhamento de cinco alunos/pacientes e suas respectivas famílias, durante o período de dois anos.
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Elizabeth Polity - Psicopedagoga, terapeuta familiar, Mestre em educação, doutoranda em
psicologia. Diretora do Colégio Winnicott. Diretora da ABPp e da APTF
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