quarta-feira, 23 de junho de 2010

ESTUDO: Gays e outros HSH são mais escolarizados, têm maior poder aquisitivo e acessam mais o serviço público de saúde que os homens em geral

Entre os gays e outros homens que fazem sexo com homens (HSH) entrevistados em 10 cidades brasileiras, o nível de escolaridade é mais alto do que os homens em geral. Dos 3.610 homens que responderam ao levantamento, 52,2% possuem 11 anos ou mais de escolaridade. Pesquisa sobre Comportamento, Atitudes e Práticas Relacionadas às DST e Aids da População Brasileira de 15 a 64 anos de idade (PCAP), de 2008, mostra que, entre os homens em geral esse índice é de apenas 25,4%. Entre eles, o maior percentual varia de 4 a 7 anos de estudo (40,1%). Os dados foram divulgados hoje durante o VIII Congresso Brasileiro de Prevenção das DST e Aids e o I Congresso Brasileiro das Hepatites Virais.
Nos últimos 12 meses, 23,5% dos gays e outros HSH fizeram o teste de HIV. Segundo a PCAP 2008, menos da metade (11,2%) dos homens em geral foram testados no mesmo período. Chama a atenção o maior percentual de gays e outros HSH que realizam a testagem nos serviços públicos de saúde: 66,7% deles receberam o diagnóstico para o HIV em centros de testagem e aconselhamento ou na rede pública de saúde. Na população masculina em geral, segundo a PCAP 2008, esse percentual é de 40,6%. Veja a apresentação do estudo.
Questionados sobre sua percepção de risco, os outros HSH também demonstram maior nível de informação. Entre aqueles que se testaram alguma vez na vida, 53,9% o fizeram porque achavam que tinham algum risco de ter se infectado ou por “curiosidade” de saber sua condição sorológica. Entre os homens em geral, 32,7% procuraram o serviço de diagnóstico por essas razões.
Utilizando-se de metodologia em que cada entrevistado funciona como “semente” e leva o pesquisador a outros entrevistados, o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde realizou estudo com o público HSH em: Manaus, Recife, Salvador, Curitiba, Itajaí, Santos, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Campo Grande e Brasília. O critério para a participação na pesquisa foi possuir 18 anos ou mais e ter tido pelo menos uma relação sexual com um homem nos últimos 12 meses. O levantamento foi coordenado pela pesquisadora Ligia Kerr, da Universidade Federal do Ceará.
Os gays e outros HSH também utilizam com maior frequência os serviços de saúde para testes de HIV e acesso a preservativos do que a média da população masculina do país. Em relação a acesso ao preservativo, 76,9% dos gays e outros HSH declararam ter recebido camisinhas gratuitamente nos últimos 12 meses. Sessenta e seis por cento dos HSH tiveram acesso ao preservativo em um serviço público de saúde, 10,7% em uma organização não governamental e 9,9% na escola. Entre os homens em geral, esse índice é bem menor (33,9%).
A pesquisa comprova que o Projeto Saúde e Prevenção nas escolas (SPE) é um dos canais de acesso do jovem ao preservativo. O SPE é um projeto do Ministério da Saúde em parceria com o Ministério da Educação e consiste em levar ações de prevenção às instituições de ensino do país.
Uso do preservativo
Entre os gays e outros HSH de 25 a 64 anos, 78,9% usaram preservativo na primeira relação sexual, contra 21,6% dos homens em geral, na mesma faixa etária. Entretanto, o uso da camisinha na última relação sexual (nos últimos 12 meses) com parceria casual cai para 59,6%, praticamente o mesmo percentual dos homens em geral, que é 56,9%.
Em relação à população mais jovem, a pesquisa traz um alerta. Os jovens gays e outros HSH utilizam o preservativo em menor proporção que os jovens homens em geral: 53,9% deles utilizaram a camisinha na primeira relação sexual, enquanto 62,3% dos jovens homens em geral a usaram na primeira vez.
Nas relações nos últimos 12 meses com parceiro fixo, 29,3% dos jovens gays e outros jovens HSH utilizaram o preservativo. Nos jovens em geral, a média é de 34,6%. Em relações com parceiros casuais, os jovens gays e outros HSH fizeram uso do preservativo em 54,3% dos casos, resultado similar ao encontrado nos jovens em geral (57%).
Os resultados da pesquisa corroboram os últimos dados epidemiológicos lançados no final do ano passado pelo Ministério da Saúde. Na faixa etária de 13 a 19 anos, entre os meninos, há mais casos de aids por transmissão homossexual (33,5%) do que heterossexual (28,3% ).
Prevalência
A taxa de prevalência do HIV na população de gays e outros HSH com mais de 18 anos das 10 cidades pesquisadas foi de 10,5%. O dado encontrado é consistente com estudos anteriormente realizados em algumas cidades do Brasil e característico de uma epidemia concentrada. Nos Estados Unidos, por exemplo, a prevalência na população HSH é de 9,1%, bastante similar à brasileira. A prevalência na população masculina brasileira de 15 a 49 anos é estimada em 0,8%. A taxa de prevalência de sífilis durante a vida encontrada na pesquisa com gays e outros HSH foi de 13,4%.
Estigma e discriminação
Os resultados da pesquisa realizada com os gays e outros HSH evidenciam que o preconceito está presente na vida dessa população. Um total de 29,6% dos entrevistados afirmou já ter sofrido discriminação por causa da orientação sexual alguma vez; 44,5% disseram ter sido xingados e 12,4% já foram agredidos fisicamente. Mais da metade deles (51,3%) disseram já ter sido discriminados no trabalho, 28,1% na escola ou faculdade e 13% em algum ambiente religioso.
Atendimento à imprensa
Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais
Tel: (61) 9221-2546/3306-7024 / 7010 / 7016
Site: www.aids.gov.br - E-mail: imprensa@aids.gov.br

terça-feira, 22 de junho de 2010

BULLYNG

Características comuns de um agressor:

• Geralmente é fisicamente mais forte que sua vítima;
• Sente prazer e satisfação em dominar, controlar e causar danos e sofrimentos a outros;
• Pode ser hiperativo, impulsivo, ou ter outros distúrbios de comportamento;
• Possui tendência maior para adotar comportamentos de risco;
• Não respeita as diferenças entre as pessoas, principalmente aquelas relacionadas à aparência física;

Fonte: Ministério Público

sábado, 19 de junho de 2010

A LÍNGUA PORTUGUESA AGRADECE

Engajado,imaginativo e sem medo da polêmica,José Saramago (1922-2010)colocou nosso idioma no mapa-múndi da melhor literatura contemporânea.
"Se tens um coração de ferro, bom proveito. O meu, fizeram-no de carne,e sangra todo dia". Adeus, José Saramago.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

OBJETIVOS DO MILÊNIO

“Os homens e as mulheres tem o direito de viver a sua vida e de criar os seus filhos com dignidade, sem fome e sem medo da violência, da opressão e da injustiça. A melhor forma de garantir esses direitos é através de governos de democracia participativa baseados na vontade popular”. Declaração do Milênio, Nova York, setembro de 2000.

1- Acabar com a fome e miséria.
2- Educação Básica de qualidade para todos.
3- Igualdade entre os sexos e valorização da mulher.
4- Reduzir a mortalidade infantil.
5- Melhorar a saúde das gestantes
6- Combater a AIDS, a malária e outras doenças.
7- Qualidade de vida e respeito ao meio ambiente.
8- Todo mundo trabalhando pelo desenvolvimento.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

CADA UM É UM, MAS...

Cada um é um...
Cada outro é outro...
Sofrer é um querer ser o outro.
Impossível é que o outro seja um...
Ninguém transforma ninguém.

Compreendendo-se as diferenças entre um e outro,
Forma-se a identidade um-outro.
Um carrega dentro de si o outro,
Enquanto o outro leva um dentro de si.

Assim, um-outro é mais saudável para resolver
Qualquer sofrimento
Porque não existe vida sem dor.
Um-outro é a multiplicação do amor dos dois.
Porque o amor ajuda a superar a dor.
Um-outro amplifica a alegria e o bom humor
Porque a felicidade ilumina o triunfo da sabedoria.
Içami Tiba